quinta-feira, 18 de novembro de 2021

UM ESTADISTA DE FATO..

Entenda por que Macron despreza Bolsonaro, mas recebeu Lula como chefe de Estado Ex-presidente se encontra com mandatário francês no momento em que as relações entre os dois países está abalada Redação Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 17 de Novembro de 2021 às 13:10 Ouça o áudio: Play 01:23 01:30 Mute Download Lula e Macron se encontraram em Paris nesta quarta-feira (17) - Foto: Ricardo Stuckert Com protocolo de chefe de Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido, na manhã desta quarta-feira (17), pelo presidente da França, Emannuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris. O encontro foi fechado e a pauta da reunião não foi divulgada para a imprensa. É possível imaginar que Lula -- que lidera as pesquisas de intenção de votos para as eleições de 2022 - dialogue com Macron sobre a conturbada relação entre França e Brasil durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que se tornou desafeto do presidente francês. Macron não esconde a antipatia que nutre por Bolsonaro e tem utilizado o presidente para mostrar aos franceses que seu governo tem uma preocupação ambiental, colocando o brasileiro como exemplo de descompromisso com o meio ambiente. O ponto alto da tensão entre os dois países, foi quando o presidente brasileiro marcou uma audiência com Jean-Yves Le Drian, ministro de Relações Exteriores da França, em julho de 2019, e cancelou a reunião para fazer uma live, em suas redes sociais, cortando o cabelo. O desrespeito de Bolsonaro com o ministro francês não ficou barato. Em agosto de 2019, um mês depois, Macron convidou o Chile para que fosse o representante sul-americano no encontro do G7, realizado na França. Durante o encontro, o presidente chileno Sebastián Piñera foi flagrado criticando Bolsonaro em um bate-papo com Macron. Um dia antes, o presidente brasileiro havia zombado da aparência da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, ao responder o comentário de um seguidor na internet que a comparava com Michelle Bolsonaro, companheira do mandatário brasileiro. “Entende agora por que o Macron odeia Bolsonaro?”, perguntou o bolsonarista em publicação no Facebook. Bolsonaro comentou: “Não humilha cara. Kkkkkk”. A resposta do brasileiro gerou uma crise entre os dois países e Macron falou sobre o tema com Piñera. “Eu tinha que reagir, entende?”, perguntou Macron a Piñera. “Eu queria ser pacífico, queria ser correto, construtivo com o cara e respeitar sua soberania. Tudo bem. Mas eu não poderia aceitar isso. Me desculpe, isso não é atitude de um presidente”. “Eu concordo”, respondeu o chileno. Edição: Leandro Melito

GENOCÍDIO...

Brasil tem 611.851 mortos por covid-19 e 21.977.661 casos Nas últimas 24h, país registrou 373 óbitos Siga o iG no Google News Por iG Saúde | 17/11/2021 18:21 Registro de enterro de vítima de Covid Amazônia Real Registro de enterro de vítima de Covid O Brasil registrou 373 óbitos e 11.977 novos casos de covid-19 em 24h. Com isso, o país atingiu os 611.851 óbitos e 21.977.661 diagnósticos positivos desde o fim da pandemia. A média móvel de mortes ficou em 259, patamar semelhante ao apresentado nos últimos dias. A de casos fechou o dia em 9.766. Leia também Dose de reforço da Pfizer mantém proteção contra casos graves da covid-19 Astrazeneca pede autorização à Anvisa para aplicação da 3ª dose da vacina RJ: Secretaria de Saúde diz que máscaras em academias continuam obrigatórias Os números são consolidados diretamente com as secretarias estatuais de saúde pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A Universidade Johns Hopkins contabiliza 5.120.934 mortes por covid-19 em todo o mundo; e 254.808.807 diagnósticos positivos. Os Estados Unidos é o país líder nas estatísticas, seguido por Brasil e Índia. Link deste artigo: https://saude.ig.com.br/2021-11-17/mortes-casos-covid-19-17-novembro-2021.html

sábado, 13 de novembro de 2021

VERGONHA...

