domingo, 26 de julho de 2020

GENOCÍDIO II

Bolsonaro é denunciado por genocídio em tribunal internacional

Esta é a segunda denúncia contra Bolsonaro realizada no tribunal de Haia

Por: Redação
Neste domingo, 26, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi denunciado por crimes contra a humanidade e genocídio no tribunal em Haia (Holanda). O protocolo foi por uma coalizão de trabalhadores da saúde e entidades internacionais. A informação da nova iniciativa é de Jamil Chade, colunista do UOL.
live bolsonaro
Crédito: Reprodução/FacebookJair Bolsonaro e Paulo Guedes acompanharam Ave Maria em live
“É urgente a abertura de procedimento investigatório junto a esse Tribunal Penal Internacional, para evitar que dos 210 milhões de brasileiros, uma parcela possa se salvar das consequências desastrosas dos atos irresponsáveis do senhor Presidente da República”, diz o texto.
Outra denúncia contra Bolsonaro já foi realizada no mesmo tribunal, mas envolvendo risco de genocídio devido a situação dos indígenas. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou uma representação contra o presidente no Tribunal Penal Internacional por conta de suas ações em meio à pandemia.
Na denúncia, a ABJD alega que Bolsonaro comete ‘crime contra a humanidade’ ao adotar ‘atitudes irresponsáveis que, por ação ou omissão, colocam a população em risco’. Se condenado, o presidente pode pegar até 30 anos de prisão

No Brasil

Crédito: Reprodução/The Economist/Lo Cole“The Economist” traz reportagem com críticas a Jair Bolsonaro
Em março, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou um pedido de afastamento do presidente à Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a petição, a “conduta irresponsável e tenebrosa” de Bolsonaro incorre no crime previsto no artigo 268 do Código Penal Brasileiro, que trata de “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa” e prevê detenção de um mês a um ano, além de multa.

FAMILÍCIA

Dinheiro de ex-assessores de Flávio Bolsonaro duplicou créditos na conta de Queiroz

