quarta-feira, 29 de julho de 2015

A VERDADE SOBRE A PETROBRÁS...

Pedro Celestino explica tudo da proposta entreguista de José Serra
O Senador José Serra e a entrega do Pré-Sal
Por Pedro Celestino Pereira

Cabe registrar a disposição do nobre senador José Serra de, finalmente,  oferecer à opinião pública as razões que o fizeram apresentar o PL 131, que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única dos campos do pré-sal. O debate de idéias em termos elevados é  intrínseco à democracia. É pena, entretanto, que tal disposição só tenha se manifestado após 46 senadores terem rejeitado o pedido de urgência para a tramitação do seu projeto; caso o houvessem aprovado, a deliberação sobre assunto de vital interesse para o país seria tomada sem discussão. É que o senador considera o petróleo uma commodity, e não um insumo estratégico para o Brasil. Não vê, ou não quer ver, que o controle do petróleo é, e continuará a ser nas próximas décadas, o pano de fundo dos principais conflitos geopolíticos mundiais.

Considere-se, por exemplo, o cenário antevisto pela AIE - Agência Internacional de Energia, que prevê que: 

a) a produção mundial de petróleo continuará a crescer, passando dos atuais 85 milhões de barris/dia para quase 100 milhões de barris/dia em 2035;

b) os campos produtores  atuais atingiram seu pico de produção (65 milhões de barris/dia) em 2007/2008, entrando em declínio desde a partir daí;

c) em 2035 cerca de 38 milhões de barris/dia serão produzidos por campos  já descobertos, (mas não em produção) por campos novos a serem descobertos.

Resultado deste cenário: a ampliação do estoque de reservas para futura produção de petróleo continuará  a ser  o principal objetivo das petrolíferas privadas mundiais (Shell, Exxon, Chevron, BP e Total). E quando se fala de petróleo, área em que os projetos são de longa maturação, pois envolvem largo espectro de riscos e incertezas, assenhorear-se de áreas já descobertas, em que tais imprevisibilidades sejam minimizadas, torna-se objetivo prioritário dessas empresas. Não foi outro o motivo que levou recentemente a Shell a comprar a BG. Segundo o seu presidente a Shell, ao adquirir a BG, aumentará nos próximos 5 anos a produção de petróleo no Brasil, dos atuais 100 mil barris/dia para 500 mil barris/dia. Com isso, 20% da sua produção mundial sairá do Brasil.

No planeta, nos últimos 30 anos, a maior descoberta de petróleo foi a do pré-sal brasileiro, com reservatórios a exibir níveis de produtividade incomuns (poços que produzem mais de 20 mil  barris/dia), com baixo custo de extração (US$ 9,00/barril, segundo a Petrobrás). Esta é a razão do desesperado interesse das petrolíferas privadas mundiais no nosso pré-sal. 

Qualquer empresa petrolífera preocupa-se simultaneamente com o aumento da produção e o aumento das reservas. Se é a produção que sustenta financeiramente a empresa, são as reservas que propiciam o lastro econômico que, por sua vez, promove a sustentabilidade do seu futuro. A produção dos campos produtores decai em média 10% ao ano e as reservas se esgotam rapidamente, por isso a atividade de exploração e produção (E&P) é tão frenética na busca de novas reservas.

No Brasil, após a quebra do monopólio estatal do petróleo em 1997, a estratégia das  petrolíferas privadas mundiais foi a de aguardar os resultados dos esforços exploratórios – como se sabe,  carregados de riscos e incertezas – da Petrobrás, para aí sim, sem risco exploratório algum, adquirir as áreas promissoras, em leilões promovidos pela ANP, agência cada vez mais capturada por interesses privados. Basta dizer que sua diretora-geral defende a revisão da Lei da Partilha. Não por acaso, a ANP é tão cara ao senador Serra, desde o tempo de David Zylberstajn, o competente genro de FHC.

O modelo de partilha foi adotado para assegurar ao país ganhos maiores, em áreas de risco exploratório muito baixo, como é o caso do pré-sal. Ao propor que a Petrobrás deixe de ser a operadora única do pré-sal, o senador Serra presta um serviço às petrolíferas privadas mundiais. É da entrega do nosso petróleo, é disto que se trata, o que não é novidade. Basta recordar o que ocorreu após a quebra do monopólio da Petrobrás. Para atrair as empresas estrangeiras, determinou-se irresponsavelmente à Petrobrás reduzir a aquisição de blocos para explorar, descobrir e produzir petróleo nas rodadas I, II, III e IV (esta em 2002). Se essa diretriz não fosse revertida a partir de 2003 com a retomada da aquisição de blocos nas rodadas seguintes, a partir de  2008 a Petrobrás não teria mais onde explorar em território brasileiro,  comprometendo o seu futuro como empresa petrolífera.

O aumento constante das reservas e da produção a partir de 2003 decorreu da forte retomada dos investimentos em E&P e da decisão de abandonar a política de concentração dos investimentos na Bacia de Campos, com grande produção, mas com declínio de produção já à vista (sucediam-se os poços exploratórios secos perfurados). Essa inflexão permitiu que  as sondas fossem espalhadas pelas bacias do Espírito Santo, Santos e Sergipe, que propiciaram, a partir de 2003, as grandes descobertas e o crescimento efetivo das reservas e da produção, processo que culminou com a descoberta do pré-sal em 2006. É bom lembrar que essas bacias tinham sido praticamente abandonadas nos anos anteriores, para permitir a entrada das empresas estrangeiras.

Se a Petrobrás continuasse concentrada  na Bacia de Campos – a empresa  abandonara investimentos  em áreas novas – aí sim, teria sido transformada em uma empresa petrolífera sem qualquer sustentabilidade financeira, a curto prazo, e econômica, a longo prazo. 

O aumento da produção foi extraordinário a partir de 2003. Extraordinária também foi a elevação das reservas. Apesar dos desmandos, a Petrobras passou a ser a melhor, a mais eficaz e, economicamente, a mais sustentável a longo prazo das grandes empresas petrolíferas mundiais. Definitivamente não está, como diz o senador Serra, “quase arruinada”.

