domingo, 30 de novembro de 2014

O MANCHETÔMETRO...

Manchetômetro' segue vigiando a mídia

Escrito por: Altamiro Borges
Fonte: Blog do Miro
Produzido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o site “Manchetômetro” foi uma das melhores sacadas das eleições presidenciais deste ano. A academia, infelizmente tão distante da sociedade, deu uma importante contribuição para o avanço da democracia. Através de gráficos e análises, o site acompanhou as manchetes dos três principais jornais do país (Folha, Estadão e O Globo) e, ainda, do Jornal Nacional da TV Globo. Sem adjetivos, ele conseguiu comprovar a postura partidarizada da mídia privada, que priorizou as notícias negativas contra a presidente Dilma Rousseff e fez campanha escancarada para os candidatos da direita. Concluído o pleito, o Lemep informa agora que manterá o site!
Nesta nova fase, o “Manchetômetro” seguirá analisando as manchetes dos mesmos veículos, mas mudará as suas variáveis. “Além da análise quantitativa das notícias pró e contra, o foco será na cobertura dos escândalos, no enquadramento que a mídia usa para falar sobre eles e na maneira como aborda os partidos políticos”, revela o site Muda Mais. Segundo o professor João Feres Júnior, coordenador do projeto, o “Manchetômetro” cumpriu seu papel e tornou-se uma necessidade no estudo sobre os meios de comunicação. “Tenho noção de que não dobramos o braço da mídia, tanto é que ela tentou dar um golpe no final. Mas incomodamos, colocamos uma pulga atrás da orelha deles”, afirma. Daí a decisão de manter o site no período pós-eleitoral, que também será tenso.
Além das mudanças nos focos das análises, o site também sofrerá alterações tecnológicas, ampliando a área de ação do projeto. “Estamos com dois projetos pilotos para sites noticiosos (Uol, G1 e R7), utilizando robôs. Então essa contagem não seria feita por humanos, mas pela máquina, que identifica padrões nas notícias contrárias ou favoráveis”, afirma João Feres. Assim, com um nível de 90% de coincidência entre a ação da máquina e a humana, o número de matérias analisadas será ainda maior. O objetivo da iniciativa é aumentar a fiscalização sobre os monopólios midiáticos. “Precisamos do controle de fora, não podemos esperar que eles se regulem. A rede social é pulverizada e eles têm um poder oligopolizado. A gente precisava institucionalizar um pouco essa regulação”.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SERÁ QUE AGORA VAI...

