sexta-feira, 1 de julho de 2022

O PROGRAMA DE GOVERNO LULA..

Programa de governo de Lula e Alckmin recebe mais de 8,5 mil propostas Sugestões abrangem de ideias individuais a bandeiras históricas dos movimentos sociais. É o maior processo participativo de construção coletiva de um programa de governo da história, aponta Mercadante 01/07/2022 14h53 - atualizado às 15h27 Site do PT Programa de governo de Lula e Alckmin recebe mais de 8500 propostas da sociedade para transformar e reconstruir o país Por um Brasil melhor, a Plataforma Participativa do Plano de Governo da pré-campanha da candidatura Lula-Alckmin, com o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, recebeu mais de 8.500 propostas para transformar e reconstruir o país. Mais de 40 mil pessoas visitaram o site da plataforma, com mais 150 mil visualizações das propostas e oito mil downloads das diretrizes para o debate ao programa de governo. CLIQUE AQUI PARA BAIXAR AS DIRETRIZES O presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Aloizio Mercadante, destaca que esse é o maior processo participativo de construção coletiva de um programa de governo da história do país. “São mais de 850 propostas por dia, que discutem os principais problemas do país. A criatividade e a sensibilidade do povo brasileiro se mobilizam para a reconstrução do Brasil.” A deputada federal, Secretária Nacional de Formação Política do PT e representante do PT na Comissão de Programa de Governo dos Partidos do Movimento Juntos pelo Brasil, Maria do Rosário, ressalta que é importante ouvir cada brasileiro e brasileira na construção de um novo Brasil. “Ouvir cada brasileiro e cada brasileira, suas propostas, suas ideias e seus sonhos é fundamental para reconstruir e transformar o Brasil. Por isso nossa Plataforma é tão importante. Ela é parte de um grande movimento de participação e organização popular liderado pelo presidente Lula para fazer o nosso povo ser feliz de novo”. Propostas Os tipos de propostas variam entre ideias individuais e bandeiras históricas dos movimentos do nosso campo. Hoje houve entre os moderadores um sentimento sobre a chegada de propostas sobre educação. O movimento Vamos Juntos pelo Brasil e a pré-campanha da candidatura Lula-Alckmin querem te ouvir sobre as propostas para reconstruir e transformar o Brasil. Para que sua proposta seja discutida e avaliada ela deve ser encaminhada pela plataforma digital de participação social Juntos pelo Brasil. Acesse a plataforma e participe no link: https://www.programajuntospelobrasil.com.br/ Da Redação ELEIÇÕES 2022LULA E ALCKMINVAMOS JUNTOS PELO BRASIL Faça sua doação VEJA TAMBÉM BUSCA Digite e pressione Enter PT Solidário PT Solidário PT Solidário APP do PT APP do PT APP do PT Doação Doação Doação Rádio PT Rádio PT Rádio PT ÚLTIMAS NOTÍCIAS Delegação do PT cumpre agenda política no Reino Unido 15:59 Lula e Wagner celebram os 200 anos da Independência da Bahia 15:40 Trabalho, no Brasil de Bolsonaro, só precarizado e com salário baixo 15:14 Programa de governo de Lula e Alckmin recebe mais de 8,5 mil propostas 14:53 Lula: “Você não tem soberania, não tem independência com fome” 13:11 + notícias RECEBA NOSSOS BOLETINS Nome Email WhatsApp Declaro ter lido e aceito integralmente, sem qualquer reserva, os TERMOS DE USO ENVIAR FILIE-SE FILIE-SE FILIE-SE Solidariedade Internacional GUE/NGL por Lula Livre Carta da Union Socialiste des Forces Populaires pela liberdade de Lula Nota de imprensa do PCP: “Libertação de Lula da Silva – uma vitória contra a injustiça” + ver mais ARQUIVOS julho 2022 junho 2022 maio 2022 abril 2022 março 2022 fevereiro 2022 janeiro 2022 dezembro 2021 novembro 2021 outubro 2021 setembro 2021 agosto 2021 julho 2021 junho 2021 maio 2021 abril 2021 março 2021 fevereiro 2021 janeiro 2021 dezembro 2020 novembro 2020 outubro 2020 setembro 2020 agosto 2020 julho 2020 junho 2020 maio 2020 abril 2020 março 2020 fevereiro 2020 janeiro 2020 dezembro 2019 novembro 2019 outubro 2019 setembro 2019 agosto 2019 julho 2019 junho 2019 maio 2019 abril 2019 março 2019 fevereiro 2019 janeiro 2019 dezembro 2018 novembro 2018 outubro 2018 setembro 2018 agosto 2018 julho 2018 junho 2018 maio 2018 abril 2018 março 2018 fevereiro 2018 janeiro 2018 dezembro 2017 novembro 2017 outubro 2017 setembro 2017 agosto 2017 julho 2017 junho 2017 maio 2017 abril 2017 março 2017 fevereiro 2017 janeiro 2017 dezembro 2016 novembro 2016 outubro 2016 setembro 2016 agosto 2016 julho 2016 junho 2016 maio 2016 abril 2016 março 2016 fevereiro 2016 janeiro 2016 dezembro 2015 novembro 2015 outubro 2015 setembro 2015 agosto 2015 julho 2015 junho 2015 maio 2015 abril 2015 março 2015 fevereiro 2015 janeiro 2015 dezembro 2014 novembro 2014 outubro 2014 setembro 2014 agosto 2014 julho 2014 junho 2014 maio 2014 abril 2014 março 2014 fevereiro 2014 janeiro 2014 dezembro 2013 novembro 2013 outubro 2013 setembro 2013 agosto 2013 julho 2013 junho 2013 maio 2013 abril 2013 março 2013 dezembro 2012 setembro 2012 julho 2012 maio 2012 abril 2012 março 2012 fevereiro 2012 outubro 2011 setembro 2011 agosto 2011 setembro 2010 O Partido Estrutura Partidária Comissão Executiva Nacional Diretório Nacional Secretarias e Setoriais Diretórios Estaduais Política de Privacidade DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS Manifesto de Fundação do Partido dos Trabalhadores Carta de Princípios do Partido dos Trabalhadores Estatuto do Partido dos Trabalhadores Notas e Resoluções Downloads e Materiais de Divulgação COMUNIDADE PT Filie-se ao PT Faça sua doação Área PT Webmail do PT Fale conosco Siga nossas redes Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições. 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A GUERRA CONTRA O MOVIMENTO LGBT..