O senador Serra critica o endividamento da Petrobrás, segundo ele quase 6 vezes maior que o endividamento médio das petrolíferas. Para não questionar números, pois caberia argüir a que universo de empresas corresponderia a média por ele citada, basta dizer que há petrolíferas de inúmeros tipos, tamanhos/dimensões e missões/objetivos empresariais. As estatais do Oriente Médio, por exemplo, têm endividamento baixíssimo, pois produzem em campos terrestres, de geologia bem conhecida; já as petrolíferas privadas mundiais têm reservas e produção cadentes há anos, o que em contrapartida lhes permitiu acumular recursos financeiros para adquirir reservas mundo a fora, o que lhes seria permitido aqui, caso o projeto do senador Serra fosse aprovado. Nenhuma delas é como a Petrobrás, detentora de reservas totais de petróleo crescentes, que beiram os 30 bilhões de barris, que conta com um corpo técnico reconhecido como entre os melhores e mais bem capacitados – senão o melhor – dentre todas as petrolíferas, que detém tecnologia integral para não só produzir suas reservas de petróleo, como para avançar continuamente no domínio tecnológico, e que apresenta a mais segura e eficaz competência operacional do mundo para produzir em águas ultra profundas, como as do pré-sal,  com total segurança paras as pessoas e para o meio ambiente. O mau uso da estatística pelo senador Serra traz à lembrança o falecido Roberto Campos, que acertadamente dizia que a estatística mostra o supérfluo e esconde o essencial.

O senador Serra, para justificar a entrega do petróleo do pré-sal às petrolíferas privadas mundiais, alega que, entre a quebra do monopólio estatal em 1997 e 2010, sob o regime de concessão, a produção de petróleo da Petrobrás passou de 800 mil barris/dia para 2 milhões de barris/dia, enquanto que, sob o regime de partilha, teve um “aumento pífio de 18%”. Aqui está a justificativa, ainda velada, para o abandono do regime de partilha, iniciado pelo seu projeto. O argumento do senador não se sustenta: o aumento da produção de petróleo da Petrobrás até 2010 decorreu, essencialmente, da produção de descobertas anteriores à quebra do monopólio, pois a produção das descobertas posteriores só começou a se fazer sentir a partir de 2005-2006; nada, porém, se compara à extraordinária curva de crescimento da produção de petróleo no pré-sal, que aumenta mês a mês desde 2013, quando lá se iniciou a produção, à taxa de 5% a.m., chegando hoje à casa dos 800 mil barris/dia. Esta é a razão da tentativa, patrocinada pelo senador Serra, de entregar o nosso petróleo às petrolíferas privadas mundiais.

O senador Serra critica a Petrobrás pelo “controle oportunista de preços” e pelos “projetos aloprados de refinarias”, que teriam quase arruinado a empresa. 

Quanto ao “controle oportunista de preços”, labora em erro o senador Serra. Administrar o preço na porta da refinaria é do interesse do cidadão brasileiro - em ultima análise, o acionista controlador da Petrobrás – e cumpre função social de extrema importância, a do controle do custo de vida. Os acionistas estrangeiros, introduzidos na Petrobrás após a quebra do monopólio, é que não concordam com isso, exigem o alinhamento dos preços dos produtos da Petrobrás aos preços internacionais. A quem serve o senador Serra ao defender essa opinião? Certamente, não aos interesses nacionais. 

Quanto aos “projetos aloprados de refinarias”, tanto o Comperj no Rio de Janeiro, como a Renest em Pernambuco, são tecnicamente justificados, pois agregam valor ao petróleo aqui produzido e tornam o país auto-suficiente neste insumo. Na verdade, a posição do senador é coerente com a do governo FHC, do qual foi uma das principais lideranças: buscou-se, então, desinvestir em refino (alienou-se da Refap à YPF e preparou-se a venda da Reduc, suspensa em 2003), para tornar o país dependente da importação de derivados. As beneficiárias da canibalização da Petrobrás seriam, é claro, as petrolíferas privadas mundiais.

Finalmente, o senador Serra comenta algumas decisões da atual diretoria da Petrobrás, em princípio alinhadas às suas ideias. Propõe-se a venda de ativos de produção, solução simplista que suprimirá da Petrobrás  justamente a origem dos recursos que, no futuro, garantirão o rolamento das suas dívidas e a sustentabilidade a longo prazo da  saúde financeira da empresa. As medidas anunciadas são, na verdade,  uma solução obtusa, que beira o suicídio empresarial, em favor de interesses das petrolíferas privadas mundiais, tão caras ao senador Serra.


Pedro Celestino é engenheiro e candidato da chapa de unidade Engenharia e Desenvolvimento que concorre às eleições do Clube de Engenharia que ocorrerão de 26 a 28 de agosto.
Veja sua entrevista ao programa Diálogo, da Globonews, dirigido por Mario Sergio Conti

Um abraço e boa leitura

A PETROBRÁS EO PROGRAMA NUCLEAR..

Moro tem mira certa:
Petrobras e programa nuclear!

O Moro vai chamar o embaixador americano para assistir à “delação” do Almirante Othon?
É isso o que a penca de traidores quer entregar: a base de submarinos em Itaguaí


Um juizeco de primeira instância, meia dúzia de policiais valentões de uma PF sediciosa e uns procuradores exibicionistas que ainda não fizeram a primeira comunhão decidiram entrar no âmago do Estado brasileiro e de seus mecanismos estratégicos centrais – e destrui-lo, em nome de uma suposta MORAL.

Pra isso, resolveram destruir a Petrobras.

E agora o programa nuclear brasileiro.

O Almirante Othon Silva não um brasileirinho qualquer.

Não é o ladrazinho baiano de meia tigela, mancumunado com o Cunha.

O Almirante Othon não pode ser grampeado no mictório!

Não pode ser vitima de um tri-delator ou de ladrões confessos.

Não pode ser moralmente torturado até confessar !

Confessar como funciona o sistema brasileiro de enriquecimento de urânio!

Othon Silva não é como, diz o Globo – traidor supremo – responsável pelo programa nuclear “paralelo”.

Othon Silva é responsável por um dos mais importantes – e abertos, transparentes – programas de beneficiamento de urânio do mundo!

Submetido à AIEA, agência da ONU para energia nuclear !

Em Israel, o Almirante Othon seria um herói !

Nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, no Paquistão, no Irã.

Aqui, é tratado como um punguista !

É porque o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem urânio e sabe enriquecê-lo.

E isso não interessa a essa penca de traidores que está aí com a bandeira da ÉTICA na mão !

Othon Silva foi quem desenvolveu o programa nacional de beneficiamento de urânio, DEPOIS de, aluno bolsista no MIT, fazer a critica do programa nuclear alemão, o do Geisel.

Portanto, ao contrario do que dizem os trairas do Globo, ele não fez o programa “paralelo”.

Othon desmontou o que pudesse existir de paralelo.

Othon é um herói da Independência do Brasil !

Para prende-lo ou coloca-lo sob suspeita nesse tribunal de Nuremberg que se instalou no PiG, é preciso tomar muito cuidado.

Tem que ficar muito bem provado.

Com provas.