Gabriel Cassiano Economia/Política 28 Sp2ad8e9f sl03etembfrio033 nsodieiem 208183 · De ladrão de banco a estelionatário que é violento com a mulher. Acabou, Bolsonaro! #Cassiano12000 CAPA da VEJA dessa semana *O outro Bolsonaro* Ex-mulher acusa o presidenciável de furtar um cofre de banco, ocultar patrimônio, receber pagamentos não declarados e agir com “desmedida agressividade” Em 2007, o deputado Jair Bolsonaro, então com 52 anos, estava terminando seu segundo casamento, com Ana Cristina Siqueira Valle. Depois de mais de dez anos juntos e um filho, o casal resolveu se separar, mas o caso acabou na Justiça. Eles disputavam a guarda do filho, hoje com 20 anos, e Ana Cristina alegava que seu ex-marido resistia a fazer uma partilha justa dos bens. Por isso, em abril de 2008, ela deu entrada com uma ação na 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O processo, com mais de 500 páginas, ao qual VEJA teve acesso, contém uma série de incriminações mútuas que fazem parte do universo privado do ex-casal. Há, no entanto, acusações de Ana Cristina ao ex-marido que entram na esfera do interesse público porque contradizem a imagem que Bolsonaro construiu sobre si mesmo na campanha presidencial. São elas: SILÊNCIO – Ainda internado depois do atentado, Bolsonaro não quis se manifestar sobre as acusações da ex-mulher • Bolsonaro ocultou patrimônio pessoal da Justiça Eleitoral em 2006. Quando foi candidato a deputado federal, declarou que tinha um terreno, uma sala comercial, três carros e duas aplicações financeiras, que somavam, na época, 433 934 reais. Sua ex-mulher, no mesmo processo, anexou uma relação de bens e a declaração do imposto de renda do ex-marido, mostrando que seu patrimônio incluía também três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. Os bens do casal, em valores de hoje, somariam cerca de 7,8 milhões de reais. • Bolsonaro tinha uma “próspera condição financeira” quando era casado com Ana Cristina, segundo ela própria. A renda mensal do deputado chegava a 100 000 reais — cerca de 183 000 reais, em valores atualizados. Na época, oficialmente, Bolsonaro recebia 26 700 reais como deputado e 8 600 reais como militar da reserva. Para chegar aos 100 000 reais, diz a ex-mulher, Bolsonaro recebia “outros proventos”, que ela não identifica. • Bolsonaro, de acordo com Ana Cristina, furtou seu cofre numa agência do Banco do Brasil, em outubro de 2007, e levou todo o conteúdo: joias avaliadas em 600 000 reais, 30 000 dólares em espécie e mais 200 000 reais em dinheiro vivo — totalizando, em valores de hoje, cerca de 1,6 milhão de reais. O cofre ficava na agência do Banco do Brasil da Rua Senador Dantas, no centro do Rio. Seu conteúdo é incompatível com as rendas conhecidas do então casal. • Bolsonaro era um marido de “comportamento explosivo” e de “desmedida agressividade”. Essa foi a razão que levou Ana Cristina a separar-se, segundo ela mesma informa. “ELEVADO PADRÃO” - A casa do deputado num condomínio de luxo no Rio de Janeiro Bolsonaro e Ana Cristina se separaram oficialmente em 2008, depois de dez anos juntos. Com o passar do tempo, os dois voltaram a se entender e selaram um armistício que dura até hoje, tanto que Ana Cristina, candidata a deputada federal pelo Podemos do Rio de Janeiro, até usa o sobrenome do presidenciável e se apresenta aos eleitores como “Cristina Bolsonaro” — sobrenome que jamais teve. Agora, ela diz que as acusações que fez contra o ex-marido são fruto de excessos retóricos. Não é incomum que, em separações litigiosas, marido e mulher troquem acusações infundadas, destinadas a magoar ou tentar extrair alguma vantagem. Mas uma consulta ao processo e suas adjacências mostra que Ana Cristina não estava mentindo. O furto do cofre, por exemplo, realmente ocorreu. Em 26 de outubro de 2007, ela esteve na agência do Banco do Brasil e, misteriosamente, sua chave não abriu o cofre. Chamado ao local, um chaveiro destravou o equipamento, e Ana Cristina constatou que estava vazio. “Isso só pode ter sido coisa do meu ex-marido”, disse ela aos funcionários do banco. Um deles tentou acalmá-la, sem sucesso. “Ele pode tudo, e vocês têm medo dele”, respondeu ela. No mesmo dia, Ana Cristina registrou um boletim de ocorrência sobre o furto na 5ª Delegacia da Polícia Civil. PATRIMÔNIO OCULTO – Em 2006, Bolsonaro apresentou à Justiça Eleitoral a relação de seus bens, que totalizavam, segundo ele, 433 934 reais — ou 850 