sexta-feira, 17 de setembro de 2021

COVID 19

rauzio Varella diz que decisão de Queiroga sobre adolescentes foi para 'esconder erro do governo' sobre falta de vacinas Nesta quinta-feira, ministro restringiu vacinação de adolescentes e disse que 1,5 mil pessoas com idades entre 12 e 17 anos tiveram eventos adversos. Sociedade Brasileira de Imunizações também criticou decisão e disse que 'medida gera receio na população e abre espaço para fake news'. Por G1 16/09/2021 21h12 Atualizado há 2 horas Drauzio sobre decisão de Queiroga: 'É assim que você faz as pessoas desacreditarem das vacinas' Drauzio sobre decisão de Queiroga: 'É assim que você faz as pessoas desacreditarem das vacinas' O médico Drauzio Varella comentou nesta quinta-feira (16) a decisão do Ministério da Saúde de restringir a vacinação de adolescentes com o argumento de que usa "cautela" diante de efeitos adversos a serem investigados. Segundo Drauzio, a medida foi tomada para "esconder erro do governo" sobre falta de vacinas. "Qual é a finalidade de uma coisa dessas? Para justificar o fato de nós não termos vacinas suficientes porque não compramos quando elas estavam disponíveis. Para falsificar, para esconder um erro do governo você mente para a sociedade", disse Drauzio em entrevista à Globo News. O médico disse, ainda, que os movimentos antivacina ainda são incipientes no Brasil, mas que uma medida como a anunciada por Queiroga é que "faz as pessoas desacreditarem das vacinas". "Um episodio só não vai destruir o que o Programa Nacional de Imunizações realizou com muito esforço durante todos esses anos. Mas é assim que você faz as pessoas desacreditarem nas vacinas", afirmou o médico. 'Erro', 'infelicidade' e 'lamento': decisão de Queiroga sobre vacinação de adolescentes é criticada Vacinação de adolescentes: entenda o que se sabe e o que está em prática no mundo Queiroga diz que limitou público adolescente por cautela com eventos adversos Em nota, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também criticou a decisão do governo: "apesar de entender que a população de maior risco deve ser priorizada, a entidade discorda do recuo do Ministério da Saúde em relação à vacinação de adolescentes sem comorbidades após o anúncio do início da vacinação desse grupo. A medida gera receio na população e abre espaço para fake news." "Não há evidências científicas que embasem a decisão de interromper a vacinação de adolescentes, com ou sem comorbidades. A SBIm, portanto, entende que o processo deve ser retomado, de acordo com o que já foi avaliado, liberado e indicado pela Anvisa", disse a SBIm. Restrição da vacina Queiroga diz que cidades iniciaram vacinação de adolescentes antes do tempo Queiroga diz que cidades iniciaram vacinação de adolescentes antes do tempo O ministro Marcelo Queiroga decidiu restringir a vacinação de adolescentes contra Covid-19 apenas aos grupos prioritários (deficiência permanente, comorbidades e privados de liberdade) e disse que a medida tem relação com a falta de evidências científicas consolidadas sobre o benefício da imunização para este grupo. "O Ministério da Saúde pode rever a posição desde que haja evidência científica sólida. Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar", disse o ministro. Queiroga citou que mais de 3,5 milhões de adolescentes já foram vacinados no Brasil de forma "intempestiva", ou seja, sem a autorização do Plano Nacional de Imunizações, que previa a aplicação apenas entre os prioritários desta faixa etária (12 a 17 anos) a partir de 15 de setembro. VÍDEO: O que se sabe sobre vacinação em crianças e adolescentes VÍDEO: O que se sabe sobre vacinação em crianças e adolescentes Segundo Queiroga, 1,5 mil adolescentes apresentaram eventos adversos, o que representa 0.042% do total. "Não é um número grande, mas temos que ficar atentos", disse Queiroga. O ministério informou que acompanha o caso da morte de um adolescente no estado de São Paulo. Ele morreu depois de tomar o imunizante da Pfizer, mas ainda não há conclusão se há relação com a vacina ou mesmo se ele tinha outras comorbidades. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que investiga, mas que não há evidências contra a autorização para aplicação da vacina, que segue liberada sem restrições para todos os adolescentes desta faixa etária. O que dizem estudos e a OMS, e quais países vacinam adolescentes NATUZA NERY: Queiroga não admite que não tem vacina e atinge 'o índice Pazuello de qualidade' A maioria dos eventos adversos citados pelo governo (93%), ocorreu no público que tomou imunizantes sem autorização para uso em adolescentes. No Brasil, a Anvisa liberou, em junho, apenas a aplicação da Pfizer a partir dos 12 anos sem restrições. Não há outra vacina permitida para esta faixa etária. O governo federal diz que os estados aplicaram doses de todas as outras vacinas além da Pfizer: AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. Diferença entre decisões A decisão do Ministério da Saúde sobre os adolescentes é diferente da tomada em maio sobre o uso da AstraZeneca em gestantes. Naquela ocasião, foi a Anvisa que recomendou a suspensão da aplicação da vacina AstraZeneca em grávidas. Um dia depois, o Ministério da Saúde acatou a indicação, ligada à investigação sobre morte de uma gestante, e autorizou apenas a CoronaVac ou a vacina da Pfizer para aquele público. À época, a decisão da Anvisa e do ministério teve apoio de especialistas. No caso da decisão sobre os adolescentes, a crítica foi unânime e até mesmo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) anunciaram "profundo lamento".