E delação não é prova !

Não se pode submete-lo a uma delação qualquer, sob o chicote desses esbirros da Vara de Guantanamo.

Muito cuidado com o Almirante Othon, Moro !

Essa Vara está muito perto da fogueira.

Só no Brasil, Moro, você faria essa violência com um programa nuclear !

E deve ser por isso que o Moro vaza para o PiG os segredos empresariais da Odebrecht.

Porque a Odebcrecht é a empresa privada BRASILEIRA mais ligada ao programa nuclear BRASILEIRO.

A Odebrecht tem cinco mil homens em Itaguai, para construir o submarino a propulsão nuclear, o que só é possível porque o Almirante Othon soube desenvolver um sistema made in Brazil.

O Juiz Moro e esses coroinhas de Guatanamo vão fazer o que mais queria a Quarta Esquadra americana, estacionada em cima do pré-sal.

Quebrar a Petrobras, entrega-la à Chevron do Cerra  – e, de troco, fechar Itaguaí !

O PiG e essa Vara de Curitiba não sossegam enquanto nao desmontarem o Estado.

E o Estado brasileiro, no momento, está entregue a agentes inanimados, desvertebrados, impotentes por decisão própria, que contemplam essa desmontagem como fosse uma etapa indispensável à purificação dos costumes !

O Estado brasileiro está sendo desconstruído nas barbas dos brasileiros.

Por meia dúzia de irresponsáveis.

Os que estão fora do Estado – e dentro !

O Moro não sabia quem é o Almirante Othon ?

Vai querer obriga-lo a uma confissão ?

Vai chamar o embaixador americano, como se fazia no DOPS, em São Paulo, nos bons tempos do Dr Boilensen ?

Quando o cônsul americano assistia às atividades da “pianola” ?

Vai abrir os e-mails do Almirante Othon com o Estado Maior da Armada ?

This is an esculhambation !

Paulo Henrique Amorim

QUEM É O ALMIRANTE OTHON..

Almirante Othon
peitou os EUA!

O Putin deixava prender o Almirante Othon, Dilma ?



​O incansável Stanley Burburinho:​


O Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, que foi preso hoje pela Lava Jato é antigo desafeto dos EUA. Veja o que ele disse em 2004:

“Almirante [presidente da Eletronuclear e preso hoje pela Lava Jato] denuncia: EUA enchem Brasil de espiões”

Rio – O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, considerado o pai do programa nuclear paralelo do Brasil, alertou esta semana que o Brasil precisa tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos sobre as suas pesquisas nucleares. Primeiro, alerta, O Brasil é um país infestado de espiões americanos, atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais independente. Segundo, os EUA não têm o menor interesse em que o Brasil seja autônomo em termos de defesa.

Para o almirante Othon Pinheiro, a razão dos americanos para barrar o domínio brasileiro e de outros países do ciclo do urânio está ligada a interesses estratégicos. Para um país agressivo, como os EUA, explicou o almirante, é muito mais difícil invadir um país capaz de desenvolver um artefato nuclear de pequeno porte. Por esta razão, um país que não tenha esta tecnologia -uma tecnologia que os americanos dominam amplamente -se torna muito mais fácil de subjugar.

Hoje na reserva, o almirante Othon Pinheiro afirma que é contra a assinatura de um protocolo adicional que aumente o controle sobre o programa nuclear brasileiro. Ele diz que, em tempos de democracia e transparência, é impossível esconder dos inspetores uma instalação nuclear. Segundo ele, as instalações nucleares brasileiras são inspecionadas regularmente, até com visitas-surpresa.

“O protocolo surgiu porque um dos países do Tratado de Não-Proliferação, Coréia ou Irã, tinha uma instalação nuclear não-declarada. Ele permite que se inspecione tudo a qualquer momento, até o banheiro das nossas casas. É desnecessário num país como o Brasil, democrático, com imprensa livre e com uma plantação de arapongas americanos. É impossível fazer uma instalação nuclear disfarçada aqui. Por isso, o protocolo é inaceitável”, diz ele.

O programa paralelo só ficou conhecido publicamente em 1987, quando o governo brasileiro anunciou o domínio do processo de enriquecimento de urânio. O programa custou cerca de US$ 1 bilhão. Para a Marinha conclui-lo, conseguir fazer o reator nuclear para seu submarino, seriam necessários mais US$ 200 milhões. No ritmo atual dos recursos, o programa só seria concluído em cem anos.

Durante 15 anos, Othon dirigiu a Coordenadoria para Projetos Especiais da Marinha (Copesp), responsável por um dos lugares mais secretos do País: o Centro Experimental de Aramar, em Iperó, onde foi desenvolvida a tecnologia nacional de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, que agora a Marinha fornece às Indústrias Nucleares do Brasil (INB).


http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/79261/


Leia também:


Dilma, mandaa S&P à m…! O Putin deixava prender o Othon?



Moro tem mira certa:Petrobras e programa nuclear!



Habeas Corpus para o Almirante, já!


Depois de fechar a Petrobras e o programa nuclear, o que o Moro pretende?