000 em valores atualizados. No processo de separação (abaixo), descobre-se que o patrimônio real do casal à época era de 4 milhões de reais — ou 7,8 milhões em valores atualizados VEJA teve acesso ao inquérito policial. Em depoimento, Alberto Carraz, um dos gerentes do Banco do Brasil, confirmou que tanto Ana Cristina quanto Bolsonaro mantinham cofres na agência. No caso do deputado, não se sabe o que ele guardava — e ele também nunca declarou a propriedade do cofre. Já a ex-mulher disse que guardava joias avaliadas em 600 000 reais, mais 30 000 dólares em espécie e 200 000 reais em dinheiro vivo. Localizado por VEJA, Alberto Carraz conta que, de fato, o conteúdo do cofre sumiu e dá uma pista do que pode ter sido o desfecho da história: “Quando Bolsonaro soube que a ex-mulher tinha feito um registro de ocorrência na delegacia, ele me disse que iria resolver a questão. Depois, eu soube por ele que estava tudo resolvido e que ela tinha retirado a queixa”. Na verdade, não foi bem assim. A discussão sobre o furto do cofre continuou, segundo mostra o processo. A defesa de Bolsonaro, na etapa em que o ex-casal discutia a guarda do filho, juntou um depoimento em que o deputado acusava a mulher de chantageá-lo. Dizia que ela tinha levado o filho para o exterior e condicionava o retorno da criança à devolução do dinheiro e das joias subtraídos do cofre. Bolsonaro acusou a mulher de sequestro. Ela acusou-o de furto. Na época, além de procurar a Polícia Federal, Bolsonaro pediu ajuda ao Itamaraty para localizar o filho no exterior. Ana Cristina e a criança estavam em Oslo, na Noruega. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo divulgou telegramas do Itamaraty nos quais Ana Cristina, em conversa com um vice-cônsul brasileiro em Oslo, dizia que fora para a Noruega depois de ser ameaçada de morte pelo ex-marido. Ela negou que tenha dito isso ao vice-cônsul, mas o jornal ouviu cinco amigas brasileiras de Ana Cristina em Oslo e todas a desmentiram e confirmaram que a ameaça de morte fora o motivo de sua viagem para a Europa. O fato é que, quando o depoimento de Bolsonaro acusando Ana Cristina de sequestro foi anexado ao processo, o ex-casal chegou imediatamente a um acordo. O filho voltou do exterior, a disputa pelos bens foi resolvida nos termos reivindicados por Ana Cristina e o valor da pensão foi acertado. Sobre o furto do cofre, porém, nenhuma palavra. O EX-GERENTE - Carraz confirmou que o casal mantinha dois cofres no banco Alberto Carraz se diz amigo de Bolsonaro até hoje. Há dois anos, ele foi acusado de furtar 2 milhões de reais de vários cofres da agência do Banco do Brasil. Poderia ter sido ele então o ladrão do cofre de Ana Cristina? Na relação oficial das supostas vítimas de Carraz não aparece o nome nem de Ana Cristina nem de Bolsonaro. E a investigação policial sobre o assunto não deu em nada. Ana Cristina foi chamada a depor duas vezes, não compareceu e, no ano passado, depois de dez anos, a polícia encerrou o caso sem esclarecê-lo. Bolsonaro e Ana Cristina não tinham renda para possuir bens e valores da ordem de 1,6 milhão de reais guardados num cofre de banco. Localizada por VEJA, Ana Cristina não quis entrar em detalhes. Deu-se o seguinte diálogo: De onde vieram as joias, dólares e reais? Era coisa minha, que juntei. Coisas do meu ex-marido, joias que ganhei do Jair. *Por que a senhora não atendeu às convocações para depor na polícia?* Não lembro. Fiquei quieta. *Por quê?* Não me sentia à vontade. Iria dar um escândalo para ele e para mim. Deixei para lá. *Escândalo para o deputado?* Eu, brava, falo besteira. *Por isso a senhora desistiu da investigação?* Nós dois tínhamos um acordo de abrir mão de qualquer apuração porque não seria bom. *Qual o acordo?* Aí eu prefiro ficar… me omitir. Ao entrar na Justiça para formalizar a separação, Ana Cristina queria a divisão que considerava justa do patrimônio que o casal adquiriu ao longo do casamento. À Justiça, ela disse que o ex-marido “proporcionava a sua família um elevado padrão, financiando frequentes viagens ao exterior” e que Bolsonaro tinha “remuneração de militar da reserva, de deputado federal e outros proventos que ultrapassam a mais de 100 000 reais mensalmente”. Na época, a renda oficial de Bolsonaro era de 35 300 reais. Recebia 26 700 reais como deputado e 8 600 reais como militar aposentado. Para chegar aos “mais de 100 000 reais”, a renda do deputado teria de ser