A guerra anti-trans dos conservadores continua POR LIAM BEATTIE TRADUÇÃO FELIPE KUSNITZKI Este ano marca 50 anos da primeira Marcha do Orgulho LGBT no Reino Unido. Deveríamos estar comemorando, mas, ao invés disso, estamos em um momento em que a relação entre o governo e a comunidade LGBT+ está no seu pior momento - e uma guerra midiática contra pessoas trans está levando especialistas a alertar para uma nova crise de saúde mental. Nossa quarta edição impressa "Ecologia e luta de classes" já está disponível. Adquira a sua revista em nosso plano anual ou compre ela avulsa. A rebelião de Túpac Amaru continua viva Charles Walker Como a extrema direita alemã está construindo partidos anti-imigração Aleksandar Matković A atualidade da crítica anti-imperialista Luís Eduardo Fernandes O Anti-Vargas Llosa Hugo Albuquerque Recentemente, vimos a maior manifestação de direitos trans de todos os tempos no Reino Unido. Palavras de ordem exigindo direitos para pessoas trans e condenando a vergonhosa reviravolta do governo na terapia de conversão ecoaram pelo Whitehall, através de uma multidão de mais de 3.000 pessoas. Era apropriado que o comício fosse realizado na porta da casa do primeiro-ministro, uma vez que este é o epicentro de uma lista crescente de promessas quebradas. Nesse mesmo prédio, há quarenta e cinco longos meses, Theresa May fez uma promessa com o lançamento de seu Plano de Ação LGBT+. O Plano recebeu muito alarde na época, apesar do fato de que a maioria de seus compromissos veio com pouco ou nenhum dinheiro para ajudar a combater as desigualdades sociais e econômicas que resultam em jovens LGBT+ em maior risco de falta de moradia, ou o subfinanciamento crônico de serviços de saúde sexual após anos de cortes sob os governos conservadores. Em vez disso, May optou por usar alavancas legislativas para promover proteções legais para pessoas LGBT+, com duas políticas emblemáticas: primeiro, a reforma da Lei de Reconhecimento de Gênero e, segundo, a proibição total da terapia de conversão para pessoas LGBT+. A maioria da comunidade LGBT+ apoiou diretamente esses projetos. Mas ambas as promessas foram descartadas. Liz Truss descartou o Plano de Ação LGBT+ e até mesmo o Conselho Consultivo LGBT do governo foi dissolvido, com ministros acusados ​​de “criar um ambiente hostil” para pessoas LGBT+. A Lei de Reconhecimento de Gênero de 2004, da qual nada menos que dois inquéritos parlamentares pediram uma reforma urgente, permanece em vigor, e a proibição da terapia de conversão, que May e Boris Johnson descreveram como “abominável”, será apenas parcialmente levada adiante. Na mesma semana em que Boris Johnson elogiou o primeiro deputado abertamente trans do Reino Unido, Jamie Wallis, um membro de seu governo vazou para a imprensa que queria acabar completamente com a proibição da terapia de conversão. Em seguida, levou apenas quatro horas para a nova posição de Johnson desmoronar, e ele aceitou que uma proibição fosse promulgada – mas apenas para lésbicas, gays e bissexuais. A Inglaterra agora está pronta para se tornar a única parte do mundo com uma proibição de terapia de conversão que exclui deliberadamente as pessoas trans. Isso apesar dos principais órgãos médicos do Reino Unido, incluindo o BMA, o Conselho de Psicoterapia do Reino Unido (UK Council for Psychotherapy, no original) e o Royal College of Psychiatrists (Faculdade Real de Psiquiatras, em tradução livre), denunciarem a posição de Johnson pedindo uma proibição que inclua pessoas trans. Os sindicatos também saíram atrás de uma proibição que protege todas as pessoas LGBT+, e os governos escocês e galês deixaram clara sua intenção de manter as pessoas trans incluídas em uma proibição futura. Um memorando de entendimento conjunto está em vigor desde 2017, assinado por vários órgãos médicos, incluindo o NHS England e o NHS Scotland [espécies de Sistemas Únicos de Saúde (SUS) da Inglaterra e Escócia], deixando claro que a terapia de conversão para identidade de gênero e orientação sexual é “antiética, potencialmente prejudicial e não é apoiada por evidências”. A ONU a descreveu como “uma violação flagrante dos direitos à autonomia corporal, saúde e livre expressão da orientação sexual e identidade de gênero”. No entanto, o governo concluiu que uma proibição que proteja as pessoas trans seria muito complexa e que correria o risco das chamadas “consequências não intencionais”. Isso apesar de os ministros terem quase quatro anos para entender as questões e aprender com os outros quatorze países que têm alguma forma de proibição nacional em vigor, incluindo a Alemanha, que tem uma disposição específica em sua lei para proibir a terapia de conversão para menores, aprovada em 2020. Foi até sugerido que uma proibição simplesmente não é necessária, porque as práticas de terapia de conversão para pessoas trans não estão acontecendo, e a legislação existente sobre tortura impede isso. Isso simplesmente não é verdade. A própria pesquisa do governo mostra que pessoas trans foram expostas a essas práticas e em taxas mais altas do que as taxas de lésbicas, gays e bissexuais. A Galop, uma instituição de caridade que apoia LGBT+ afetados pela violência doméstica, descobriu recentemente que 11% das pessoas trans foram expostas a práticas de conversão por suas próprias famílias. Isso além de enfrentar um risco maior de ser rejeitado pela própria família, sofrer bullying na escola e tornar-se uma pessoa sem teto. O governo não considera esse grupo, e particularmente os jovens trans, dignos de proteção, e está disposto a ir contra a condenação internacional e a oposição de seu próprio NHS para provar isso. Johnson está disposto, até mesmo, a ir contra as opiniões de seus próprios eleitores: uma pesquisa do YouGov publicada esta semana mostrou que quase seis em cada dez (58%) daqueles que atualmente pretendem votar nos conservadores são a favor de uma proibição que inclui proteção para pessoas trans, que é quase o nível de apoio à proibição de práticas direcionadas à sexualidade (63%). A população como um todo apoia uma proibição abrangente em números ainda maiores. À medida que vemos a maior queda nos padrões de vida em gerações, com salários estagnados, benefícios caindo ao menor valor em meio século e um chanceler forçado a se submeter a um inquérito ético, este governo optou por atiçar as chamas de uma guerra cultural na tentativa para dividir a comunidade LGBT+. Mas a comunidade está resistindo. A principal conferência global de direitos LGBT+ do governo, Safe to Be Me [“Seguro para ser Eu”, em tradução livre], foi cancelada depois que 100 grupos LGBT+ se uniram em um ato de solidariedade para abandonar seu apoio ao evento. Conduzida ao abandonar os direitos das pessoas trans, a conferência – destinada a destacar o histórico do Reino Unido em direitos LGBT+ – teria sido uma cortina de fumaça, e a responsabilidade por seu fracasso recai diretamente sobre o governo e sua pilha de promessas não cumpridas. Mais de 100.000 pessoas também assinaram uma petição instando o governo a repensar sua posição, o que desencadeará um debate em Westminster, e mais de 30.000 pessoas escreveram para seu membro no parlamento (o equivalente ao “seu parlamentar eleito” aqui no Brasil). Este ano marca os cinquenta anos da primeira Marcha do Orgulho LGBT no Reino Unido. Deveríamos poder comemorar o progresso feito, mas, ao invés disso, estamos em um momento em que a relação entre o governo e as pessoas LGBT+ está em um de seus pontos mais críticos dos últimos anos, e uma guerra da mídia contra pessoas trans está levando especialistas a alertar para uma crise de saúde mental na comunidade. Em tempos de ataque de governos ou da mídia, porém, as pessoas LGBT+ se unirão e apoiarão umas às outras. Da luta contra o HIV aos dias sombrios da Seção 28, a história mostra que a indignação cresce e nascem movimentos que não serão silenciados. Quando as pessoas LGBT+ se mantêm fortes com nossos aliados, os governos podem ser forçados a ver seus erros e a mudança pode acontecer. Já fizemos isso antes e faremos novamente – desta vez para garantir que a prática nefasta da terapia de conversão seja proibida para todas, todes e todos. Sobre os autores LIAM BEATTIE é um comentarista e escritor freelancer. Além disso, Liam também trabalha para um sindicato.

