domingo, 28 de janeiro de 2024
SALVE O MST
MST celebra 40 anos em ato político com presença de ministros e lideranças partidárias e populares
Celebração reuniu cerca de mil pessoas em ato político na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP)
27 de janeiro de 2024, 15:17 h
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(Foto: Tarcísio Nascimento)
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Brasil de Fato - Neste sábado (27), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um ato político em celebração aos seus 40 anos, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP). O movimento popular camponês está organizado em 24 estados do país, com 185 cooperativas, 120 agroindústrias e cerca de 400 mil famílias assentadas.
Durante a celebração, o movimento lançou uma carta aberta ao povo brasileiro. O documento cita várias medidas para combater a fome, estimular a produção de alimentos saudáveis, educação, cultura, combater as violências e levar mais vida ao campo.
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O ato contou com a presença de aproximadamente mil pessoas. Estiveram presentes, inclusive os ministros Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e Luiz Marinho, do Trabalho.
"O MST ensina que nós não podemos cair na ilusão de separar o conhecimento da prática", comentou o ministro Silvio Almeida. "Nós estamos fazendo essa celebração dentro de uma escola. Não se faz revolução sem ciência. O MST tem feito política de direitos humanos há muito tempo", disse Almeida.
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O ministro da Agricultura, Paulo Teixeira destacou que o MST "escreve a história do Brasil ao atuar com os mais pobres e organizá-los para lutar pela reforma agrária e produzir alimentos saudáveis. O movimento tem uma enorme expressão como modelo de organização de luta pela terra".
Também participam da cerimônia representantes do cônsul de Cuba, Benício Pérez, movimentos populares e partidos políticos de todo o país.
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José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, disse que a luta do MST é uma luta pedagógica. "Nos ensina e mais do que isso, nos convoca e nos alinha a uma direção. O MST tem empurrado as nossas forças políticas e tem nos alertado sobre os desafios que temos pela frente", analisa.
Coletiva sobre os 40 anos do MST - Antes do ato político foi realizada uma coletiva sobre os 40 anos do MST, com Ceres Hadich, da direção nacional e Jaime Amorim, da coordenação nacional do movimento. “Apesar da direita e de parte da imprensa nos chamarem de invasores, na verdade é o contrário. Quem sempre invade é o latifúndio", disse Jaime Amorim.
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Amorim também afirma que o movimento irá lançar candidaturas no próximo ano. “Precisamos ter representantes nas câmaras municipais e fazer a disputa com o fundamentalismo evangélico nos municípios.” Um dos nomes já sedimentados para enfrentar a disputa municipal é o de Rosa Amorim para a Prefeitura de Caruaru, em Pernambuco. Hoje, Amorim é deputada pelo PT no estado.
"A luta pela terra, a luta pela reforma agrária transcende gerações. Ela não nasceu com o MST. A gente é herdeiro de uma luta histórica que tem mais de 500 anos no Brasil", comentou Ceres Hadich, da direção nacional do movimento.
#FORASIONISTASGENOCIDASDAPALESTINA
Ministros do governo Lula defendem Genoino, que foi atacado após falsa acusação de antissemitismo
Luiz Marinho e Paulo Teixeira, chefes das pastas do Trabalho e do Desenvolvimento Agrário, manifestaram solidariedade ao ex-deputado, atacado por defender a causa palestina
27 de janeiro de 2024, 21:10 h
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José Genoino
José Genoino (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil | Reprodução)
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247 - Dois ministros do governo do presidente Lula (PT) se pronunciaram neste sábado (27) em apoio ao ex-deputado federal e ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, durante o evento em celebração aos 40 anos do MST, informa o Estadão. O suporte veio após o político ser alvo de falsas acusações de antissemitismo feitas pela Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Luiz Marinho, ministro do Trabalho, foi o primeiro a manifestar seu apoio, caracterizando as acusações como uma "perseguição" motivada pelo engajamento de Genoino na "causa justa do povo palestino". Durante o evento, Marinho pediu que os presentes aplaudissem Genoino, gesto que foi seguido por um agradecimento do ex-presidente nacional do PT, com o punho erguido em sinal de agradecimento.
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Mais tarde, foi a vez de Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Ele aproveitou o momento para destacar a importância de promover a paz no Oriente Médio, "pelo fim da guerra contra o povo palestino", e expressou solidariedade ao jornalista Breno Altman e a Genoino, ambos alvo de ataques por defenderem a causa palestina. "Aquilo é cruel e vamos protestar de toda forma contra aquela crueldade", concluiu.
O embate teve início quando a Conib decidiu atacar Genoino, acusando-o de antissemitismo devido ao seu apoio ao movimento internacional de boicote a produtos ligados a Israel e à sua expressão de solidariedade ao povo palestino, que sofre com a violência na Faixa de Gaza.
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A Conib, conhecida por suas posições controversas, já havia atacado o presidente Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Além disso, a entidade busca censurar o jornalista judeu Breno Altman. As acusações recentes foram baseadas na afirmação de Genoino, feita recentemente em uma live, sobre o boicote a empresas ligadas a Israel, classificado pela Conib como um ato 'criminoso' de 'antissemitismo'. A entidade também associou a fala de Genoino a medidas adotadas pelo regime nazista, classificando-a como 'extremada'.
Genoino, por sua vez, repudiou veementemente as acusações, destacando que é possível criticar o sionismo sem ser antissemita. Em declarações à imprensa, reafirmou seu compromisso com os direitos e a soberania do povo judeu e denunciou o genocídio perpetrado pelo governo de Israel contra os palestinos.
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O político brasileiro enfatizou que sua defesa do movimento de boicote, BDS, é pacífica e respaldada internacionalmente como uma forma de conter o genocídio contra o povo palestino. Genoino reiterou que o boicote não está relacionado ao antissemitismo, sendo um movimento de defesa dos direitos humanos e contra a ocupação militar.
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