EDUCAÇÃO DA FAMILÍCIA...

Brasil está entre países que não aumentaram recursos para educação na pandemia, diz OCDE Apesar de desafios no setor surgidos no período, gasto público total do país com ensino ficou em torno de 4% do produto interno bruto (PIB), mesmo patamar de 2018, antes da pandemia. Por Emily Santos, G1 — São Paulo 16/09/2021 17h07 Atualizado há 3 horas OCDE conclui que Brasil foi um dos países que menos investiram em educação durante a pandemia OCDE conclui que Brasil foi um dos países que menos investiram em educação durante a pandemia O Brasil está em um grupo minoritário de países que não aumentou os investimentos em educação durante a pandemia de Covid para reduzir o impacto na aprendizagem e adaptar o sistema de ensino às necessidades surgidas no período. Os dados são do relatório Education at a Glance 2021, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e divulgado nesta quinta-feira (16). Em 2018, antes da pandemia, o gasto público total com educação no Brasil representava 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual não sofreu alteração em 2020 ou 2021. O país faz parte de uma minoria de nações que não destinaram recursos extras para nenhum segmento do sistema de ensino durante a crise sanitária. A maioria dos países pesquisados aumentou o orçamento na área para, por exemplo, contratar mais professores ou construir mais salas de aula. VEJA TAMBÉM OCDE: Brasil sofre com abismo em nível de leitura entre jovens de alta e baixa renda Para produzir o relatório, a OCDE analisou o investimento em educação de 35 nações que integram a organização e de outros oito países parceiros, como o Brasil. Destes, 2 em cada 3 registraram um aumento no investimento após o começo da pandemia. Boa parte do crescimento no investimento foi destinado, por exemplo, para a contratação de novos professores para: serem alocados no lugar daqueles considerados grupo de risco; garantir menor número de alunos nas salas de aula; garantir cobertura de reforço escolar onde necessário. Segundo o documento, 37% países contrataram mais professores que lecionam para os anos iniciais do ensino fundamental e 30% aumentaram o número de professores nos anos finais. Países como Portugal, Espanha e Nova Zelândia foram citados por destinarem verba para adequar o sistema de ensino ao momento pandêmico, fosse construindo mais salas de aula ou dando suporte tecnológico para manter as aulas remotas. O relatório observa que, dentre países analisados, o Brasil foi o que mais demorou para restabelecer as aulas presenciais. Só em 2020, as escolas ficaram fechadas, em média, por 178 dias. Para fins de comparação, na média da organização, as instituições de educação infantil ficaram 55 dias fechadas. As de anos iniciais do ensino fundamental, 78, e as de anos finais, 92. No ensino médio, foram 101 dias sem aulas presenciais.

TORTURA POLICIAL..UMA VERGONHA DO BRASIL.