VERDADES...

A Internet deveria ser um bem público POR BEN TARNOFF TRADUÇÃO SOFIA SCHURIG A Internet foi construída por instituições públicas – então por que é controlada por empresas privadas hoje em dia e o que podemos fazer para resgatá-la? Nossa quarta edição impressa "Ecologia e luta de classes" já está disponível. Adquira a sua revista em nosso plano anual ou compre ela avulsa. Bilionários como Elon Musk são inimigos da democracia Paris Marx O Facebook agora é “Meta” e quer monetizar você nessa distopia James Muldoon Precisamos parar o “metaverso” Paris Marx Como os EUA usaram as redes para intervir na Venezuela Tim Gill e Christian Lewelling Em 1 de outubro de 2016 a internet mudou, mas ninguém percebeu. Essa transformação invisível afetou o componente mais importante da internet: o Domain Name System (DNS). Quando você digita o nome de um site em seu navegador, o DNS é o que converte esse nome na sequência de números que especifica a localização real do site. Como uma lista telefônica, o DNS combina nomes que são significativos para nós com números que não são. Durante anos, o governo dos EUA controlou o DNS. Mas, em 2016, o sistema tornou-se responsabilidade de uma organização sem fins lucrativos com sede em Los Angeles chamada Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN). Na verdade, a ICANN administra o DNS desde o final da década de 1990 sob um contrato com o Departamento de Comércio. A novidade é que a ICANN agora tem uma autoridade independente sobre o DNS, com base em um modelo de “múltiplas partes interessadas” que deve tornar a governança da internet mais internacional. O impacto real provavelmente foi pequeno. Por exemplo, foram mantidas as medidas de proteção da marca que policiam o DNS em nome das empresas. E o fato de a ICANN estar sediada em Los Angeles e ser constituída sob a lei dos EUA significa que o governo dos EUA continuou a exercer sua influência, embora de forma menos direta. Mas o significado simbólico é enorme. A transferência marcou o capítulo mais recente na privatização da internet. Ele conclui um processo que começou na década de 1990, quando o governo dos EUA privatizou uma rede construída com enormes gastos públicos. Em troca, o governo não exigiu nada: nenhuma compensação, restrição ou condição sobre a forma que a internet tomaria. Não havia nada de inevitável nesse resultado: ele refletia uma escolha ideológica, não uma necessidade técnica. Em vez de abordar questões críticas de fiscalização e acesso popular, a privatização excluiu a possibilidade de colocar a internet em um caminho mais democrático. Mas a luta não acabou. Para começar a reverter a situação e reivindicar a internet como um bem público, devemos rever a história desconhecida de como a privatização aconteceu. As origens públicas da internet OVale do Silício gosta de fingir que a inovação é resultado de empreendedores trabalhando duro em garagens. Mas a maior parte da inovação da qual o Vale do Silício depende vem de pesquisas governamentais, pela simples razão de que o setor público pode se dar ao luxo de correr riscos que o setor privado não pode. É precisamente o isolamento das forças do mercado que permite ao governo financiar o trabalho científico de longo prazo que acaba por produzir muitas das invenções mais lucrativas. Isto é verdade também para a internet. A internet era uma ideia tão radical e improvável que apenas décadas de financiamento e planejamento públicos poderiam torná-la realidade. Não apenas a tecnologia básica precisava ser inventada, mas a infraestrutura precisava ser construída, especialistas treinados e contratados, financiados e, em alguns casos, retirados diretamente de agências governamentais. A internet às vezes é comparada à rede de rodovias interestaduais, outro grande projeto público. Mas, como aponta o ativista Nathan Newman, a comparação só faz sentido se o governo “tivesse imaginado a possibilidade de carros, subsidiado a invenção da indústria automobilística, financiado a tecnologia do concreto e do asfalto e construído todo o sistema inicial”. A Guerra Fria forneceu o pretexto para esse empreendimento ambicioso. Nada abriu tanto a bolsa dos políticos norte-americanos como o medo de ficar para trás da União Soviética. Esse medo cresceu em 1957, quando os soviéticos colocaram o primeiro satélite no espaço. O lançamento do Sputnik causou uma sensação de crise no establishment norte-americano e levou a um aumento substancial do financiamento federal para pesquisa. Uma das consequências foi a criação da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), que mais tarde mudaria seu nome para Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA). A ARPA tornou-se o braço de P&D do Departamento de Defesa. Em vez de centralizar a pesquisa em laboratórios governamentais, a ARPA adotou uma abordagem mais distribuída, cultivando uma comunidade de contratados tanto da academia quanto do setor privado. No início da década de 1960, a ARPA começou a investir pesadamente em computação, construindo grandes computadores centrais em universidades e outros centros de pesquisa. Mas mesmo para uma agência tão generosamente financiada como a ARPA, esse gasto desmedido não era sustentável. Naquela época, um computador custava centenas de milhares, senão milhões, de dólares. Assim, a ARPA desenvolveu uma maneira de compartilhar seus recursos de computação de forma mais eficiente entre seus contratados: construiu uma rede. Essa rede foi chamada de ARPANET e lançou as bases para a internet. A ARPANET conectou computadores por meio de uma tecnologia experimental chamada comutação de pacotes, que envolvia quebrar mensagens em pequenos pedaços chamados pacotes, direcioná-los através de um labirinto de comutadores e remontá-los na outra extremidade. Hoje, esse é o mecanismo que movimenta os dados pela internet, mas, na época, o setor de telecomunicações o considerava impraticável. Anos antes, a Força Aérea havia tentado persuadir a AT&T a construir tal rede, sem sucesso. A ARPA até ofereceu a ARPANET para a AT&T depois que ela estava em funcionamento, preferindo comprar tempo na rede em vez de executá-la por conta própria. Diante da oportunidade de adquirir a rede de computadores mais sofisticada do mundo, a AT&T recusou. Os executivos simplesmente não viam dinheiro nisso. Essa miopia significou sorte para nós. Sob a gestão pública, a ARPANET floresceu. O controle do governo deu à rede duas grandes vantagens. A primeira era o dinheiro: a ARPA podia injetar dinheiro no sistema sem ter que se preocupar com a lucratividade. A agência encomendou pesquisas pioneiras dos cientistas da computação mais talentosos do país em uma escala que teria sido suicida para uma empresa privada. E, tão importante quanto, a ARPA aplicou uma ética de código aberto que incentivou a colaboração e a experimentação. Os terceirizados que contribuíam para a ARPANET tinham que compartilhar o código-fonte de suas criações ou correriam o risco de perder seus contratos. Isso catalisou a criatividade científica, pois pesquisadores de várias instituições diferentes puderam refinar e ampliar o trabalho uns dos outros sem viver com medo da lei de propriedade intelectual. A inovação mais importante que ocorreu foram os protocolos da internet, que surgiram em meados da década de 1970. Esses protocolos permitiram que a ARPANET se tornasse a internet, fornecendo uma linguagem comum que permitia a comunicação entre redes muito diferentes. A natureza aberta e não submetida à propriedade intelectual da internet aumentou muito sua utilidade. Prometeu um padrão único