A imprensa abre o leque

Escrito por: Luciano Martins Costa
Fonte: Observatório da Imprensa
Ainda que timidamente, os jornais começam a revelar o envolvimento de representantes de outros partidos, além daqueles que formam a aliança governista, no escândalo da Petrobras. Também de maneira discreta, colunistas já se referem à possibilidade de a “Operação Lava-Jato” ser ampliada para os níveis de uma “Operação Mãos Limpas”, como a força-tarefa que restringiu as ações da máfia na Itália nos anos 1980 e 1990.
Embora o PT e o PMDB apareçam no centro da cena, há citações ao PP, ao PSDB e ao Partido Democratas. Como no histórico processo comandado pelos procuradores Giovanni Falcone e Paolo Borsellino – que acabaram assassinados pelos mafiosos –, o inquérito brasileiro é montado como uma árvore, e tem potencial para se desmembrar em uma variedade de ações judiciais específicas, que podem ser referenciadas entre si. Esse sistema permitiu à justiça italiana chegar ao topo do poder corrupto, desmascarando as mais altas patentes do governo do país, como os primeiros-ministros Bettino Craxi e Giulio Andreotti, e ao mesmo tempo alcançar o sistema capilarizado da Cosa Nostra.
Essa é, aparentemente, a estratégia elaborada pelo juiz Sergio Moro no caso da Petrobras, como se pode depreender do noticiário. Embora o conjunto das provas e suspeitas indique a existência de uma rede envolvendo todas as grandes empreiteiras que realizam obras de infraestrutura para o poder público, o esquema é mais simples porque repete o mesmo modus operandi há muitos anos, mudando apenas os nomes de alguns dos protagonistas.
O resultado do esforço de investigação vai depender de certos elementos que não são muito visíveis a olho nu. Um deles é o papel da imprensa, que produz um efeito espelho e influencia a ação das autoridades que conduzem o processo.
Na Itália, a mídia demorou a se incorporar ao esforço contra a invasão da política pelo crime organizado, em parte porque muitos jornais estavam mancomunados com o governo do Partido Socialista Italiano e pelo fato de a mídia regional ser submissa ao poder terrorista da máfia. Mas o exame do noticiário da época mostra que não houve um movimento homogêneo e corporativista da imprensa.
O risco da leniência
O desembargador aposentado Walter Maierovitch, certamente o brasileiro que estudou com mais profundidade a “Operação Mãos Limpas” e foi amigo pessoal do procurador Giovanni Falcone, costuma dizer que a melhor estratégia para combater o crime organizado é expor e atacar seu sistema econômico.
O processo na Itália permitiu retirar das contas da Cosa Nostra cerca de 60 bilhões de euros em vinte anos. Esse é, aparentemente, um dos objetivos no caso da Petrobras, mas os jornais têm dado espaço para algumas propostas restritivas. A ameaça de perda de receita poderia levar as empresas envolvidas a aderir a um programa de colaboração com a Justiça, e a imprensa tem dado voz a alguns protagonistas que parecem jogar nesse sentido.
Não se pode ignorar, por exemplo, aparições recentes do presidente do Tribunal de Contas da União, João Augusto Nardes, do ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Todos eles se referem à possibilidade de um “acordo de leniência” com as empreiteiras, mas não se deve perder de vista que isso pode limitar o alcance do processo.
É de se questionar, por exemplo, o papel do TCU, a quem caberia examinar os contratos que agora se revelam irregulares. Uma das citações à omissão do órgão foi feita pelo colunista Janio de Freitas (ver aqui) em outubro, lembrando que os ministros da instituição, bem como outras entidades responsáveis pelo bom funcionamento do Estado, só se movem em episódios que “animam as redações”.
Nardes, indicado pelo Partido Progressista para o TCU, transita pelo noticiário como o ilustre magistrado que defende a repactuação dos contratos sob suspeita, sob a alegação de que, se as empreiteiras forem consideradas inidôneas, suas obras terão que ser interrompidas e “o país será paralisado”.
A preocupação faz sentido, mas, nesta altura dos acontecimentos, com depoimentos e provas suficientes para desmascarar a associação entre partidos e empresas, qualquer sinal de “leniência” por parte das autoridades encarregadas do processo será visto pela sociedade em seu significado estrito, conforme aparece nos dicionários: “excessiva tolerância”.

UM NOVO HERÓI DO PIG.