Defensoria Pública diz que, em um ano, 1.250 pessoas sofreram maus-tratos e tortura ao serem presas no RJ Em 87% das vezes, agressões foram praticadas por PMs. Relatório mostra que violência policial está aumentando e queixas das vítimas não são levadas em consideração pelos juízes nos julgamentos. Por Alba Valéria Mendonça e Raoni Alves, G1 Rio 17/09/2021 00h01 Atualizado há uma hora Jefferson Luiz Rangel Marconi, 29 anos, diz ter sido torturado por três dias depois de ser preso durante uma operação do Exército na Vila Cruzeiro, em 2018 — Foto: Arquivo pessoal Jefferson Luiz Rangel Marconi, 29 anos, diz ter sido torturado por três dias depois de ser preso durante uma operação do Exército na Vila Cruzeiro, em 2018 — Foto: Arquivo pessoal A violência nas prisões efetuadas no Rio de Janeiro está aumentando. É o que diz um levantamento feito pela Defensoria Pública. Segundo o estudo, entre junho de 2019 e agosto de 2020, 1.250 pessoas foram submetidas a tortura física e psicológica e maus tratos ao serem presas, principalmente, em flagrante. O estudo reúne relatos de vários tipos de agressões físicas - na maioria chutes, socos e tapas na cara - e verbais, que, segundo as vítimas, em 87% das vezes são praticadas por policiais militares. Esses dados estão no relatório feito pela Defensoria desde a criação do Protocolo de Prevenção e Combate à Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes. O material será divulgado nesta sexta-feira (17), às 14h, no evento "Pelo fim da tortura: o impacto dos relatos de agressão nas sentenças criminais", com transmissão pelo YouTube da Defensoria. No primeiro relatório feito pela Defensoria Pública, entre agosto de 2018 e maio de 2019, foram registrados 930 casos de maus tratos e tortura no momento das prisões. Segundo Mariana Castro, coordenadora do Núcleo de Audiências de Custódia - onde 90% desses casos são denunciados - há que se observar que o índice de subnotificação dessas agressões neste segundo relatório é muito grande. "Além do aumento dos números absolutos de casos, que subiu de 930 no período 2018/2019 para 1.250 no período 2019/2020, temos de ver que as audiências de custódia, onde a maioria dos casos são registrados, ficaram suspensas de meados de março ao início de agosto de 2020 por causa da pandemia. Ou seja, praticamente quatro meses sem qualquer registro", disse Mariana Castro. De acordo com os relatos feitos ao Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), da Defensoria, a grande maioria das agressões físicas ou verbais são praticadas por policiais militares (87%). Agressões que não são levadas em conta no momento em que os réus são julgados. "Em 93% dos casos, as agressões são relatadas nas audiências de custódia. Ou seja, naquele período de até 24 horas após a detenção, antes mesmo de as vítimas serem julgadas ou ingressarem no sistema prisional. E os juízes, na sentença, ignoram as denúncias dos presos. Os magistrados se orientam pela Súmula 70, que autoriza a condenação de réus quando a prova se restringe a depoimento de policiais, que na maioria das vezes, são os agressores", disse a defensora. As vítimas dessas agressões ou torturas durante a prisão são em sua maioria homens (96,1%), com idade entre 18 e 40 anos. Quase 80% das vítimas são pardas ou pretas e de baixa escolaridade, já que cerca de 71% não chegaram sequer ao ensino médio e mais de 55% moram na periferia em bairros e comunidades das zonas Norte e Oeste do Rio, da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana. Mas 1.015 (81%) informaram que tiveram ou exerciam alguma atividade profissional no momento da prisão. "Como o perfil dos presos geralmente é de homens, negros, com baixa escolaridade e morador da periferia, fica aí demonstrado que há um racismo estrutural no sistema", disse a defensora. Perfil das vítimas de tortura e maus tratos no momento da prisão Homens - 1.201 (96,1%) Mulheres - 44 (3,5%) Transgêneros - 5 (0,4%) Faixa etária Menor de 18 anos - 84 De 18 a 25 anos - 652 De 26 a 40 anos - 426 De 41 a 60 anos - 67 Maiores de 60 anos - 5 Sem informação de idade - 16 Cor da pele Parda - 631 Preta - 310 Branco - 235 Indígena - 2 Não informado - 72 Escolaridade Ensino fundamental incompleto - 668 Ensino médio incompleto - 208 Não sabe/ não informou - 199 Ensino médio completo - 82 Ensino fundamental completo - 80 Ensino superior incompleto - 7 Ensino superior completo - 3 Nunca estudou - 3 Das 1.250 casos, quatro denúncias foram feitas por terceiros: duas por mães das vítimas, uma pela mulher e outra por um denunciante não identificado. A maioria (1.164 dos casos) foi denunciada ao Núcleo de Audiência de Custódia. As denúncias mostram que houve 825 casos de agressões físicas, 46 agressões psicológicas e 282 mesclavam tortura física e psicológica Tipos de agressão Chute - 477 Soco - 438 Tapa na cara - 337 Tapas na cabeça/pescoço - 153 Ameaça de morte - 148 Coronhada - 86 Agressões verbais - 66 Saco plástico - 64 Arma na cabeça - 34 Outros (pauladas, golpes, pisões, torções, enforcamentos etc.) - 267 O relatório da Defensoria aponta ainda que 1.129 vítimas afirmaram que podem identificar quem cometeu a agressão, sendo a Polícia Militar a indicação mais recorrente. Sendo que as agressões praticadas pelos agentes estatais - policiais, guardas municipais, agentes socioeducativos e penitenciários - correspondem a 95,9% dos