multiplicada por três. Ana Cristina não informou quais seriam os “outros rendimentos” de Bolsonaro, mas anexou ao processo uma relação de bens e a declaração de imposto de renda do ex-marido referente ao ano de 2006. Os peritos da Justiça avaliaram esse patrimônio todo em 4 milhões de reais — cerca de 7,8 milhões de reais em valores atualizados. O FURTO DO COFRE – Em 26 de outubro de 2007, Ana Cristina registrou um boletim de ocorrência que relatava o furto de 600 000 reais em joias, 30 000 dólares em espécie e 200 000 reais em dinheiro vivo, guardados em um cofre que ficava numa agência do Banco do Brasil. Na época, ela acusou Bolsonaro pelo crime No mesmo ano de 2006, Bolsonaro entregou à Justiça Eleitoral uma relação de bens que somava somente 433 934 reais — coisa de 10% apenas do que a perícia judicial avaliara. Ele omitiu a propriedade de três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. A lei exige que cada candidato divulgue seus bens para que o eleitor possa acompanhar a evolução do seu patrimônio e avaliar, por exemplo, se amealhou bens em valores desproporcionais aos proventos recebidos durante o mandato. “É um mecanismo de fiscalização dos eleitores e da imprensa sobre os políticos”, diz Henrique Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Quando um candidato divulga uma lista subfaturada, está enganando o eleitor. O advogado Daniane Furtado, especialista em direito eleitoral, diz que a omissão de bens na declaração entregue à Justiça Eleitoral pode ser enquadrada nos crimes de falsidade ideológica e sonegação. “O que o político informou à Justiça Eleitoral tem de ser compatível com o que está no imposto de renda”, diz. RENDA NÃO DECLARADA – Ana Cristina anexou ao processo os holerites de Bolsonaro e relatou que o casal tinha uma renda de “mais de 100 000 reais” — em valores de hoje equivalentes a 183 000 reais. Na época, os proventos como deputado e militar da reserva, suas únicas fontes de renda conhecidas, totalizavam 35 300 reais mensais Numa das petições, a ex-mulher de Bolsonaro diz que o casal sempre teve uma “afortunada” condição de vida, que podia ser confirmada “pelos sinais exteriores de riqueza”. Para comprovar o relato, juntou ao processo documentos, holerites, fotos de viagens — e a acusação dos tais “mais de 100 000 reais” não declarados, hoje equivalentes a 183 000 reais. Nas declarações de imposto de renda de Bolsonaro anexadas ao processo — tanto a referente a 2006 quanto a de 2007 — não há registro de nenhuma renda além dos proventos de deputado e militar da reserva. A vida patrimonial de Bolsonaro, a julgar pelos documentos entregues à Receita Federal e à Justiça Eleitoral, é uma gangorra. Em 2001, ele declarou à Receita um patrimônio de 419 000 reais. Em 2006, o patrimônio informado ao Fisco subiu para 1,6 milhão de reais — embora, nos cinco anos transcorridos entre uma declaração e a outra, a soma de seus proventos como parlamentar e militar aposentado não tenha chegado a 1 milhão de reais líquidos. Neste ano eleitoral de 2018, Bolsonaro disse à Justiça Eleitoral que seu patrimônio soma 2,2 milhões de reais, incluindo cinco imóveis. Um deles, comprado em 2009, fica num condomínio residencial localizado em frente à praia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Corretores da região consultados por VEJA informam que as casas mais baratas no condomínio de Bolsonaro não custam menos de 2 milhões de reais. Uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em janeiro passado, revelou que Bolsonaro comprou sua casa no condomínio por 400 000 reais — é um valor inferior aos 580 000 reais que o próprio vendedor pagou ao adquiri-la quatro meses antes. Hoje, Ana Cristina nega as acusações. “Quando você está magoado, fala coisas que não deveria”, disse a VEJA. Sobre os “outros rendimentos” e a vida “afortunada” do candidato, ela diz que nem se lembra: “Eu falei isso?”. No processo, Ana Cristina explicou que a separação do casal aconteceu porque o comportamento de Bolsonaro era “explosivo”, o que tornou a convivência “insuportável”, em virtude da “desmedida agressividade” do parlamentar. Mas, agora, tudo mudou. Diz ela: “Bolsonaro é digno, carinhoso, honesto e provedor. Apesar de ‘machão’, ama os filhos incondicionalmente e trata suas mulheres como princesas”. Consultado por VEJA, Bolsonaro não quis dar entrevista. _Com reportagem de Gabriel Castro e Laryssa Bor

VERGONHA DA FAMILÍCIA..