Comentários

  • Arlindo Monteiro
    Esse fato coloca claro as reais intenções da Lava Jato que condenar a soberania nacional, entregar nossas tecnologia. Por uma campanha pela condenação por traição do Dr. Moro, Procuradores e Federais envolvidos, pelo menos uma condenação moral junto aos brasileiros.
  • Miguel
    Cadê a Dilma….sera que tá andando de bicicleta…….
  • Angela Simões
    Zé acorda , você deve largar a tese que está escrevendo e faz seu papel ou passa para quem entende.
  • Rogério Ramirez
    Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva –
    Natural de Sumidouro, Estado do Rio de Janeiro, nascido em 25 de
    fevereiro de 1939.
    Formação Acadêmica:
    • Oficial de Marinha do Corpo da Armada – Escola Naval – 1960
    • Engenharia Naval – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – 1966.
    Cursou simultaneamente as especialidades de Arquitetura Naval e Máquinas.
    • Master in Science in Mechanical Engineering – Massachusetts Institute of
    Technology – 1978
    • Nuclear Engineer Degree – Massachusetts Institute of Technology – 1978
    Estágios Técnicos de Formação.
    • 1988 – Estagiou e trabalhou por um ano na Gibbs & Cox Inc. New York, NY , naquela
    época considerada a maior empresa de projetos navais dos EEUU.
    • 1970 – Estágio de quatro meses no Philadelphia Naval Shipyard,EEUU, onde
    realizou o curso de planejamento de construções e grandes reparos navais.
    • 1973 – Estágio de três meses no Estaleiro Naval da Thornycroft em Southampton,
    Inglaterra.
    Área de Conhecimento:
    • Gerenciamento de projetos e empreendimentos nas Áreas Naval, Mecânica, e
    Energética, em particular Energia Nuclear.
    Titulo da Tese no Massachusetts Institute of Technology:
    • Nuclear Fuel Performance Maps for Power Reactors Operational Decisions
    Atuação Profissional:
    • Atingiu o posto de Vice Almirante no Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, o
    mais alto posto da carreira naval para oficiais engenheiros.
    • Fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do
    Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para submarinos de 1979 a 1994.O
    desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear com tecnologia brasileira,
    especialmente a tecnologia de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, é
    um programa reconhecido e respeitado internacionalmente pelo alto nível
    tecnológico alcançado.
    • Autor do projeto de concepção de ultracentrifugas para enriquecimento de urânio.
    • De 1982 a 1984 cumulativamente com suas funções na Marinha do Brasil, foi Diretor
    de Pesquisas de Reatores do IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e
    Nucleares, ocasião em que foi construído o Reator IPEN-MB-01 (único reator de
    pesquisas projetado e construído com equipamentos nacionais) e modernizado o
    reator de pesquisas e produção de radioisótopos IEA-R1.
    • Autor do projeto de concepção da instalação de propulsão nuclear para submarinos
    brasileira e do reator de teste protótipo de terra desta instalação.
    • Coordenador de projeto e desenvolvimento dos laboratórios de grande porte,
    necessários à validação experimental de equipamentos e componentes do sistema
    de propulsão nuclear para submarinos, assim como projeto e desenvolvimento
    destes equipamentos e componentes e sua fabricação na Industria Brasileira.
    • Fundador da COPESP, atualmente CTM – Centro Tecnológico da Marinha em São
    Paulo e do Centro Experimental ARAMAR em Iperó, SP.
    • De 1967 a 1974 como engenheiro no AMRJ – Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
    atuou como chefe da Divisão de Metalurgia, Divisão de Oficinas Mecânicas e
    Eletricidade, Divisão de Obras Novas e Departamento de Construção Naval.
    • No AMRJ coordenou a Construção dos Navios de Patrulha da Amazônia da Classe
    Pedro Teixeira, das Fragatas Classe Niterói, das EDVP – Embarcações de
    Desembarque de Veículos e Tropa e EDCG – Embarcações de Veículos e Carga
    Geral e a troca do sistema de propulsão dos navios hidrográficos da Classe Taurus.
    • Consultor da Superintendência de Marinha Mercante e do GEIPOT – Grupo
    Executivo da Política de Transporte.
    • Atuou como empresário Diretor da Aratec Engª. Consultoria S/C Ltda..
    • Desde outubro de 2005 é o Diretor-Presidente da ELETROBRAS ELETRONUCLEAR.
    • Consultor da Junta Comercial do Rio de Janeiro, Consultor da BBT-Energia -
    Responsável pelo desenvolvimento de Hidro-Turbo-Geradores-Elétricos para
    pequenas centrais hidroelétricas.
    Vínculo Institucional.
    • Marinha do Brasil – de 1955 a 1994
    • IPEN-Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de 1982 a 1994
    Prêmios,Títulos e Condecorações:
    A) Área Civil:
    -Grã Cruz da Ordem do Mérito Científico Nacional.
    -Medalha Carneiro Felipe da Comissão Nacional de Energia Nuclear
    -Título de Cidadão Iperoense
    B) Área Militar:
    -Ordem do Mérito Naval – Comendador
    -Ordem do Mérito Militar – Comendador
    -Ordem do Mérito Aeronáutico – Comendador
    -Ordem do Mérito das Forças Armadas – Comendador
    -Medalha do Mérito Tamandaré
    -Medalha do Pacificador
    -Medalha do Mérito Santos Dumont
    -Medalha Militar de Ouro
    Sérgio Moro – Prêmio faz diferença da globo.
  • Danilo
    A prisão de um dos maiores cientista brasileiro era a prova final de que esse juiz não esta a serviço do Brasil! De quem será? A quem serve a desmanche da Petrobras, o desmanche do programa nuclear brasileiro. Será que os coxinhas desmiolados vão bater panelas! Petrobras, petróleo em águas profundas, Marinha do Brasil, submarinos nucleares, tecnologia própria, será que é preciso desenhas! Lula 2018! Senão estaremos muito perdidos.
  • Tadeu
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  •  

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O CANDIDATO TUCANO...

Cerra é candidato.
Ôba!

Deve ser para intimidar o Moro​

(Imagem: Marcos Carvalho)


Extraido do Blog do Miro:


Saiu no site de fofoca da revista Época nesta sexta-feira (24):


*****

Serra diz que é “candidatíssimo” à Presidência da República em 2018

Revelação foi feita no Rio de Janeiro em conversa com vice-governador e secretários estaduais

Por Nonato Viegas

Na quarta-feira (22), em viagem ao Rio de Janeiro e após reunião com o secretariado do governador Luiz Fernando Pezão, o senador José Serra (PSDB-SP) admitiu, a um grupo no qual estavam o vice-governador Francisco Dornelles e alguns scretários, que é “candidatíssimo” à Presidência da República. Quem ouviu diz duvidar que Serra seguirá para o PMDB.

Navalha
Como dizia o Tancredo do Maluf: o Cerra é bom porque ele perde!
Paulo Henrique Amorim​

Leia também:

JS, Dantas, Juízes e MP.  Vamos ver a valentia do Moro!


Cerra encontra Odebrecht no escurinho


Quem não vem ao caso para o Moro?



  • O Cerra é divertimento garantido…hhehhehe

OS BANCOS TUCANOS

Mino sobre dois “bancos”:
o HSBC e o Opportunity!

Quem são o “jornalista nativo” e o “site de origem obscura”?


Mino Carta escreveu irrespondível editorial sobre “os segredos do Brasil e a ilimitada felicidade da Casa Grande”.

Mino tem um estilo peculiar.

Incomparável.

Mino é perigosamente dissimulado.

Por exemplo, no seu excelente romance “O Brasil”, custa algumas páginas para chegar à conclusão de que o personagem principal, o jornalista que sonhava em fazer um terno no alfaiate do patrão, possa ser o Ataulpho Merval.

Alguns jornalistas que trabalharam com ele tentam imitá-lo, acabam enrolados nas próprias vírgulas e se tornam ininteligíveis – como acontece, frequentemente com o professor de manipulação.

No caso do “dos chapéus”, muitas vezes, não se entende nada do que escreve, porque ele não consegue equilibrar tantos chapéus ao mesmo tempo.