e interoperável para comunicação digital: um meio universal, em vez de uma colcha de retalhos de dialetos comerciais incompatíveis. Promovida pela ARPA e adotada por pesquisadores, a internet cresceu rapidamente. Sua popularidade logo fez com que cientistas de fora das Forças Armadas e o seleto círculo de terceirizados da ARPA exigissem acesso. Em resposta, a National Science Foundation (NSF) lançou uma série de iniciativas destinadas a levar a internet a quase todas as universidades do país. Essas iniciativas culminaram na NSFNET, uma rede nacional que se tornou a nova “espinha dorsal” da internet. A “espinha dorsal” (backbone) era um conjunto de cabos e computadores que formavam a principal artéria da internet. Parecia um rio: os dados fluíam de uma ponta a outra, alimentando afluentes, que por sua vez se ramificavam em riachos cada vez menores. Esses fluxos atenderam a usuários individuais, que nunca tocavam diretamente na espinha. Se eles enviassem dados para outra parte da internet, eles subiam pela cadeia de afluentes até ela e depois desciam por outra cadeia, até chegarem ao fluxo que servia ao destinatário. Uma das lições desse modelo é que a internet precisa de muitas redes em suas bordas. O rio é inútil sem afluentes para estender seu alcance. É por isso que a NSF, para garantir a maior conectividade possível, também subsidiou uma série de redes regionais que ligavam universidades e outras instituições participantes dessa “espinha dorsal” da NSFNET. Tudo isso não foi barato, mas funcionou. Os estudiosos Jay P. Kesan e Rajiv C. Shah estimaram que o programa NSFNET custou mais de US$ 200 milhões. Outras fontes públicas, como governos estaduais, universidades financiadas pelo Estado e agências federais, provavelmente contribuíram com outros US$ 2 bilhões para a rede NSFNET. Graças a essa avalanche de dinheiro público, uma tecnologia de comunicação de ponta incubada pela ARPA ficou disponível para pesquisadores americanos no final dos anos 1980. O caminho da privatização Mas no início dos anos 1990, a internet estava se tornando vítima de seu próprio sucesso. O congestionamento atormentava a rede e, cada vez que a NSF a atualizava, mais pessoas se reuniam. Em 1988, os usuários enviavam menos de um milhão de pacotes por mês. Em 1992, enviaram 150 bilhões. Assim como novas rodovias geram mais tráfego, as melhorias da NSF atiçaram a demanda, sobrecarregando o sistema. É claro que as pessoas gostaram da internet. E esses números teriam sido ainda maiores se a NSF tivesse colocado menos restrições a seus usuários. A Política de Uso Aceitável (AUP) da NSFNET proibiu o tráfego comercial, preservando a rede apenas para fins de pesquisa e educação. A NSF viu isso como uma necessidade política, pois o Congresso poderia cortar o financiamento se o dinheiro do contribuinte fosse visto como subsídios para a indústria. Na prática, a AUP era amplamente inexequível, pois as empresas usavam regularmente a NSFNET. Além disso, o setor privado vinha ganhando dinheiro com a internet há décadas, tanto como terceirizados quanto como beneficiário de software, hardware, infraestrutura e com o talento de engenheiros desenvolvidos com financiamento público. A AUP pode ter sido uma ficção legal, mas teve um efeito. Ao excluir formalmente a atividade comercial, criou um sistema paralelo de redes privadas. No início da década de 1990, vários provedores comerciais surgiram em todo o país oferecendo serviços digitais sem restrições sobre o tipo de tráfego que podiam transportar. A maioria dessas redes se originou de financiamento do governo e contou com veteranos da ARPA com experiência técnica. Mas quaisquer que sejam suas vantagens, as redes comerciais foram proibidas pela AUP de se conectar à internet, o que inevitavelmente limitou seu valor. A internet prosperou sob a propriedade pública, mas estava chegando a um ponto de ruptura. O aumento da demanda de pesquisadores prejudicou a rede, enquanto a AUP impedia que ela alcançasse um público ainda mais amplo. Não eram problemas fáceis de resolver. Abrir a internet para todos e desenvolver a capacidade para acomodá-los apresentava desafios políticos e técnicos significativos. O diretor da NSFNET, Stephen Wolff, viu a privatização como a resposta. Ele acreditava que entregar a internet para o setor privado traria dois grandes benefícios: aliviaria o congestionamento, causando um fluxo de novos investimentos, e acabaria com o AUP, permitindo que provedores comerciais integrassem suas redes à NSFNET. Livre do controle do governo, a internet poderia finalmente se tornar um meio de comunicação de massa. O primeiro passo ocorreu em 1991. Alguns anos antes, a NSF havia concedido o contrato para operar sua rede a um consórcio de universidades de Michigan chamado Merit, em associação com a IBM e MCI. Este grupo havia feito uma oferta significativamente menor, percebendo uma oportunidade de negócio. Em 1991, eles decidiram lucrar, criando uma subsidiária com fins lucrativos que começou a vender acesso comercial à NSFNET sob a bênção de Wolff. O movimento irritou o resto da indústria de redes. As empresas acusaram, com razão, a NSF de fazer um acordo secreto para dar aos seus terceirizados o monopólio comercial, e fizeram tanto barulho que audiências no Congresso foram realizadas em 1992. Essas audiências não questionaram a conveniência da privatização, mas suas condições. Agora que Wolff havia lançado a privatização, os outros provedores comerciais simplesmente queriam uma parte da ação. Um de seus CEOs, William Schrader, testemunhou que as ações da NSF eram semelhantes a “dar ao K-mart [gigantesca rede de lojas de departamento] um parque federal”. No entanto, a solução não foi manter o parque, mas sim dividi-lo em vários K-marts. As audiências forçaram a NSF a aceitar um papel maior para a indústria na formação do futuro da rede. Como esperado, isso produziu uma privatização ainda mais rápida e profunda. Anteriormente, a NSF havia considerado reestruturar a NSFNET para permitir que mais terceirizados a controlasse. Em 1993, em resposta à contribuição da indústria, a NSF decidiu dar um passo muito mais radical: eliminar completamente a NSFNET. Em vez de uma rede troncal e nacional, haveria vários, todos de propriedade e operados por provedores comerciais. Os líderes da indústria alegaram que o redesenho garantiu um “igualdade de condições”. Para ser mais exato, o campo ainda estava desigual, mas aberto a mais players. Se a antiga arquitetura da internet favorecia o monopólio, a nova foi feita sob medida para o oligopólio. Não havia tantas empresas que consolidassem infraestrutura suficiente para operar uma rede troncal. Cinco, para ser exato. A NSF não estava abrindo a internet para a concorrência, mas sim entregando-a a um pequeno punhado de empresas que esperavam. Surpreendentemente, esta transferência veio sem amarras. Não haveria supervisão federal das novas redes troncais da internet, nem regras governando a operação da infraestrutura dos provedores comerciais. Nem haveria mais financiamento para as redes regionais sem fins lucrativos que conectaram campi e comunidades à internet nos dias da NSFNET. Eles logo foram comprados ou quebrados por empresas com fins lucrativos. Em 1995, a NSF acabou com a NSFNET. Em poucos anos, a privatização estava completa. A rápida privatização da internet não suscitou oposição e quase nenhum debate. Embora Wolff tenha liderado o caminho, ele agiu a partir de um amplo consenso ideológico. O triunfalismo do livre mercado da década de 1990 e o clima político intensamente desregulador promovido