Agora que a greve acabou, mídia revela mentira de Alckmin sobre o aumento dos professores paulistas
Escrito por: Altamiro Borges
Fonte: Blog do Miro
Fonte: Blog do Miro
Alckmin mentiu sobre salário de professor
Durante a mais longa greve da história dos professores da rede estadual
de São Paulo, que durou 89 dias, o governador Geraldo Alckmin contou
com a cumplicidade da mídia chapa-branca para difundir mentiras sobre as
reivindicações da categoria. Nos jornalões, revistonas e emissoras de
rádio e tevê, o tucano alardeou que os docentes não tinham motivos para
paralisar as aulas, já que teriam recebido 45% de aumento real dos
salários nos últimos quatro anos.
Para o governador e seus “calunistas” de plantão, a greve teria
motivações políticas e seria irresponsável. Agora, porém, a própria
Folha – que sempre blindou o generoso governador – informa que o
reajuste da categoria foi de apenas 12,3%.
Segundo matéria de Fábio Takahashi, “o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) inflou os dados sobre salários dos professores da rede estadual
paulista em meio à maior greve da categoria. O tucano dizia que a
paralisação não fazia sentido, pois, segundo ele, os professores tinham
recebido um reajuste de 45% ao longo do seu mandato anterior
(2011-2014).
Na realidade, os professores da ativa da rede estadual tiveram 12,3% de
aumento no valor que recebem mensalmente, descontada inflação… Esse
ganho real cai para 5,3% se considerada também a inflação dos cinco
primeiros meses deste ano”. A Folha informa que só agora obteve os dados
verdadeiros, com base na Lei de Acesso à Informação.
“A reportagem cobrava a Secretaria de Educação desde abril. O prazo
para resposta chegou a vencer, e as informações foram encaminhadas só
após o fim da paralisação”. Apesar da falta de transparência do PSDB, a
Folha e os demais veículos — mantidos com generosos anúncios
publicitários do Palácio dos Bandeirantes — fizeram de tudo para blindar
o famoso “picolé de chuchu” e para desgastar a greve da categoria.
Editoriais e “reporcagens” atacaram os professores e mentiram sobre a
paralisação. Só agora a Folha admite que “o sindicato [Apeoesp] dizia
que os 45% não eram reais”. Na prática, a mídia tucana fez o trabalho
sujo do truculento governador tucano e agora tenta limpar a sua imagem.
Esta autocrítica parcial também reflete uma decisão contrária ao
governo paulista tomada no início de julho pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). O presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu
liminar, a pedido da Apeoesp, determinando que o governador Geraldo
Alckmin pague os dias descontados dos salários dos professores na greve
mais longa da categoria.
O STF considerou a postura do ditador tucano, que descontou quase um
mês e meio dos dias parados, um atentado ao direito de greve dos
servidores públicos. A decisão do Supremo, porém, não teve qualquer
destaque na mídia tucana. Ela mentiu durante a paralisação e segue
mentido contra a luta dos trabalhadores!
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