No editorial da Carta dessa semana, Mino se refere a um “jornalista nativo” que foi tragado pelas contas dos patrões no HSBC.

É possível que se trate de Fernando Rodrigues.

E dos Frias, que não sabiam que tinham uma conta secreta na Suíça !

Quá, quá, quá !

É possível.

Mino se refere também a um “site de obscura origem, que desconfio abastecido por dinheiro do inesgotável (Daniel) Dantas”.

Deve ser o 247, do “jornalista” Leonardo Attuch, que prestou relevantes serviços às empresas de Dantas, e foi depois grampeado num telefonema em que mandava alguém processar esses … do Mino e do Paulo Henrique Amorim !

Esse baluarte de livre expressão (no Brasil) mereceu uma entrevista exclusiva da Presidenta Dilma, provavelmente depois de expressa recomendação de um daqueles jenios do Palácio do Planalto!

Viva o Brasil !

Ao editorial do Mino, incomparável (o ansioso blogueiro lembra que seu livro “O Quarto Poder – uma outra história”, que breve se lançará, é dedicado ao Mino):


Quem não vem ao caso para o Moro?

sexta-feira, 24 de julho de 2015

PETROLEIROS EM GREVE.

Petroleiros fazem greve em defesa da soberania do Brasil
Por Emanuel Cancella*
Petroleiros de todo o Sistema Petrobrás farão uma greve de advertência, de 24 horas, nesta sexta, 24 de julho.  A greve é em protesto contra a anunciada venda de ativos da empresa. Nesse mesmo dia estará reunido o Conselho de Administração da companhia. A principal pauta será o Plano de Negócios e Gestão para 2016. Já foi anunciada a venda de cerca de 13,7 bilhões de dólares (cerca de R$ 45 bilhões) em ativos, incluindo a BR, navios, dutos, termoelétricas, campos de petróleo.
Os petroleiros dos 17 sindicatos, representados por suas duas federações – FNP e FUP – estão unidos e irredutíveis. Nos congressos da categoria aprovaram que, se o Conselho de Administração mantiver a proposta da venda de ativos, vão desencadear uma greve por tempo indeterminado, com ocupações de unidades, parada de produção e trancaço dos prédios administrativos.
Como em 1995, quando a categoria realizou uma greve de 32 dias contra a privatização da Petrobrás, também desta vez a principal motivação será a defesa da estatal brasileira e da soberania nacional.
A Petrobrás sempre foi o motor do desenvolvimento do país. Sem ela, o Brasil pára. Sozinha, a  empresa financia, através de seus impostos, cerca de 80%  das principais obras do PAC. A paralisação das refinarias que estão em construção e do Comperj já desempregou cerca de 85 mil trabalhadores. A venda dos principais ativos da empresa pode ser comparada a um verdadeiro “tsunami”. Avalia-se em cerca de um milhão o número de desempregados: é isso que deseja a sociedade? Privatização é sinônimo de desemprego em massa e achatamento de salários.
Se confirmada, a venda de ativos da Petrobrás também vai reduzir drasticamente as verbas que seriam destinadas à educação e a saúde públicas, já tão sacrificadas no Brasil.  Em 2013 foi aprovada uma lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde.
Defender a Petrobrás e o Brasil é uma tarefa para todos os brasileiros e não apenas para os trabalhadores da empresa. O povo cumpriu o seu papel nas décadas de 1940-50, na  campanha “O Petróleo é nosso!”, garantindo a criação da Petrobrás.  Depois, na década de 1990, conseguiu impedir que Fernando Henrique Cardoso (FHC), do PSDB,  com apoio da grande mídia, principalmente da Globo, privatizasse completamente a Petrobrás. Algum estrago foi feito, com a Lei 9478/97, que institui os leilões e desmontou parte do Sistema Petrobrás. Mas a greve de maio de 1995, com amplo apoio dos movimentos sociais organizadores, sobretudo dos professores, estudantes e trabalhadores da universidades, conseguiu deter a privatização.  
Hoje, usando o pretexto da corrupção, estão de volta ao ataque aqueles que nunca desistiram de destruir a Petrobrás. São os vendilhões instalados em cargos de governo e no parlamento que escolheram trair o povo em favor dos banqueiros nacionais e internacionais e das petrolíferas estrangeiras. Eles estão desafiando os trabalhadores à luta e terão a resposta que merecem.  
Os petroleiros exigem cadeia para todos os corruptos e confisco dos bens desses ladrões. Não só os que vêm dilapidando a Petrobrás mas também os que estão envolvidos em escândalos ainda maiores, embora silenciados pela mídia: Zelote, Swsslikes, Trensalão, corrupção na FIFA, dentre outros. Por que apurar os desvios apenas na Petrobrás? Certamente para manchar a imagem da empresa diante da população e facilitar a destruição da companhia. Queremos a Petrobras e demais empresas livres de corruptos e corruptores, mas a serviço do país e do povo brasileiro.  
A Petrobrás é maior que seus detratores. Em 2006, desenvolveu tecnologia inédita no mundo e descobriu o pré-sal que já produz hoje cerca de 800 mil barris, o suficiente para abastecer, juntos, países como Uruguai, Paraguai, Peru e Bolívia.
Os “abutres” estão dispostos a tudo para meter a mão nessa riqueza que é do povo brasileiro e deve ser destinada a sanar os graves problemas sociais do país. Além da ameaça de venda de ativos, outra frente de ataque se instalou no Senado. José Serra (PSDB) pressiona pela aprovação do seu projeto (PLS 131/15), retirando a Petrobrás da condição de operação única do pré-sal e impedindo que detenha o mínimo de 30% de cada campo, como está previsto na atual Lei de Partilha.
O senador Serra estaria a serviço da petroleira estadunidense Chevron, segundo denuncia do Wikilleaks, publicada na Folha de São Paulo, em 2009. Na época, Serra não conseguiu se eleger e não pode cumprir sua promessa. Agora, em seu desespero servil para agradar os gringos, repete sandices como a publicada no blog Brasil 247, dizendo que “o dinheiro do pré-sal é imaginário.
A insistência em aprovar, a qualquer custo, o PLS 131, revela que ele estaria na condição de lobbista da Chevron, o que é uma vergonha nacional. Como senador da República,  Serra foi eleito para defender os interesses de São Paulo e do Brasil e não dos Estados Unidos!  
A sociedade brasileira foi para as ruas e garantiu a criação da Petrobrás quando o petróleo era apenas um sonho (décadas de 1940-50). Impediu, com a greve, a privatização da empresa na década de 1990. Hoje, com  a descoberta do pré-sal, as nossas reservas de petróleo são uma realidade que desperta a cobiça de outros países. O desafio é enorme. Só uma grande mobilização popular poderá deter o golpe e impedir que essa riqueza escoe pelo ralo.
*Emanuel Cancella é coordenador do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) – (21) 999516616

Fonte: Agência Petroleira de Notícias 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

ZÉ MARIA...A ESQUERDA QUE A CIA E A NSA ADORAM.