Eduardo Cunha vira heroi da mídia

Escrito por: Paulo Nogueira
Fonte: Blog do Miro
Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, descobriu uma coisa aos 56 anos: basta ser contra o governo para virar um herói da mídia.
Cunha concede entrevistas, nestes últimos tempos, como se fosse um supercraque da Champions League.
Ele é um personagem ubíquo em jornais, revistas e sites das grandes empresas jornalísticas.
Bater em Dilma e no governo opera um milagre da transformação em seu perfil como personagem da mídia.
Cunha agora aparece dando sermões sobre corrupção – ele que no A a Z da malandragem preenche virtualmente todas as letras.
É que ele passou a ser amigo da imprensa.
Um fenômeno parecido ocorreu, algum tempo atrás, com Joaquim Barbosa. Era visto com extrema reserva por ter sido indicado por Lula para o STF.
Depois que passou a dar cacetadas no PT no Mensalão, virou manchete diária. Numa de suas capas já clássicas pelo bestialógico, a Veja o chamou de “o menino pobre que mudou o Brasil”.
Pausa para rir.
JB, está claro, não mudou nem a si próprio, ou o Supremo, ou o Judiciário — e muito menos o Brasil.
No site da Veja, antes que Eduardo Cunha fosse promovido a aliado, ele foi incluído num levantamento chamado “Rede de Escândalos”.
Ali você lê que ele é alvo de inquéritos no STF por crimes tributários.
Repare: crimes, plural, e não crime, singular.
Você fica sabendo também que ele responde a ações por crimes de improbidade administrativa.
Fora do levantamento, o jornalista Lauro Jardim, da seção Radar, informa que Eduardo Cunha é mentiroso.
“Eduardo Cunha andou falando que não conhecia o lobista Fernando Soares, o Baiano, citado por Paulo Fernando Costa em seus depoimentos.
Admitiu, no máximo, ter estado com ele sem saber quem era.
Elogiado até por adversários por sua memória prodigiosa, Cunha deve ter tido, sabe-se lá por que, um lapso.
Baiano já esteve diversas vezes na casa de Cunha, no Rio de Janeiro, em companhia de outras pessoas.”
Cunha, se não fossem suficientes ao dados da Veja, agride a Constituição como dono de rádio. Político, diz a Constituição, não pode ter rádio. Mas Cunha, como tantos outros representantes do atraso, tem – mediante gambiarras jurídicas de moralidade abaixo de zero.
Era assim que ele era apresentado pela mídia enquanto era aliado de Dilma.
Hoje, ele parece Catão, o último reduto da moralidade romana, se você acreditar em jornais e revistas.
Numa entrevista à tevê da Veja, a apresentadora Joice Hasselman, a Sheherazade loira, prostrou-se diante de Cunha.
O colunista do UOL Josias de Sousa, em sucessivos textos, vem tratando com reverência Cunha, e repercutindo prazerosamente suas previsões apocalípticas sobre Dilma, bem como suas palavras edificantes contra a corrupção.
E eis Cunha então como um quase santo, aos olhos da mídia.
Sua obra suprema para a beatificação: ser contra Dilma.

VAMOS FAZER JUSTIÇA...

PT não desistiu da Veja

Essa Vara do Dr Moro… Só vaza o que quer …
Conversa Afiada reproduz artigo do Correio do Brasil:

PT MANTÉM ATIVO PROCESSO CONTRA GOLPE ELEITORAL DA REVISTA VEJA


O golpe midiático aplicado pela revista semanal de ultradireita Veja, às vésperas da eleição, segue ativo e terá seu curso definido na Procuradoria Geral da República (PGR). O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) esclareceu, em nota distribuída nesta quinta-feira, que o processo está ativo. A legenda requereu, perante a PGR e ao Supremo Tribunal Federal (STF), a instauração de inquérito para investigar o vazamento de supostos elementos da delação premiada de Alberto Youssef à publicação da Editora Abril, que deu origem à capa da publicação, três dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, na qual afirmava que “Dilma e Lula sabiam de tudo”. Após a manifestação da PGR, o ministro Teori Zavascki, do STF, arquivou o pedido no Supremo por entender que não há envolvimento de autoridades com prerrogativa de foro no vazamento.


“No entanto, estão em andamento perante a Procuradoria Geral da República três procedimentos para apuração dos mesmos fatos (Manifestação n. 84489/2014; Sistema único n.00243054/2014 e Notícia-Fato n. 1.00.000.015966/2014-08)”, esclareceu o PT.


Na semana que antecedeu as eleições, a revista adiantou a divulgação da capa, que normalmente é feita aos sábados, para a noite de quinta-feira. A publicação dizia ter posse de uma gravação em que o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, teria dito a um ainda que Lula e Dilma sabiam da corrupção dentro da Petrobras. As declarações provaram-se falsas nas semanas seguintes, após a negativa do advogado de Yousseff, Antonio Figueiredo Basto, de que ele teria feito as insinuações quanto a Lula e Dilma.