casos com informação. Agressores identificados visualmente pelas vítimas Policial militar - 966 Policial civil - 63 Populares - 30 Agente penitenciário - 18 PM e policial civil - 15 Segurança privado - 9 Guarda municipal - 8 Agente socioeducativo - 7 PM e populares - 4 PM e guarda municipal - 1 Policial federal - 1 Outros - 7 Não informado/não conseguiu identificar - 121 Apesar de nove em cada dez vítimas afirmarem ser possível identificar os autores e de 35% delas terem sofrido lesões aparentes, somente 20% decidiram adotar medidas administrativas ou judiciais contra o estado ou contra o agressor. Mas curiosamente, segundo a defensora Mariana, essas agressões não aparecem na audiência de custódia nem no interrogatório ou na fundamentação da sentença. "Em 378 julgamentos (70,8%), o juiz, mesmo tomando conhecimento dos maus tratos, ignorou a denúncia dos presos. Em 175 (46,3%) casos em que as lesões eram aparentes, isso foi ignorado. A vítima, o preso, não é digno de crédito. Com isso, não são levadas em consideração, por exemplo, confissões extraidas com tortura e coação", disse a coordenadora. Mariana Castro lembra que até maio deste ano, 534 desses processos já tinham sido julgados em primeira instância, dos quais 467 resultaram em condenação total ou parcial do preso. A Súmula 70 é mencionada em 75% das condenações pela Lei de Drogas e em cerca de 15% das prisões por roubo. "É uma situação grave que precisa ser debatida com advogados, juristas, policiais e toda a sociedade. O relatório mostra que é preciso reduzir a violência policial. E quando a Justiça não ouve as vítimas, ela chancela essas agressões. É preciso conscientizar as forças de segurança. Essas agressões podem invalidar a prisão, comprometer provas e todo um processo de investigação criminal. Essa violência também prejudica o trabalho do bom policial", afirmou Mariana Castro. Três dias de tortura Um dos casos contabilizados pela Defensoria é o de Jefferson Luiz Rangel Marconi, atualmente com 29 anos. Ele afirma que sua vida mudou completamente no dia 20 de agosto de 2018, época em que trabalhava como mototaxista. Jefferson Luiz Rangel Marconi contou ter sido torturado por três dias depois de ser preso — Foto: Arquivo pessoal Jefferson Luiz Rangel Marconi contou ter sido torturado por três dias depois de ser preso — Foto: Arquivo pessoal Morador da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, Jefferson foi preso durante uma operação do Exército Brasileiro na favela. A capital fluminense estava sob intervenção federal na ocasião. Ele foi acusado de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. "Eles me abordaram falando que me viram jogando uma mochila, um fuzil e uma pistola fora. Sendo que na hora que eles me pegaram eles só apresentaram uma mochila com drogas, que nem era minha", contou Jefferson. Ao ser detido, o homem deveria ter sido levado para a delegacia onde os militares deveriam fazer o registro da prisão e do material apreendido. Contudo, segundo Jefferson, não foi isso que aconteceu. Ele contou que passou três dias sendo torturado pelos militares. O objetivo da tortura seria descobrir onde estavam as armas que ele supostamente teria jogado fora. "Primeiro, os militares me levaram para a mata e na mata foi só tortura. Tiro de borracha, soco, pontapé, spray de pimenta, tapa na cara. Na mata, eu fiquei horas e horas até eles me levarem para Deodoro, acho que um batalhão do exército. No total, a tortura durou 3 dias. Eu apanhei muito. Me pegaram na segunda-feira e só me apresentaram na quarta-feira", contou Jefferson. Jefferson contou que levou tiros de bala de borracha, socos e chutes em várias partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal Jefferson contou que levou tiros de bala de borracha, socos e chutes em várias partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal Pai de dois filhos e trabalhando como mototaxista na época, Jefferson contou que só conseguiu falar sobre a tortura quando chegou na audiência de custódia, onde também fez as fotos de seu corpo machucado. Jefferson ficou preso por um ano, três meses e 10 dias. Ele saiu em liberdade provisória no dia 30 de novembro de 2019 e atualmente aguarda pelo julgamento do seu processo. "Eu tenho medo. Hoje em dia eu sofro ainda. Quando sou parado em uma blitz, por exemplo, o policial já pergunta se tem passagem e quando vê já começa a me ameaçar e a querer me bater. Até hoje eu sinto esse reflexo por tudo que aconteceu", revelou Jefferson. Atualmente, Jefferson trabalha em um depósito e ajuda a cuidar dos dois filhos, Arthur e Gabriel, de 6 e 7 anos de idade. "É muito difícil conseguir emprego de carteira assinada. Toda vez que vou fazer entrevista e o cara puxa que eu sou ex-presidiário já sou descartado. É muito difícil. E desde que eu saí faço uns bicos pra sustentar meus filhos", disse. O caso de Jefferson foi revelado pelo Jornal Extra em outubro de 2018. Após as denúncias virem à tona, o Comando Militar do Leste (CML) abriu um Inquérito Policial Militar. O Ministério Público Federal também instaurou um inquérito civil para investigar o caso. O G1 entrou em contato com o CML para saber qual foi o desfecho do Inquérito Policial Militar, mas até a última atualização desta reportagem não houve resposta. Serviço "Pelo fim da tortura: o impacto dos relatos de agressão nas sentenças criminais"