Diante do golpe em marcha
PSTU chama a derrubada do governo de Dilma Roussef
Em entrevista gravada em vídeo pelo sítio do Partido, José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU, afirma que os "trabalhadores" devem derrubar o governo do PT
Em entrevista gravada em vídeo pelo sítio do Partido, José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU, afirma que os “trabalhadores” devem derrubar o governo do PT.
Esta afirmação é realizada no exato momento em que se avoluma a ofensiva dos partidos de direita para derrubar o governo sob uma cobertura aparentemente legal. A discussão do impedimento (impeachment) de Dilma Rousseff não é segredo para ninguém, está em todos os jornais do País.
O dirigente do PSTU se faz de desentendido e ignora totalmente o que está acontecendo.
A ideia de que “os trabalhadores” vão derrubar o governo não apenas é ridícula, mas é, efetivamente, um encobrimento da operação golpista com um discurso esquerdista. Almeida cita a pesquisa fraudulenta do DataFolha que atribui 9% de popularidade ao governo, dando por verdade que um Partido de mais de um milhão e setecentos mil filiados e que obteve 54 milhões de votos menos de um ano atrás, teria agora, a aprovação de apenas sete vezes seu número de filiados! E não é só, segundo o próprio jornal O Estado de S. Paulo, um dos maiores entusiastas do golpe, os pedidos de filiação ao PT aumentaram em 80% de janeiro a maio desse ano, em relação ao ano passado e vêm aumentando desde o julgamento do mensalão, contrariamente às expectativas da direita. Ainda segundo eles, o Partido dos trabalhadores é o "mais querido do país", com 12% das pessoas dizendo preferir esse partido a qualquer outro, mesmo tendo caído em relação a dezembro do ano passado. Esses dados se confrontam com a pesquisa que diz que a aprovação do governo é de 9%. Se as filiações vêm crescendo a cada ano e 12% preferem o PT a qualquer outro partido, como pode ser que apenas 9% dos eleitores aprovem o governo? Ou é uma mentira pura e simples ou mais uma pesquisa manipulada da imprensa que não significam nada, além de que... a imprensa capitalista é contra o governo do PT.
O chamado aos “trabalhadores” para derrubar o governo, se não há condições para tanto e é óbvio que não há, é pura demagogia, mas nesse caso é visivelmente um apoio ao movimento golpista da direita.
O PSTU tem procurado confundir a esquerda e os trabalhadores com a ideia de que não há nenhuma ameaça golpista e que o “maior inimigo” é o governo do PT. Usou da expressão governismo para pregar a ruptura da CUT, de federações de trabalhadores e de sindicatos. Nesse sentido, a sua política, apesar da linguagem pretensamente radical, tem se alinhado completamente com o movimento realizado pela direita.
O chamado público do PSTU para que se derrube o governo de Dilma Rousseff é uma propaganda em favor da derrubada do governo pela direita e um incentivo a que se juntem às mobilizações direitistas, claramente reacionárias que estão sendo convocadas pelo impeachment.
Ao que tudo indica, o PSTU está implementando no Brasil a mesma política que propôs para o Egito, quando apoiou um golpe militar pinochetista sob a cobertura de que “o povo” estava se mobilizando para derrubar o governo. O mesmo se pode dizer da Ucrânia, onde o imperialismo europeu e norte-americano, com a ajuda de para-militares nazistas derrubaram o governo eleito para dominar o país e o jogaram na guerra civil.
Nesse sentido, a política proposta pelo PSTU não é nova e já foi experimentada, com os resultados que todos conhecemos, em outros países. É sob esta luz que o chamado a derrubar o governo feito pelo Partido deve ser analisado por todos e rejeitado de maneira clara e contundente.

O DESCRÉDITO DA IMPRENSA.

Número de pessoas que não confiam na imprensa é quase o dobro das que confiam

Escrito por: Redação
Fonte: Jornal GGN
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (21) reafirma o cenário de dificuldade para o governo Dilma Rousseff junto à população. Mas também traz outro dado, este alarmante para a imprensa: apenas 13,2% das pessoas que responderam ao estudo afirmaram que sempre acreditam no que a mídia publica. Quase o dobro disso, 21,2%, disseram que nunca confiam no que é dito pelos jornais.
 
No ranking da credibilidade, a imprensa vai quase tão mal quanto o governo (que tem a confiança de 1,1%), o Congresso (0,8%) e partidos políticos (0,1%), ocupando o quinto lugar como instituição mais confiável, com a preferência de 4,8% - a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos para mais ou para menos. Nas primeiras posições da lista estão a polícia (5%), justiça (10,1%), forças armadas (15,5%) e igreja (53,5%).
 
Confiança nas instituições
 
Igreja: 43,0% confiam sempre e 11,7% não confiam nunca
Forças Armadas: 19,2% confiam sempre e 17,2% não confiam nunca
Imprensa: 13,2% confiam sempre e 21,2% não confiam nunca
Justiça: 10,5% confiam sempre e 24,8% não confiam nunca
Polícia: 8,9% confiam sempre e 23,5% não confiam nunca
Governo: 2,0% confiam sempre e 56,2% não confiam nunca
Congresso Nacional: 1,6% confia sempre e 51,6% não confiam nunca
Partidos políticos: 1,0% confia sempre e 73,4% não confiam nunca
 
Ranking das instituição que mais confia:
 
1º - Igreja (53,5%)
2º - Forças Armadas (15,5%)
3º - Justiça (10,1%)
4º - Polícia (5,0%)
5º - Imprensa (4,8%)
6º - Governo (1,1%)
7º - Congresso Nacional (0,8%)
8º - Partidos políticos (0,1%)
 
Apesar dos números, os meios tradicionais de comunicação conseguiram massificar a cobertura da Lava Jato, a ponto de 78,3% dos entrevistados afirmarem que estão acompanhando ou já ouviram falar das investigações sobre esquemas na Petrobras. Dentro desse grupo, 69,2% consideram que Dilma é culpada pela corrupção na estatal, e outros 65% acham que o ex-presidente Lula também está envolvido no caso.
 
Para 40,4%, o maior culpado na Operação Lava Jato é o governo federal, seguido de partidos políticos (34,4%), diretores ou funcionários da empresa (14,2%). As construtoras, que participam do núcleo que admitiu pagar propina para obter contratos vultosos com a Petrobras, são culpadas para apenas 3,5% dos entrevistados.
 