De acordo com a revista, o doleiro que assinou um acordo de delação premiada para conseguir redução de pena, foi questionado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema que ele fazia. “O Planalto sabia de tudo”, teria dito. O misterioso delegado pergunta a quem ele se referia. “Lula e Dilma”, teria respondido Youssef. O repórter Robson Bonin, que assina a matéria, no entanto, confessa que todas as afirmativas carecem de provas mínimas para se transformarem em algo minimamente crível.


“O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades”, disse Bonin.


Advogado de Youssef, Figueiredo Basto voltou a desmentir a revista, nos dias que se seguiram, ao esclaecer que o doleiro prestou depoimento à Polícia Federal de Curitiba no dia 14 de outubro, mas não disse o que a revista publicou.


– Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso – afirmou Basto a um jornal carioca.


Youssef prestou vários depoimentos no mesmo dia, sempre acompanhado de advogados da equipe de Basto, mas ninguém ouviu uma só palavra do que foi publicado pela Veja.


– Conversei com todos da minha equipe e nenhum fala isso. Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo. É preciso ter cuidado porque está havendo muita especulação – pontuou o advogado, à época.


A maior preocupação do advogado no incidente, que passou ao largo da matéria de Veja, deve-se ao fato de que tal afirmação demandaria provas, caso contrário, além de violar o benefício da delação, que exige a apresentação de comprovação, o seu cliente estaria infringindo lei por calúnia, injúria e difamação, acarretando em outro processo. De forma criminosa e embalada pelo velho estilo golpista da grande mídia, a Veja publicou “reportagem” às vésperas da eleição sem apresentar provas que possam embasar tal afirmação, condição fundamental para uma reportagem. Aliás, esta é a conduta da revista ao longo da sua história marcada pela infração de todo e qualquer código de ética do jornalismo existente no mundo e do direito à informação, previsto na Constituição Federal de 1988.


A revista não escondeu, em nenhum momento, que sua intenção era o golpe. O colunista Reinaldo Azevedo, desde então, repete que o objetivo da publicação e da corrente política de extrema direita à qual representa é o de derrubar Dilma no segundo mandato. “(…) Se Dilma for reeleita e se for verdade o que diz o doleiro, devemos recorrer às leis da democracia – não a revoluções e a golpes – para impedir que governe”, disse Azevedo, acentuando o caráter golpista da publicação. Azevedo, em sua coluna, passa a receita aos tucanos e seus aliados sugerindo o pedido de impeachment de Dilma com base em suposta declaração do doleiro.


“SORDIDEZ TERRORISTA”


Presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo definiu a publicação como “sórdida”. “A tentativa de golpe na democracia perpetrada pela revista Veja na sua capa nos momentos finais da campanha presidencial chegou ao cume da sordidez e da afronta”, afirmou Rabelo a jornalistas, logo após a veiculação da matéria.


– Isso demonstra que essa revista se tornou um panfleto provocador e terrorista da elite conservadora e obscurantista, contra as forças democráticas progressistas e populares do Brasil. A revista chega ao limite do desespero e isso é um obstáculo ao avanço da democracia em nosso país – completou o dirigente comunista.


O presidente do PT de São Paulo, Emidio de Souza, também repeliu a revista Veja e afirmou que a publicação não passava de uma estratégia para tentar salvar a campanha tucana que, naquela altura dos fatos, estava irremediavelmente perdida.


– É um desserviço ao bom jornalismo e à democracia, uma revista querer, a 48 horas de uma eleição, trazer uma matéria deste naipe. É um desserviço, uma falta de imparcialidade, ou melhor, é uma parcialidade total na disputa eleitoral. Eu acho que a Veja perde um pouco mais do pouco que lhe resta de credibilidade – disse o dirigente.


Profissionais do Jornalismo também avaliaram a ação do semanário. O jornalista blogueiro Altamiro Borges, do Centro de Mídia Barão de Itararé, afirma que Veja mente para tentar influir no voto dos brasileiros.