pelos democratas de Bill Clinton e pelos republicanos de Newt Gingrich enquadraram a propriedade privada total da internet como benéfica e inevitável. O colapso da União Soviética reforçou essa visão, pois a justificativa da Guerra Fria para um planejamento público mais robusto desapareceu. Finalmente, a profunda influência da indústria sobre o processo garantiu que a privatização tomasse uma forma particularmente extrema. Talvez o fator mais decisivo na transferência tenha sido a ausência de uma campanha organizada exigindo uma alternativa. Tal movimento poderia ter proposto uma série de medidas destinadas a popularizar a internet sem privatizá-la completamente. Em vez de abandonar as redes regionais sem fins lucrativos, o governo poderia tê-las expandido. Essas redes, financiadas por taxas cobradas de provedores comerciais da rede troncal, permitiriam ao governo garantir acesso à internet de baixo custo e alta velocidade a todos os americanos como um direito social. Enquanto isso, a FCC poderia regular essas redes, definindo as taxas que se cobram uns dos outros para transportar o tráfego da internet e supervisioná-las como um serviço público. Mas promover mesmo uma fração dessas políticas exigiria mobilização popular, e a internet ainda era relativamente obscura no início dos anos 1990, em grande parte confinada a acadêmicos e especialistas. Foi difícil construir uma coalizão em torno da democratização de uma tecnologia que a maioria das pessoas nem sabia que existia. Nesse cenário, a privatização obteve uma vitória tão completa que se tornou quase invisível, revolucionando silenciosamente a tecnologia que em breve revolucionaria o mundo. Recuperando a plataforma do povo Quase trinta anos depois, a Internet cresceu tremendamente, mas a estrutura de propriedade de sua infraestrutura central é praticamente a mesma. Em 1995, cinco empresas possuíam a rede troncal (backbone) da internet. Hoje, existem entre sete e doze grandes provedores de backbone nos Estados Unidos, dependendo de como você conta, e mais alguns no exterior. Embora uma longa série de fusões e aquisições tenha levado ao rebranding e reorganização, muitas das maiores empresas dos Estados Unidos têm vínculos com o oligopólio original, incluindo AT&T, Cogent, Sprint e Verizon. As condições de privatização tornaram mais fácil para os titulares protegerem sua posição. Para formar uma internet unificada, as redes de backbone devem se interconectar e conectarem-se com provedores menores. É assim que o tráfego viaja de uma parte da internet para outra. No entanto, como o governo não especificou nenhuma política de interconexão quando privatizou a internet, os backbones podem negociar o acordo que quiserem. Eles geralmente permitem a interconexão entre si gratuitamente, porque é mutuamente benéfico, mas cobram de provedores menores para transportar o tráfego. Esses contratos não são regulamentados, mas também, muitas vezes, secretos. Negociados a portas fechadas com a ajuda de acordos de confidencialidade, eles garantem que o funcionamento profundo da internet não seja apenas controlado pelas grandes empresas, mas também oculto do público. Mais recentemente, surgiram novas concentrações de poder. O backbone não é a única parte da internet que está nas mãos de relativamente poucas pessoas. Atualmente, mais da metade dos dados que chegam aos usuários dos EUA nos horários de pico vêm de apenas trinta empresas, das quais a Netflix é parte importante. Da mesma forma, gigantes de telecomunicações e cabo, como Comcast, Verizon e Time Warner Cable, dominam o mercado de serviços de banda larga. Essas indústrias transformaram a arquitetura da internet, criando acesso direto às redes uma da outra, ignorando o backbone. Provedores de conteúdo como a Netflix agora enviam seus vídeos diretamente para provedores de banda larga como a Comcast, evitando uma rota tortuosa pelas entranhas da internet. Esses acordos desencadearam uma tempestade de controvérsias e contribuíram para os primeiros passos para a regulamentação da internet nos Estados Unidos. Em 2015, a FCC anunciou sua resolução mais forte até o momento para impor a “neutralidade da rede”, o princípio de que os provedores de serviços de internet devem tratar todos os dados da mesma forma, independentemente de virem da Netflix ou do blog de alguém. Na prática, a neutralidade da rede é impossível dada a estrutura atual da internet. Mas, como um alerta, esse debate concentrou a atenção do público no controle corporativo da internet e produziu vitórias reais. A decisão da FCC reclassificou os provedores de banda larga como “portadores comuns”, submetendo-os pela primeira vez à regulamentação das telecomunicações. E a agência prometeu usar esses novos poderes para proibir as empresas de banda larga de bloquear o tráfego para determinados sites, diminuir a velocidade dos clientes e aceitar “priorização paga” de provedores de conteúdo. A decisão da FCC é um bom começo, mas não vai longe o suficiente. Rejeita explicitamente a “regulamentação de tarifas prescritivas em todo o setor” e isenta os provedores de banda larga de muitas das disposições da época do New Deal na Lei de Comunicações de 1934. Também se concentra na banda larga, deixando de lado o backbone da internet. Mas a decisão é uma cunha que pode ser ampliada, especialmente porque a FCC deixou em aberto muitas das especificidades em torno de sua aplicação. Outra frente promissora é a banda larga municipal. Em 2010, em Chattanooga, a Tennessee Municipal Electric Company começou a vender serviços de internet de alta velocidade acessíveis para os moradores. Graças a uma rede de fibra óptica construída em parte com fundos federais de fomento, a empresa oferece algumas das velocidades de internet doméstica mais rápidas do mundo. A indústria de banda larga respondeu com força, pressionando as legislaturas estaduais a proibir ou limitar experimentos semelhantes. Mas o sucesso do modelo de Chattanooga inspirou movimentos pela banda larga municipal em outras cidades, como Seattle, onde a vereadora socialista Kshama Sawant há muito defende a ideia. Podem parecer pequenos passos, mas apontam para a possibilidade de construção de um movimento popular para reverter a privatização. Isso envolve não apenas promover a expansão da supervisão da FCC e serviços públicos de banda larga de propriedade pública, mas também mudar a retórica em torno da reforma da internet. Uma das obsessões mais danosas entre os reformadores da internet é a noção de que mais competição democratizará a internet. A internet precisa de muita infraestrutura para funcionar. Dividir as grandes corporações que possuem essa infraestrutura em empresas cada vez menores na esperança de que o mercado crie melhores resultados é um erro. Em vez de tentar fugir da grandeza da internet, devemos abraçá-la e colocá-la sob controle democrático. Isso significa substituir provedores privados por alternativas públicas, quando viável, e regulá-los quando não. Não há nada nos canais ou protocolos da internet que a force a produzir grandes concentrações de poder corporativo. Esta é uma escolha política, e podemos escolher outra coisa. Sobre os autores BEN TARNOFF é fundador e editor da revista Logic. COMPARTILHAR FacebookTwitter Email ARQUIVADO COMO AMÉRICA DO NORTE HISTÓRIA TECNOLOGIA A Jacobin precisa de você para continuar trazendo conteúdo de qualidade. Apoie! VALOR DIGITE SEU E-MAIL PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER digite seu email APOIO JACOBIN PUBLISHER SOBRE CONTATO ANUNCIE 2019 © - JacobinBrasil. Desenvolvido por Estudio Do