ITALO NOGUEIRA
*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 18.06.2020 - Fabrício Queiroz é conduzido para o helicóptero da Polícia Civil no Campo de Marte, em São Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress)
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Dados da quebra de sigilo bancário de ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) mostram que o dinheiro repassado por eles ao policial militar aposentado Fabrício Queiroz duplicou os créditos feitos na sua conta corrente em 2016.
As informações disponíveis indicam que os 13 assessores suspeitos de devolverem parte do salário para Queiroz repassaram, no total, R$ 303 mil ao PM. O valor é metade dos R$ 605,5 mil recebidos pela conta do policial militar aposentado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Amigo do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz é apontado pelo MP-RJ como o operador financeiro do esquema da "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde ele exerceu o mandato de deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
A suspeita é de que o ex-assessor recolhia parte do salário de alguns assessores para repassá-los ao filho do presidente Bolsonaro.
Preso preventivamente no mês passado em Atibaia, no interior de São Paulo, Queiroz cumpre a medida cautelar em casa, benefício concedido pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha.
A defesa do senador nega as acusações de que praticou "rachadinha". A de Queiroz afirma que não comenta casos sob sigilo
Foi a movimentação financeira de 2016 na conta de Queiroz que gerou a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o filho do presidente. O Coaf, órgão de inteligência financeira, identificou uma série de movimentações atípicas, como saques e depósitos em espécie constantes e sequenciais na conta bancária do PM.
O órgão federal, porém, só tinha como rastrear na ocasião a origem das transferências bancárias, que somavam cerca de R$ 140 mil entre os supostos participantes da rachadinha. Não se tinha informação sobre quem realizava os depósitos em espécie.
O peso dos repasses identificados por integrantes do suposto esquema na conta de Queiroz nos créditos totais naquele período foi possível de ser calculado a partir do cruzamento de informações do pedido de busca e apreensão feito pelo MP-RJ em dezembro e o relatório do Coaf, enviado à Promotoria em janeiro de 2018.
O levantamento aponta ainda que há R$ 57 mil de depósitos em espécie feitos em 2016 indicados pelo Coaf cuja a origem ainda não foi identificada pelo MP-RJ. Há entre eles casos de repasses com periodicidade e, assim como os demais, até uma semana após o pagamento de salários na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Essa "sobra" vai ao encontro das suspeitas de investigadores, de que outros ex-funcionários do senador também participavam do esquema.
O MP-RJ identificou que os 13 ex-assessores repassaram R$ 2 milhões a Queiroz por meio de depósitos e transferências entre 2007 e 2018. A suspeita de um esquema ainda maior se deve ao fato dos saques do PM no período atingir R$ 2,9 milhões, R$ 900 mil a mais do identificado. Há ainda a desconfiança sobre repasse em mãos com dinheiro vivo, sem registro em contas bancárias.
As informações do relatório do Coaf já apontavam indícios da "rachadinha", já que os depósitos mais volumosos ocorriam logo após as datas de pagamento de salários na Assembleia do Rio.
O juiz Flávio Itabaiana autorizou em abril do ano passado a quebra de sigilo bancário e fiscal de 78 ex-funcionários da Assembleia do Rio. Os dados enviados pelos bancos ajudaram os investigadores a identificar os responsáveis pelos depósitos.
Em alguns casos, as próprias instituições financeiras indicaram o autor do depósito em espécie. Em outros, os promotores cruzaram as informações de data e valor do saque em conta de um assessor com os mesmos dados de depósitos na conta de Queiroz. Aqueles que apresentaram coincidência de informações foram vinculados à "rachadinha".
Um terço do total repassado a Queiroz em 2016 foi pela filha, Nathalia: R$ 101,3 mil. Depois vem a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar (R$ 37,3 mil). Ambas, porém, faziam transferências já identificadas pelo Coaf.
O cruzamento permitiu identificar o peso da contribuição de outras ex-assessores, como Luiza Paes (R$ 23 mil) e o policial civil Jorge Luiz Souza (R$ 28 mil).
Segundo a reportagem apurou, promotores desconsideraram casos em que a hora de saque e depósitos eram os mesmos, mas os valores, distintos. Esse critério, que visa ter mais precisão no vínculo do repasse, pode ter deixado de fora pessoas que ficavam com parte dos saques para uso pessoal, devolvendo outra parte.

UM GOVERNO GENOCIDA

Coronavírus: Brasil ultrapassa marca de 87 mil mortos, diz consórcio de imprensa

(Foto: Getty Images)
O Brasil registrou 23.467 novos casos e 556 novos óbitos pelo novo coronavírus nas 24 horas, atingindo 2.419.901 ocorrências e 87.052 mortes em decorrência da pandemia.
Os dados foram compilados no boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, UOL, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.

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O levantamento também assinalou que, nos últimos sete dias, o país teve média móvel de 1.074 óbitos. Este índice é importante para entender a dinâmica da pandemia, levando em conta que mortes e casos são notificados com atraso quando ocorrem nos fins de semana. As regiões que registram índices mais elevados são a Sul e o Centro-Oeste.
O estado mais atingido pela pandemia é São Paulo, que alcançou 21.606 mortes por coronavírus neste domingo. Pelo quarto dia seguido, o estado teve mais de 10 mil casos confirmados de infecção. O balanço total é de 483.982 contágios.
Foram registradas 89 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde. Dos 645 municípios, 638 tiveram pelo menos um caso confirmado e 455 deles tiveram uma ou mais mortes.
A importância do isolamento social foi comprovada por um estudo publicado na edição da revista Science de 23 de julho e foi detalhado pelo jornal da USP. A estratégia, adotada no Brasil desde março, conseguiu reduzir pela metade a taxa de transmissão do coronavírus, de três para 1,6 contaminados. Ou seja, se não fossem adotadas quarentenas e outras medidas de distanciamento social, cada pessoa infectada continuaria a contaminar mais três.
Coordenado pelo Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), o trabalho identificou mais de cem entradas do vírus no país, mas apenas três delas iniciaram a cadeia de transmissão. A maioria das pessoas que trouxeram o coronavírus para o Brasil desembarcou nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte, onde ficam os aeroportos com mais vôos internacionais.
Com informações do Extra
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A LUTA CAPITALISTA DA CHINA