– Este novo golpe também deveria fazer com que o governo repensasse sua política de publicidade. Não tem cabimento bancar anúncios milionários numa publicação asquerosa e irresponsável, que atenta semanalmente contra a democracia e o livre voto dos brasileiros – asseverou.



Leia mais:

TV: DILMA PÕE NO ITAÚÚÚ DA VEJA


COMO A VEJA SURRUPIOU OITO PONTOS DA DILMA EM SP


DILMA CANCELA PUBLICIDADE NA VEJA. É POUCO!


IPTU EM SÃO PAULO.

Barbosa perdeu:
Haddad ganha IPTU

Reajuste estava suspenso desde o ano passado após a FIE P e o PSDB entrarem na Justiça


No G1:



TJ CASSA LIMINAR E MANTÉM AUMENTO DO IPTU EM SÃO PAULO



Reajuste será de até 20% para residências e de até 35% para comércios.

Cabe recurso e tanto a Fiesp quanto o PSDB afirmam que vão recorrer.



O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (26) manter o reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) na cidade de São Paulo.



O reajuste tinha sido suspenso em dezembro do ano passado por uma liminar (decisão provisória). No novo julgamento, dos 25 desembargadores, a maioria decidiu derrubar o veto: foram 17 votos pela cassação da liminar e seis contra.



Com a decisão, fica liberado o aumento da taxa em até 20% para imóveis residenciais e de até 35% para imóveis comerciais. A Prefeitura prevê imposto mais alto em áreas nobres e escalonado para a periferia. Ficarão isentos 3,1 milhões de imóveis de baixo padrão com valor venal até R$ 160 mil e também imóveis de aposentados que ganham até três salários mínimos.



O reajuste estava suspenso desde o ano passado após a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o PSDB entrarem na Justiça com ações que questionavam a constitucionalidade da lei.


(…)




Leia mais:


INACREDITÁVEL: BARBOSA VOTA COM FIE P E DERROTA HADDAD !



IPTU NO SUPREMO: INDUSTRIAIS DERROTAM OS POBRES



AGORA QUE O HADDAD VAI GOVERNAR! MUDOU O INDEXADOR DA DÍVIDA!




AINDA SOBRE RACISMO...

Kamel, o Dr Roberto usava
pó de arroz para se embranquecer

Ele e o Ataulfo se engalfinhavam para agradar o patrão.
Bial, o Dr Roberto ia achar o livro do Kamel muito engraçado...

Conversa Afiada reproduz indispensável análise sobre o “racismo” e o Gilberto Freire com “i”:

E O DIRETOR DE JORNALISMO DA GLOBO DIZ QUE NÃO SOMOS RACISTAS …


Não existe racismo no Brasil.


É, pelo menos, o título de um livro de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo.


Nos últimos tempos, sempre que surgiram notícias que escancaram o racismo no Brasil, o livro de Kamel me vinha a cabeça.


Não exatamente o livro, mas a tese, a frase peremptória do título.


Não existe racismo no Brasil.


Vejo uma estatística: sete em cada dez mortos violentas são de negros.


A Anistia Internacional Brasil acaba de lançar uma campanha: “Jovem Negro Vivo”. “É quase um extermínio em massa”, diz o diretor da Anistia. Segundo a Anistia, 25 000 jovens negros são assassinados por ano no Brasil.


Sob indiferença generalizada, o que é pior.


A Anistia nota uma diferença. Nos Estados Unidos, quando a polícia mata um negro em circunstâncias suspeitas, irrompe uma revolta imediatamente.


No Brasil, não.


Quem não se lembra de Claudia, arrastada num carro de polícia? E de tantos outros?


Mas Kamel conseguiu escrever um livro cujo título é Não Somos Racistas.


Fui lê-lo.


Encontrei no Scribd, um site de livros digitais.


Em nenhum momento ele consegue ser convincente em seu ponto. O máximo a que chega é que é socialmente vergonhoso, no Brasil, ser racista. Bem, como se vê pela postagem abaixo, ou pelo número de torcedores do Grêmio que chamaram o goleiro Aranha de macaco, há quem discorde.