CADEIA NELES...

MPF realiza operação contra dono de drone usado para atacar apoiadores de Lula e Kalil Publicado por Beatriz Castro - Atualizado em 1 de julho de 2022 às 17:48 Apoie o DCM ICL Drone em evento de Lula e Kalil MPF cumpre mandado de busca e apreensão contra dono de drone Foto: Reprodução O Ministério Público Federal (MPF) realizou na manhã desta sexta-feira (01), com apoio das demais forças de segurança, operação de busca e apreensão em pelo menos cinco endereços atribuídos a Rodrigo Luiz Parreira, apontado como o principal responsável pelo ataque com drone a apoiadores de Lula e Alexandre Kalil em evento de no mês de junho, em Uberlândia. Na ocasião, ele disse à polícia ser o dono do drone que pulverizou sobre as pessoas um líquido de odor forte. Durante as investigações, o MPF teria descoberto indícios de falsificação de documentos por parte de Rodrigo para obter o Certificado de Registro Pessoa Física – Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Segundo a TV Integração, a operação desta sexta foi para apreensão destes documentos e de armamentos. Um fuzil teria sido encontrado e apreendido. A ação, porém, está sob sigilo. O MPF instaurou procedimento por se tratar de uso de “aeronave”, que é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, portanto, a atribuição de investigar é federal, segundo a procuradoria. À TV Integração, a defesa do Rodrigo disse que tomou conhecimento da operação do MPF e que acompanhou o cliente durante a oitiva na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, onde foi prestado depoimento à autoridade policial A defesa afirmou ainda não saber a motivação da ação, “uma vez que a origem dos fatos decorre de evento em que foi designado a responsabilidade da investigação ao Gaecoe ao Ministério Público Estadual”. Rodrigo, no entanto, relatou aos policiais no dia 15 de junho, que havia contratado Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira, para jogar o produtos nos apoiadores de Lula, porque estava insatisfeito com as políticas do ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT).