Entre os que acompanham ou ouviram falar da Lava Jato, 67,1% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. Outros 86,8% consideram que as denúncias são prejudiciais para a economia do país, e 52,5% acham que o governo Dilma não é capaz de combater a corrupção na Petrobras. Nesse cenário, 90,2% pensam que não há exageros em relação às prisões preventivas; 37,3% disseram saber o que é delação premiada e, nesse grupo, 52,8% são a favor do acordo de colaboração.
 
Mais da metade dos entrevistados (53,4%) avaliam que a corrupção é um dos principais problemas do país. Para 37,1%, o tema está no topo da lista. Já 7,8% consideram que a corrupção é um problema, mas não prioridade.
 
AVALIAÇÃO DE GOVERNO
 
O resultado do desgaste da economia, dos episódios de crise com o Congresso e das denúncias de corrupção marteladas diariamente é uma nova baixa na avaliação de governo, que só é positiva para para 7,7% dos entrevistados, contra 70,9% de avaliação negativa. A aprovação do desempenho pessoal da presidente atinge 15,3%, ante 79,9% de desaprovação.
 
Quando questionados sobre um eventual impeachment de Dilma, 62,8% admitem que são a favor dessa saída e 32,1% são contra. Para os que são favoráveis ao impeachment, 26,8% citaram as chamadas pedaladas fiscais; 25,0%, a corrupção na Petrobras; 14,2%, irregularidades nas contas da campanha em 2014 e 44,6%, os três motivos como justificativa para o impeachment.
 
Para 60,4%, a crise mais grave enfrentada por Dilma atualmente é a econômica; 36,2% consideram que é a crise política.
 
A crença de que Dilma não é capaz de lidar com a crise econômica foi detectada entre 84,6% dos entrevistados. Para 61,7%, em três anos ou mais ela conseguirá resolver os impasses necessários à retomada do crescimento. O mesmo índice, 61,5%, acha que o ajuste fiscal não ajuda a economia. 
 
EXPECTATIVA (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 15,0%, vai piorar: 55,5%, vai ficar igual: 27,5%.
Renda mensal: vai aumentar: 13,8%, vai diminuir: 33,7%, vai ficar igual: 50,2%.
Saúde: vai melhorar: 13,6%, vai piorar: 47,5%, vai ficar igual: 37,1%.
Educação: vai melhorar: 15,1%, vai piorar: 41,0%, vai ficar igual: 42,1%.
Segurança pública: vai melhorar: 12,9%, vai piorar: 46,2%, vai ficar igual: 39,2%.
 
 
CENÁRIO PARA 2018
 
Sondando o resultado de um possível primeiro turno presidencial entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) - que ficou em segundo lugar na última eleição -, Marina Silva (PSB), Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PP), a pesquisa CNT/MDA mostra que o tucano sairia na frente com 35,1% das intenções de votos, contra 22,8% de Lula, 15,6% de Marina e 4,6% de Bolsonaro.
 
Num segundo cenário, com Geraldo Alckmin (PSDB) disputando no lugar de Aécio, o placar seria o seguinte: Lula com 24,9%, seguido de Marina (23,1%), Alckmin (21,5%) e Bolsonaro (5,1%).
 
No quadro em que Alckmin é substituído pelo senador José Serra, também do PSDB, Lula aparece com 25%, seguido por Marina (23,3%), Serra (21,2%) e Bolsonaro (5,5%).
 
Na briga do segundo turno presidencial, todos os candidatos do PSDB levam vantagem sobre Lula. Aécio ficaria com 49,6% ante 28,5% do petista; Alckmin com 39,9%, contra 32,3% de Lula. E Serra teria 40,3%, face os 31,8% do ex-presidente.
 
Atualmente, 44,8% acreditam que se Aécio tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma. Para 36,5%, estaria igual. E 10,9% consideram que estaria pior.
 
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.

A CULTURA DO SILÊNCIO..

A mídia e a cultura do silêncio

Escrito por: Emiliano José
Fonte: Blog do Miro
Venício Lima é desses intelectuais raros. Não só pela erudição, como e principalmente, pelo seu compromisso com as classes trabalhadoras, com a democracia, com a liberdade. Com propriedade, pode ser qualificado, à Gramsci, de intelectual orgânico. Seu mais recente livro – Cultura do silêncio e democracia no Brasil: ensaios em defesa da liberdade de expressão [1980-2015] – é uma expressão disso. Ao selecionar textos básicos de sua produção entre 1980 e 2015, evidencia o quanto seu pensamento contribuiu para a luta democrática no Brasil e o quanto suas formulações têm lado.
 
Cientista social, mestre, doutor, pós-doutor em mais de uma ocasião, especialista em História do Cristianismo Antigo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (aposentado), foi pesquisador visitante I do CNPq no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais, professor visitante nas universidades de Illinois e Miami-Ohio, EUA e La Habana, Cuba, e coordenador de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, além de fundador e primeiro coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UNB. É também jornalista profissional. 
 
Seus ensaios têm matrizes claras. Primeiro, não conseguem esconder, e nem pretendem, o acento marxista. Tal matriz evidencia-se no método de análise, na clareza de que a história está fundada na luta de classes e que nunca deve fugir da noção de totalidade, inclusive e principalmente quando se analisa os meios de comunicação, que nunca podem ser vistos isoladamente, à parte da sociedade, da economia, da cultura e da política. Segundo, seus textos guardam um compromisso profundo com a democracia em seu sentido mais substantivo. A democracia nele sempre cobra participação popular, cidadania ativa, defesa dos conselhos, autonomia do povo. E deve ser erigida sob um Estado de Direito capaz de promover simultaneamente a igualdade e a diferença, características essenciais da política, se transformadora. 
 
Terceiro, essa concepção de democracia provavelmente decorre de outra matriz – a gramsciana. Indaga-se se esta é decorrente de Marx, ou quem sabe, ela própria é que o tenha levado a Marx. Sem aparecer constante e explicitamente nesses textos, Gramsci está sempre a insinuar-se em suas concepções democráticas e no próprio entendimento do processo de transformação da sociedade, mais próximo da ideia de conquistas obtidas trincheira por trincheira do que da concepção do assalto ao Palácio de Inverno. 
 
De Gramsci, é possível especular, pode ter se apropriado da noção de casamatas, fortalezas protetoras das classes dominantes, especificamente ao tratar da mídia, principal preocupação de sua trajetória intelectual e desse conjunto de ensaios. O jornalismo como partido político funda-se em análise de Gramsci lá pelos anos 20 do século passado. Esta noção guarda impressionante atualidade, e seguramente está presente nos textos de Venício Lima, sempre com os cuidados acadêmicos devidos, nunca desprezados, jamais canonizados. Ele não escreve como se estivesse sob os pórticos sagrados da Academia, mas como ator político envolvido com as lutas de seu tempo.
 