Orçamento secreto: Senadores pedem a Rosa apuração sobre descumprimento de decisão Os parlamentares levantam a possibilidade de aplicação de multa pessoal e apuração do descumprimento da decisão judicial Por Redação Jornal de Brasília 12/11/2021 9h06 Foto: Rosinei Coutinho/ SCO/STF Os senadores Randolfe Rodrigues e Humberto Costa enviaram à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, pedido para adoção de medidas “pertinentes” sobre descumprimento à decisão que suspendeu a distribuição de emendas de relator – mecanismo do orçamento secreto – esquema de sustentação do governo Jair Bolsonaro no Congresso, revelado pelo Estadão. Os parlamentares levantam a possibilidade de aplicação de multa pessoal, apuração do descumprimento da decisão judicial e até eventual responsabilização do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, “na qualidade de gestor político do orçamento secreto”, e do presidente Jair Bolsonaro e ministros de Estado apontados como “responsáveis pela operacionalização” dos repasses. O descumprimento mencionado pelos senadores diz respeito a eventos de empenho, liquidação e pagamento – três etapas da execução do orçamento – com recursos das emendas de relator realizados entre os últimos dias 6 e 9 deste mês. Os atos são posteriores à decisão liminar de Rosa que suspendeu os repasses do orçamento secreto. Segundo os parlamentares, consulta ao Portal da Transparência do Governo Federal indica que, em tal período, o valor total de ordens bancárias ligadas às emendas do relator foi de R$ 5.012 622,26. Os senadores dizem ainda que os eventos identificados envolvem órgãos como os Ministérios do Desenvolvimento Regional, da Saúde, da Defesa e da Cidadania. A petição foi apresentada ao STF nesta sexta-feira, 12, três dias depois de o Supremo Tribunal Federal ratificar, por 8 votos a dois, decisão da ministra Rosa Weber que suspendeu, integral e imediatamente, a distribuição de emendas de relator até o final de 2021. Ainda foi determinado que o governo dê “ampla publicidade” aos ofícios encaminhados por parlamentares em 2020 e 2021 para alocação dos recursos em seus redutos eleitorais. Os valores destinados a esta modalidade neste ano somam R$ 18,5 bilhões. Como revelou o Estadão, o governo liberou R$ 1,2 bilhão em recursos do orçamento secreto para garantir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios em primeiro turno na Câmara. Em outra esfera, o Tribunal de Contas da União também foi acionado nesta sexta-feira, 12, em razão do orçamento secreto. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado enviou representação para que a corte identifique e afaste os “responsáveis”, no âmbito do Governo Federal, pela execução das emendas relator. Considerando a falta de transparência e de critério envolvendo os repasses, Furtado aponta “grave falha” na execução das emendas, destacando que os responsáveis por tal processo “deveriam ter se negado a praticar ou impedido” tais atos. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A INDUSTRIA DO FAKE..

Check-up: até onde vão as mentiras sobre vacinas? 31/10/2021 às 17:00 2 min de leitura Imagem de: Check-up: até onde vão as mentiras sobre vacinas?Imagem: rafa jodar/Shutterstock Avatar do autor Equipe TecMundo @tec_mundo 4 Compartilharam 17 Comentários Aos domingos, o TecMundo reúne algumas das principais notícias de saúde da semana em um só lugar. O vírus Notícias da pandemia As vacinas não causam Aids Na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro leu em uma transmissão ao vivo textos com informações falsas que afirmavam que, no Reino Unido, pessoas vacinadas estariam desenvolvendo Aids, o que é mentira. Não há nenhuma relação estabelecida entre as vacinas contra a covid-19 e a Aids — explicamos melhor aqui. O que se sabe, na verdade, é que portadores do vírus do HIV, que causa Aids, têm um sistema imune mais suscetível às doenças infecciosas e precisam receber todas as doses disponíveis no sistema de saúde para fortalecer sua imunidade. As vacinas fortalecem as nossas defesas, e não o contrário. O presidente foi desmentido por especialistas, sociedades médicas e autoridades sanitárias. Os vídeos foram removidos do Facebook, Instagram e YouTube no início desta semana. Ainda assim, a saúde de milhões de brasileiros foi colocada em risco pela disseminação de uma mentira que pode fazer com que as pessoas rejeitem os imunizantes que têm se mostrado eficazes para acabar com a pandemia. A prova disso é que cerca de 90% dos internados por covid neste ano no Brasil são pessoas que não completaram a vacinação, segundo um levantamento divulgado pelo Hospital Emílio Ribas, referência nacional no tratamento de doenças infecciosas. Segundo analistas, o vídeo do presidente deve acender um alerta para as redes sociais e autoridades reguladoras da internet, que precisam zelar pelo bom uso dos canais digitais. Vacina Pessoa se prepara para receber vacina (créditos: Pordee_Aomboon/Shutterstock) As vacinas para crianças Na sexta-feira (29), a FDA (Food and Drug Administration), agência regulatória dos Estados Unidos, autorizou o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade. A vacinação deve ter início alguns dias depois que o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) confirmar a autorização. De acordo com dados divulgados no dia 22 de outubro, a vacina da Pfizer apresentou alta eficácia para prevenir covid sintomática em crianças. A empresa disse que deve pedir a autorização para uso do imunizante em crianças no Brasil ainda no mês de novembro. Enquanto isso, aqui no Brasil... No mesmo dia em que os Estados Unidos aprovaram as vacinas para os mais novos, A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que os cinco diretores da agência receberam ameaças de morte caso aconteça a mesma aprovação por aqui. A intimidação foi feita por email. Anticoncepcional baseado em ultrassom Uma designer alemã desenvolveu um dispositivo que usa ultrassom para "banhar" os testículos e inviabilizar os espermatozoides. O invento acaba de ganhar o prêmio de design James Dyson Awards, conhecido mundialmente por incentivar estudantes a “projetar algo que resolva algum problema.” Contra a 'supercandidíase' Fungo Ilustração mostra o fungo Candida auris, um dos causadores da candidíase (créditos: Juan Gaertner/Shutterstock) Uma pesquisa conseguiu identificar os genes que levam à resistência no tratamento da candidíase, doença causada por fungos que frequentemente atinge os órgãos genitais. A preocupação com relação à candidíase resistente aos tratamentos disponíveis é crescente no mundo todo, e a pesquisa pode ajudar a desenvolver novos tratamentos e abordagens para combater o fungo.