O MESMO CAPITÃO HEMORRÓIDA DE SEMPRE..

Bolsonaro não gosta de encontro entre presidente de Portugal e Lula e cancela reunião com Marcelo Rebelo Publicado por Yurick Luz - 1 de julho de 2022 Apoie o DCM ICL Foto: Marcos Corrêa/PR O encontro marcado entre o presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) e o presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa foi cancelado pelo atual chefe do executivo. O motivo foi que ele soube que o líder português aproveitará a sua passagem por São Paulo para conversar com o ex-presidente e pré-candidato a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante abertura da Conferência dos Oceanos, que ocorreu na última segunda-feira (27), Marcelo de Souza havia afirmado que, além do encontro com Bolsonaro e da participação em eventos comemorativos aos 200 anos da independência do Brasil, conversaria com dois ex-presidentes brasileiros: Lula e Michel Temer. O objetivo da viagem do presidente português ao Brasil é incrementar as relações entre os dois países. Já que o maior grupo de estrangeiros em Portugal são os brasileiros. Até então, já são mais de 204 mil de brasileiros espalhados pelas terras portuguesas, porém, estimasse que o total passe de 300 mil. Além disso, curiosamente, o atual chefe do executivo é o único presidente brasileiro desde o regime democrático que não visitou Portugal em nenhuma ocasião. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, irá desembarcar no Brasil já neste sábado (2). Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