Não creio em acaso na atitude de Venício de trazer à luz no segundo capítulo um autor como Stuart Hall, nitidamente gramsciano, intérprete, entre tantos, do notável conceito de hegemonia do dirigente comunista italiano. E o recupera para o Brasil, se a palavra couber, no âmbito de estudos jornalísticos. Ou Raymond Williams, que também trabalhou o conceito de hegemonia, e acrescentou o de contra-hegemonia. 
 
Não é equivocado acentuar também matriz fundada em Paulo Freire, merecedor do primeiro capítulo e mais dois ensaios, sobre quem o autor produziu uma tese, na University of Illinois, em 1979, qualificada pelo próprio Freire como “um trabalho original, arguto, sério e profundo”, em correspondência de próprio punho enviada pelo autor da Pedagogia do Oprimido a Venício. O trabalho acadêmico foi transformado em livro sob o título “Comunicação e Cultura: as ideias de Paulo Freire”. Resgata-se o conceito da cultura do silêncio, de Freire, que tem origem remota no padre Vieira e se consolida no quadro teórico da “teoria da dependência”, em voga no início da segunda metade do século passado, como acentua Lima. 
 
A cultura do silêncio caracteriza a sociedade a que se nega a comunicação e o diálogo, onde se respira o ambiente do tolhimento da voz, da incomunicabilidade. Tudo a ver com as circunstâncias atuais, quando um barulho ensurdecedor sobre alguns assuntos escolhidos a dedo pela mídia hegemônica encobre outros tantos, condenados ao silêncio, para além de sua óbvia noticiabilidade. Também é em Freire que Venício busca inspiração para o desenvolvimento do conceito do direito à comunicação, fundado na formulação freireana da comunicação dialógica. Na defesa de Freire, insurge-se contra uma visão idealizada do pensador-educador, como se fosse um ser simplesmente amoroso, incapaz de compreender a violência como resposta dos dominados, “afirmação do ser que já não teme a liberdade e que sabe que esta não é um presente, mas uma conquista”, nas palavras de Freire, citadas por Venício.
 
O maior volume de ensaios gira em torno das políticas públicas de comunicação, de mídia e política, e de liberdade de expressão, da terceira à quinta Parte do livro. Quanto ao primeiro ponto, o autor transita pelo que foi a batalha da comunicação da Constituinte, pelo conflito entre o interesse privado e público, pelo princípio da complementaridade, conselhos de comunicação social, pela dificuldade em avançar na democratização da comunicação no País, pelas legislações da Argentina, Inglaterra e União Europeia e pela discussão em torno do monopólio. Com relação a tais temas Venício Lima é o mais arguto e denso crítico de nossa trajetória elitista em relação aos meios de comunicação, de nossas barreiras para construir um novo marco regulatório e da falta de iniciativa do Estado brasileiro em romper o oligopólio que controla a mídia desde sempre, além de fazer o cotejamento com as experiências internacionais de regulação, o que só reforça a sua crítica. 
 
O autor prefere, aqui junto com Juarez Guimarães, pensar o desafio de constituir um campo de pensamento no qual política e comunicação estão umbilicalmente vinculados, não podendo ser vistas de modo isolado. Assim, tal pensamento gira em torno da ideia de que há uma relação fundante e incontornável entre política e comunicação, o que naturalmente conflita com muitas escolas teóricas, que preferem examinar política de um lado, comunicação de outro, como se isso fosse possível em tempos de idade-mídia. Na Parte sobre Mídia e Política, recupera o seu instigante conceito de Cenários de Representação da Política, fundado no conceito gramsciano de hegemonia, incluindo contra-hegemonia, voltado a esquadrinhar situações e eleições onde há o predomínio da televisão. No mesmo capítulo, trata do coronelismo eletrônico de novo tipo, evidenciando o quanto as rádios comunitárias, no período analisado por ele, 1999-2005, estavam controladas por políticos.
 
Na última Parte, cinco ensaios debruçam-se sobre o tema da liberdade de expressão. Desmontam a ideia de que a imprensa – jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão – possa ser mediadora dos debates de interesses coletivos, possa garantir a formação de uma opinião pública independente capaz de tomar as melhores decisões para toda a sociedade e possa ser ainda expressão da realidade, da verdade. Até porque essa imprensa, essa mídia é dominada por oligopólios nada propensos à pluralidade de ideias, à liberdade para a sociedade, todos eles voltados para seus próprios interesses e para assegurar a hegemonia das classes dominantes. Constitui sempre o partido-mídia, tem lado, e é o dos dominantes, invariavelmente.
 
Relativamente ao Brasil, o autor considera que, mantendo-se hegemônicos, os oligopólios da comunicação têm conseguido interditar o debate público amplo e integral sobre a democratização da mídia, “condição necessária para a autodeterminação coletiva e razão última da liberdade individual de expressão”. Na verdade, argumenta, tais meios restringem a liberdade de expressão de pessoas e grupos, impedidos de trazer ao debate público sua opinião e a diversidade de sua cultura. Por tudo, defende deva o Brasil caminhar para o reconhecimento de um direito à comunicação, democrático e republicano, tão fundamental quanto os direitos à saúde, à educação, a quaisquer outros direitos essenciais. 
 
Único lamento, no livro, é a edição descuidada. Um autor como Venício não merecia tal tratamento. Erros grosseiros de edição, que chegaram a obrigar a publicar em separado o brilhante prefácio de Juarez Guimarães. Imagino, espero que a Editora da Universidade de Brasília o premie com nova edição, acompanhada com mais esmero na sua preparação. Por tudo, ele merece esse prêmio. 
 
Essa espécie de síntese de sua obra, presente neste livro, carrega o simbolismo da chegada aos 70 anos, completados recentemente. Uma trajetória rica, de um intelectual que soube sempre encarnar o espírito de seu tempo, mudar com ele, sem perder de vista as raízes teóricas fundantes de seu pensamento. Gramsci, em carta ao irmão Carlo, da prisão, em 1927, definiu-se: 
 
“Alguns me consideram um demônio, outros quase um santo. Não quero ser mártir, nem herói. Acredito ser simplesmente um homem médio, que tem suas convicções profundas e não as troca por nada deste mundo.” 
 
É Venício.
 
* Emiliano José é  jornalista e doutor em Comunicação e professor da UFBA (aposentado).