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Manifestações de rua em Hong Kong aumentaram e colocaram a China em rota de confronto com outros países

Em uma plataforma de trem no interior da China, centenas de homens de cabelo raspado, olhos vendados, mãos presas e uniformes azuis sentam em silêncio sob o sol, diante de um número ainda maior de policiais armados.
As imagens feitas por um drone surgiram na internet no ano passado e voltaram a circular neste mês.
Agências de inteligência de governos ocidentais e especialistas em segurança dizem que elas foram feitas na Província de Xinjiang, região onde vivem milhões de chineses muçulmanos da minoria étnica uigur.
Xinjiang é palco de um conflito entre o governo chinês e um movimento separatista dos uigures classificado pelas autoridades chinesas como terrorista.
A China admitiu ter criado centros de "reeducação" na região, onde uigures têm aulas sobre nacionalismo chinês e contra "pensamentos extremistas".
Mas ativistas de direitos humanos dizem que os centros são na verdade prisões, onde mais de 1 milhão de uigures estariam detidos de forma arbitrária, sem julgamento.
Os homens nas imagens de drone seriam parte de mais uma leva de prisioneiros a caminho dos centros. Em entrevista à BBC, o embaixador chinês em Londres, Liu Xiaoming, disse não saber onde tinha sido feito o vídeo, e sugeriu se tratar de uma transferência rotineira de prisioneiros.
A crise dos uigures não é apenas um problema doméstico do governo. Recentemente, episódios como esse passaram a agravar tensões internacionais da China com outras potências globais, sobretudo no Ocidente.
Em junho, um relatório feito por um acadêmico alemão sugeriu que o governo da China estaria esterilizando a população uigur, forçando mulheres a usar um dispositivo intrauterino para evitar gravidez.
Após o relatório, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, divulgou uma nota criticando a China e pedindo "o fim imediato destas práticas horríveis" e o apoio de todas as nações para exigir "o fim desses abusos desumanos".
Nesta semana, Pompeo esteve em Londres para discutir com o governo britânico a crise dos uigures e vários outros pontos que envolvem a China — em meio a uma escalada de tensões entre os chineses e o Ocidente.

Aumento da influência

Nas últimas décadas, a emergência da China como potência mundial ampliou os laços políticos e econômicos do país com o resto do mundo.
Mas desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos em 2016, que adota uma retórica contrária ao governo de Pequim, houve uma mudança nas relações da China com vários países.
Especialistas dizem que a Casa Branca está subindo o tom de sua campanha contra Pequim — em um momento em que Trump está em campanha pela sua reeleição.
Na quarta-feira, os Estados Unidos ordenaram o fechamento do consulado chinês em Houston, acusando os chineses de roubarem propriedade intelectual. Os chineses criticaram a medida, disseram ter recebido ameaças de morte e nesta sexta-feira (22) ordenaram o fechamento da representação americana em Chengdu, em retaliação.
Desde o começo do ano, China e Estados Unidos já vêm trocando farpas em relação à pandemia do novo coronavírus, que começou com um surto na cidade chinesa de Wuhan.


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China disse que se conseguir uma vacina contra a covid-19 vai dividir a descoberta com o resto do mundo

Em março, o governo americano já acusava Pequim de esconder seus números sobre o coronavírus, insinuando que o governo chinês ocultava o número real de casos e mortes.
Em maio, Trump partiu para o ataque contra a Organização Mundial da Saúde (OMS), que, nas palavras dele, é um "fantoche do regime chinês" por nunca exigir informações confiáveis sobre a pandemia junto aos chineses.
Também em maio, Trump disse a um repórter que tinha informações de que o coronavírus havia sido criado dentro do Instituto de Virologia de Wuhan, um boato que circulava naquela época.