FAMÍLICIA

ustiça nega pedido de Eduardo e mantém no ar vídeo que detona família Bolsonaro Publicado por Davi Nogueira - 1 de julho de 2022 Apoie o DCM ICL Família Bolsonaro Família Bolsonaro não está 100% alinhada sobre a ida do presidente ao PL Em mais uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça, a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), determinou que não cabe uma indenização por danos morais no caso da divulgação de um vídeo com críticas à família do chefe do Executivo. O vídeo, que segue disponível no canal do filósofo Paulo Ghiraldelli, cita os supostos problemas emocionais de Laura Bolsonaro, filha do presidente com Michelle, pois a menina “não ri”. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entrou com uma ação judicial contra Ghiraldelli pedindo para a peça ser retirada do ar, e para impedir que o filósofo faça publicações e manifestações públicas que atribuam a ele atividades criminosas, além de condená-lo a pagar indenização por danos morais. O 6º Juizado Especial Cível de Brasília, em julho do ano passado, julgou improcedentes os pedidos do parlamentar, que recorreu da decisão, alegando que o vídeo tem a intenção de “deslegitimar a atuação política” e que as declarações não podem ser consideradas direito de expressão. A Segunda Turma Recursal manteve a sentença e destacou que as declarações do filósofo não atingiram a honra da família Bolsonaro.

A MESMA FAMILÍCIA DE SEMPRE..

Bolsonaro substitui Braga Netto por secretário punido por uso irregular de avião Publicado por Beatriz Castro - Atualizado em 1 de julho de 2022 às 15:36 Apoie o DCM ICL Bolsonaro Bolsonaro e Braga Netto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Foi oficializada nesta sexta-feira (01) a exoneração do general Walter de Souza Braga Netto (PL), que ocupava a função de assessor especial da Presidência. Ele deve ser confirmado para vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. O ex-secretário nacional de Justiça Vicente Santini ficará no lugar de Braga Netto. Ele ficou conhecido após ser demitido por usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), sem autorização, em viagem oficial à Índia e à Suiça, em janeiro de 2020. Na ocasião, ele era secretário-executivo da Casa Civil. PUBLICIDADE Santini é um dos homens de confiança do ex-ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e também é próximo aos filhos de Bolsonaro. O servidor estava à frente da secretaria Nacional de Justiça desde agosto de 2021. O episódio em que ele utilizou de forma irregular a aeronave da FAB ocorreu depois do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Santini estava representando Onyx, até então ministro da Casa Civil, e usou o avião para ir à Índia, onde estava a comitiva de Bolsonaro. Na época, o presidente criticou a atitude de Santini e disse que era “imoral”, já que os ministros costumavam usar voos comerciais para evitar gastos. “Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É inadmissível o que aconteceu, ponto final”, disse Bolsonaro, à época. Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

VERGONHA SEM LIMITES..

Família de Drummond sobre medalha a Daniel Silveira: “Verdadeiro deboche” Publicado por Beatriz Castro - Atualizado em 1 de julho de 2022 às 16:15 Apoie o DCM ICL Daniel Silveira Daniel Silveira Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO A família do escritor Carlos Drummond de Andrade divulgou uma carta nesta sexta-feira (01), na qual chamou de “verdadeiro deboche” a entrega da Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro, da Biblioteca Nacional, ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). A homenagem é concedida a autoridades e intelectuais que contribuem para o universo da literatura e entre eles está Drummond, que recebeu a medalha em 1985. “Diante desse verdadeiro deboche, a família de Carlos Drummond de Andrade vem a público lembrar que o poeta recebeu a homenagem quando a Biblioteca Nacional era dirigida pela escritora Maria Alice Barroso, nome respeitável que honrou e engrandeceu a Casa”, diz o texto. De acordo com a carta da família, quando o poeta recebeu a honraria, “o Brasil era outro, com autoridades que se faziam merecedoras de respeito pela dignidade, pelo decoro e pela conduta ética, mandatários que, diferentemente de hoje, não nos envergonhavam como povo e não nos apequenavam como nação.” O homenageado deste ano, Daniel Silveira, foi condenado em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques aos ministros da Corte. No entanto, um dia depois, ele recebeu um indulto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Silveira confirmou à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, que receberia a homenagem da Biblioteca Nacional. “É uma honraria muito grande porque é em homenagem aos 200 anos da… É uma coisa que vale muito a pena”, disse o parlamentar. “Para mim é muito honroso ter o reconhecimento de lá”, afirmou. Em 2022, a honraria será concedida a 200 personalidades por ocasião do Bicentenário da Independência. Criada há 212 anos, a Biblioteca Nacional é a mais antiga instituição cultural brasileira. Leia a íntegra da carta da família de Drummond “Em 1985, o escritor Carlos Drummond de Andrade recebeu a Medalha Biblioteca Nacional – Ordem do Mérito do Livro, concedida a intelectuais e autoridades que se distinguiam pelo trabalho em favor da cultura, do conhecimento e do saber. Agora, noticia-se que a comenda será entregue ao deputado Daniel Silveira, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ataques à democracia e a instituições que a legitimam. Diante desse verdadeiro deboche, a família de Carlos Drummond de Andrade vem a público lembrar que o poeta recebeu a homenagem quando a Biblioteca Nacional era dirigida pela escritora Maria Alice Barroso, nome respeitável que honrou e engrandeceu a Casa que também já teve, como diretores, intelectuais do porte de Josué Montello e Affonso Romano de Sant’Anna. Época em que o Brasil era outro, com autoridades que se faziam merecedoras de respeito pela dignidade, pelo decoro e pela conduta ética, mandatários que, diferentemente de hoje, não nos envergonhavam como povo e não nos apequenavam como nação.” Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link