FAKES DO CAPITÃO HEMORRÓIDA..

Facebook remove live em que Bolsonaro relaciona vacina à Aids 25/10/2021 às 09:31 4 min de leitura Imagem de: Facebook remove live em que Bolsonaro relaciona vacina à AidsImagem: Reprodução/YouTube Avatar do autor Equipe TecMundo @tec_mundo 445 Compartilharam 269 Comentários *Este texto foi atualizado às 12h57 do dia 25/10/2021. No domingo (24), o Facebook tirou do ar uma live em que o presidente Jair Bolsonaro associa a vacina contra a covid-19 à Aids. No vídeo transmitido na quinta-feira (21), o chefe do Executivo afirma que pessoas do Reino Unido estão tomando vacina e adquirindo a doença causada pelo vírus HIV, informação que já foi desmentida por autoridades de saúde. Após remover o conteúdo da rede, o Facebook explicou que as políticas da plataforma "não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas". O Instagram — que pertence ao Facebook — também removeu o vídeo. HIV: altas doses de anticorpo intravenoso pode proteger humanos A alegação de Bolsonaro foi refutada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e criticada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Em comunicado, o Comitê de HIV/Aids da SBI afirmou: "Não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]". Médicos, infectologistas e cientistas classificaram a fala de Bolsonaro como absurda. Nas redes sociais, os especialistas reforçam que não existe possibilidade de que uma das vacinas liberadas para uso contra a covid-19 cause Aids. "Não existe NENHUMA possibilidade de a vacina causar AIDS. ZERO. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta", escreveu o médico e advogado sanitarista Daniel Dourado. O médico infectologista Gerson Salvador afirmou que a declaração do presidente pode atrapalhar a campanha de vacinação, que deve vencer a barreira daqueles que desconfiam — sem fundamentos sólidos — das vacinas. A SBI também reforça a importância da vacinação para pessoas que vivem com HIV. "Destacamos, inclusive, a liberação da dose de reforço (3ª dose) para todos que receberam a 2ª dose há mais de 28 dias", disse a sociedade médica. Em março de 2020, a rede social tirou do ar um vídeo em que Bolsonaro promovia aglomerações em meio à pandemia. No entanto, esta é a 1ª vez que uma live semanal é removida. De onde vem a informação falsa? As supostas notícias lidas por Bolsonaro na transmissão afirmavam que relatórios do governo britânico indicavam que vacinados estariam com o sistema imunológico enfraquecido e adquirindo a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). Na verdade, os documentos fazem a vigilância dos efeitos das vacinas na população ao longo do tempo e não citam a Aids ou qualquer prejuízo causado ao sistema imune nos vacinados. A agência de checagem independente aos fatos fez uma verificação completa (que pode ser confirmada pelo leitor aqui). O atraso de 3 dias até que o Facebook decidisse tirar do ar o vídeo com a transmissão de Bolsonaro ampliou o estrago — milhares ou talvez milhões de brasileiros tiveram contato com uma informação falsa reproduzida pelo chefe do executivo e cabeça do governo brasileiro. Até o momento, mais de 50% da população brasileira recebeu as 2 doses de uma das vacinas contra a covid-19, e vários outros países estão com taxas semelhantes de vacinação. Embora nenhuma vacina contra nenhuma doença ofereça proteção total e seja totalmente isenta de efeitos colaterais, assim como acontece com qualquer tratamento de saúde, os números da pandemia mostram que os imunizantes funcionam e são a melhor opção para combater a covid-19, além de evitar ainda mais mortes. Coronavírus: precisamos da 3ª dose da vacina contra covid no Brasil? As vacinas causam alguma doença? As vacinas não são feitas para causar doenças, mas sim para preveni-las. Para isso, elas usam um antígeno (um pedaço do patógeno ou ele inteiro e inativado) que ativa o sistema imunológico para produzir células de proteção contra um invasor específico. Funciona assim: sempre que o corpo detecta um invasor que pode causar algum mal (bactérias, vírus etc.), inicia a produção de anticorpos e outras células de proteção voltadas para a eliminação do invasor recém-chegado. Assim, as vacinas apresentam ao corpo um pedacinho do vírus que funciona como uma identidade que permite reconhecê-lo (o antígeno). É como se a vacina dissesse ao corpo: "Está vendo esse cara aqui? Vai atrás e tira ele daqui!". Quando a pessoa recebe a vacina, o corpo fica mais ágil e preparado para criar as células de proteção em massa e combater a infecção de uma maneira muito mais eficiente quando tiver contato com o vírus de verdade. Mas e as pessoas que tomaram a vacina e tiveram febre e dores? Isso acontece porque vacina necessariamente induz uma inflamação leve para ativar o sistema imunológico e, assim, dores ou febre podem aparecer. Portanto, isso é um sinal de que o sistema imune funciona.