E ainda que fosse “vergonhoso”.


Quando a polícia vai fuzilar você, porque você é negro e está numa favela, você tem alguma chance de escapar se disser a seu carrasco que é uma vergonha o que ele está prestes a fazer?


O livro de Kamel ilumina pouco o tema do racismo. Em compensação, projeta muitas luzes sobre o próprio Kamel.


Já começa nos agradecimentos. Os patrões são entusiasmadamente elogiados. Os três. Por promoverem um “jornalismo plural”.


Não se trata apenas de bajulação. Mas de um aplauso que simplesmente não faz sentido. A não ser que pluralidade, na mente de Kamel, seja Merval, Jabor, Míriam Leitão, Sardenberg, Noblat, Waack, para ficar em alguns.  Sem contar ele próprio, é claro.


É uma pluralidade absolutamente singular: todos pensam igual. Igual aos patrões, naturalmente.


O livro também é revelador na raiva que Kamel tem de Lula, e no amor por FHC.


A FHC são dados todos os créditos por ter feito do Brasil um país maravilhoso, aspas. Lula, em compensação, se limitou a copiar – canhestramente – FHC.


Lula, para Kamel, fez mal tudo aquilo que FHC fez bem.


Há também uma coisa que conta muito sobre Kamel – e a cultura livresca das Organizações Globo. A obsessão por ver seu nome na capa de um livro.


Não Somos Racistas é uma compilação preguiçosa de artigos. Merval fez o mesmo com os textos que escreveu sobre o Mensalão, e terminou na Academia Brasileira de Letras.


Não sei se este é o destino sonhado por Kamel.


Tudo aquilo somado, da negação do racismo se chega a uma outra tese: a de que as cotas para negros são um erro – mais um – de Lula.


Acho, particularmente, uma besteira torrencial, mas enxergo isso sob outro ângulo. Os irmãos Marinhos são contrários às cotas. Logo, Kamel também é – e muito.


Em meus dias de Conselho Editorial da Globo, notei nas reuniões o seguinte: Kamel e Merval, os mais falantes do grupo, como que disputavam para ver quem era mais a favor das ideias da família Marinho.


O livro de Kamel não se sustenta, na teoria que defende, nem no próprio Roberto Marinho. Se não fôssemos racistas, Roberto Marinho não passaria pó de arroz para embranquecer a pele morena, conforme conta Pedro Bial na biografia que escreveu sobre o dono da Globo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CAMPANHA CONTRA VIOLÊNCIA MACHISTA.

Coletivo de Mulheres da Fisenge lança campanha pelo fim da violência contra a mulher
Foi lançada, no dia 20/11, a campanha pelo "Fim da Violência contra a Mulher". Produzida pelo Coletivo de Mulheres da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), a campanha tem o total de cinco peças, que retratam desde a violência em transportes públicos até discriminação por orientação sexual e racismo. Esta é o segundo ano que a Federação realiza a campanha. "Esta edição tem o objetivo de alertar sobre outras formas de violência ainda tão invisibilizadas pela sociedade, como os abusos em transporte público, a violência institucional, a homofobia e o racismo. É fundamental romper o silêncio e denunciar os casos de violência", alertou a diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía. A primeira peça também faz referência ao mês da consciência negra. As demais serão lançadas ao longo da próxima semana.
Sobre a campanha
A campanha “16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero”,  é uma mobilização realizada em mais de 160 países, voltada à sensibilização sobre o problema da violência que atinge o público feminino. A iniciativa ocorre desde 1991, quando 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo CWGL, lançaram a Campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de luta das mulheres, iniciando a abertura da Campanha no dia 25 de novembro – Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desse modo, a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos.No Brasil, as atividades foram antecipadas, com o início no dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra, razão pela qual no país a campanha se estenderá por 20 dias, encerrando-se no dia 10 de dezembro.


Camila Marins
Assessora de Comunicação - Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros)
(21) 2533-0836 // 99530-6850

assinatura 20 anos 2