FAKE

Vacinas contra covid-19 não causam Aids; saiba o que diz a ciência 25/10/2021 às 14:52 6 min de leitura Imagem de: Vacinas contra covid-19 não causam Aids; saiba o que diz a ciênciaImagem: PhotobyTawat/Shutterstock Avatar do autor Everton Lopes Batista 142 Compartilharam 66 Comentários *Este texto foi atualizado às 15:52 do dia 25/10/2021. O que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu em sua transmissão ao vivo no Facebook na quinta-feira (21), que as vacinas contra a covid-19 estão causando Aids em quem as recebeu no Reino Unido, não foi uma fala polêmica ou imprecisa — foi uma informação falsa. As supostas notícias lidas por Bolsonaro na transmissão afirmavam que relatórios do governo britânico indicavam que vacinados estariam com o sistema imunológico enfraquecido e adquirindo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Na verdade, os documentos fazem a vigilância dos efeitos das vacinas na população ao longo do tempo e não citam a Aids ou qualquer prejuízo causado ao sistema imune nos vacinados. A agência de checagem independente Aos Fatos fez uma verificação completa dos fatos (que pode ser confirmada pelo leitor) aqui. A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e membro do comitê científico da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia), diz que as falas do presidente são lamentáveis. "Trata-se de uma campanha organizada para desinformar e prejudicar as pessoas. É proposital e muito grave", afirma a cientista ao TecMundo. Na noite do domingo (24), o Facebook decidiu tirar do ar o vídeo com a transmissão de Bolsonaro, mas o estrago já estava feito — milhares ou talvez milhões de brasileiros tiveram contato com uma informação falsa reproduzida pelo chefe do executivo e cabeça do governo brasileiro. Até o momento, mais de 50% da população brasileira completou a vacinação com uma das vacinas contra a covid-19, e vários outros países estão com taxas semelhantes de vacinação. Embora nenhuma vacina contra nenhuma doença oferece proteção total e seja totalmente isenta de efeitos colaterais, assim como acontece com qualquer tratamento de saúde, os números da pandemia mostram que os imunizantes funcionam e são a melhor opção para combater a covid-19 e evitar ainda mais mortes. O que diz a ciência? Em outubro de 2020, um grupo de cientistas publicou uma carta na revista científica The Lancet, uma das mais respeitadas na área da saúde, fazendo um alerta sobre a relação entre vacinas contra covid-19 e Aids. No texto, os pesquisadores relatam que, há cerca de uma década (ou seja, muito antes do surgimento da covid-19), um estudo com uma vacina experimental contra o HIV que usava o adenovírus do tipo 5 (Ad5) como vetor viral concluiu que os participantes homens não circuncidados que já haviam tido contato com o Ad5 e tiveram relação sexual sem proteção com pessoas soropositivas ou de status sorológico desconhecido tiveram um risco maior de contrair o HIV. Vale lembrar que o sexo desprotegido é um comportamento de risco para o HIV, ainda mais em locais onde a circulação do vírus é elevada. Bonorino diz que a carta está equivocada. "Os dados mostram que a vacina [experimental contra HIV] não funcionou, mas não provam que a vacina tenha causado Aids nessas pessoas", afirma. A pesquisadora explica que o Ad5 é um vírus causador de gripe comum, e muitas pessoas já tiveram contato com ele. Assim, é plausível pensar que uma vacina que usa o Ad5 como vetor viral, contra o qual muitas pessoas já desenvolveram anticorpos, pode não funcionar muito bem. Para o médico e pesquisador Bruno Filardi, há um risco clínico teórico de uma vez receber a vacina de Adenovírus 5 e a pessoa ficar mais suscetível a contrair o HIV após a exposição ao vírus do HIV. "TEÓRICO pois o fenômeno foi visto no laboratório e apenas em estudos de vacina para HIV. Não para covid", escreveu o médico em seu perfil do Twitter. Em outubro do ano passado, logo após a publicação da carta, alguns veículos de imprensa repercutiram o seu conteúdo, o que causou uma confusão ainda maior após as declarações de Bolsonaro na última semana. As vacinas Sputnik V (russa) e o imunizante produzido pela chinesa CanSino usam o Ad5 em sua composição. Nenhuma das vacinas aprovadas no Brasil usa o Ad5 como vetor viral. Nem no Reino Unido, como pode ser verificado no site do Serviço Nacional de Saúde (NHS). A vacina Sputnik V tem o Ad5 como vetor somente em uma das duas doses previstas, a outra aplicação conta com um adenovírus diferente. Filardi afirma que não há relação estabelecida entre as vacinas contra a covid e a Aids. Para ele, o que foi visto no estudo com a vacina experimental contra HIV pode ser explicado ainda por um fenômeno comportamental do voluntário, que por pensar estar protegido contra a doença não segue protocolos de prevenção, como uso da camisinha. sputnik v Mulher recebe a vacina Sputnik V em Tomsk, na Rússia (créditos: Dmitriy Kandinskiy/Shutterstock) De fato, os participantes do estudo que se infectaram fizeram sexo desprotegido com pessoas soropositivas ou de status sorológico desconhecido, como diz a carta publicada na Lancet. Esses resultados reforçam o que os cientistas vêm dizendo há décadas: que há comportamentos de risco que facilitam uma infecção: falta de camisinha (no caso da Aids) e recusar uso de máscara e distanciamento físico (no caso da covid-19). Excesso de cautela No dia 18 de outubro, a Autoridade Regulatória de Produtos de Saúde da África do Sul (SAHPRA) decidiu não aprovar o uso da Sputnik V no país, citando o possível aumento de risco de infecção pelo HIV. No domingo (24), a Namíbia seguiu a decisão da África do Sul e afirmou que deve suspender a aplicação da Sputnik V em seu território. Ambos os países, assim como outras nações no continente africano, sofrem com a alta circulação do HIV. Em um comunicado divulgado pela agência Reuters, o ministro da Saúde da Namíbia disse que a decisão partiu do excesso de cautela. As vacinas contra a covid não carregam nenhum elemento do vírus da Aids e não causam supressão no sistema imunológico, pelo contrário, elas estimulam e fortalecem o sistema imune para combater o SARS-CoV-2. "As vacinas não enfraquecem a resposta imune, elas reforçam essa resposta. A prova disso é que a vacinação está fazendo diminuir os números de casos e mortes causadas pela covid-19", afirma Bonorino. A decisão dos países africanos está relacionada à alta circulação do vírus do HIV no continente e ao risco ainda não comprovado de que as vacinas que usam o Ad5 podem aumentar o risco de se infectar com o HIV (mas somente nos casos em que há exposição ao vírus do HIV e comportamento de risco). É importante repetir que o que está dito na carta publicada na Lancet em outubro de 2020 é que quem teve um risco maior de contrair HIV foram os participantes homens do estudo que receberam a vacina experimental e fizeram sexo desprotegido com pessoas infectadas pelo HIV ou de status sorológico desconhecido. As vacinas causam alguma doença? As vacinas não são feitas para causar doenças, mas sim para preveni-las. Para isso, elas usam um antígeno (um pedaço do patógeno ou ele inteiro e inativado) que ativa o sistema imunológico para produzir células de proteção contra um invasor específico. Funciona assim: sempre que o corpo detecta um invasor que pode causar algum mal (bactérias, vírus etc.), inicia a produção de anticorpos e outras células de proteção voltadas para a eliminação do invasor recém chegado. Assim, as vacinas apresentam ao corpo um pedacinho do vírus que funciona como uma identidade para o corpo reconhecê-lo (o antígeno). É como se a vacina disse ao corpo: "Tá vendo esse cara aqui? Vai atrás dele e tira ele daqui!" Quando a pessoa recebe a vacina, o corpo fica mais ágil e preparado para criar as células de proteção em massa e combater a infecção de uma maneira muito mais eficiente. Mas e as pessoas que tomaram a vacina e tiveram febre e dores? Simples, a vacina necessariamente induz uma inflamação leve para ativar o sistema imunológico e, assim, dores ou febre podem aparecer. Isso é um sinal de que o sistema imune funciona.