sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Eike, um empresário contra o Brasil...

O homem mais rico do Brasil mantém a maior parte das empresas no exterior. Principal motivação seria pagar menos impostos. Especialistas dizem que alguns brasileiros preferem investir lá fora, para gozar de privilégios reservados a investidores estrangeiros (APN).
 
 
 
RIO DE JANEIRO – Duas empresas com sede no exterior concentram 72,5% do valor total da participação direta de Eike Batista em ações de suas controladas OGX, OSX, MMX, LLX, MPX e CCX. Levantamento feito pela consultoria Economática a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra que as ações mantidas nessas holdings offshore representam R$ 13,87 bilhões da fortuna do homem mais rico do país.
O Estado americano de Nevada foi a sede escolhida pelo bilionário para a Centennial Asset Mining Fund LLC, que, por sua vez, controla a Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC. Por meio dessas companhias Eike mantém a maior fatia de sua participação nas seis empresas brasileiras.
Subindo um pouco mais no emaranhado societário criado pelo magnata, uma linha do organograma mostra que a Centennial Mining tem como administrador único ("sole director") a EBX International S.A., empresa presidida pelo bilionário com sede no Panamá, conhecido paraíso fiscal da América Central.
O valor calculado por meio do levantamento das participações acionárias feito pela Economática pode ter sofrido alguma alteração recente, sem maior relevância. O empresário anunciou este ano a venda de duas parcelas minoritárias na Centennial Brazilian e "em outras holdings offshore" para o fundo árabe Mubadala (5,63%) e para a GE (0,8%).
Eike ainda aparece como dono de cem por cento das ações das duas companhias em formulários de referência arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relativos a 2011, os documentos mais recentes deste tipo arquivados no órgão regulador de mercado. Como o grupo não detalhou como foi efetuada a transação e que outras offshores estariam envolvidas, é difícil afirmar o que teria mudado na relação. Mas, por causa dos porcentuais envolvidos, a alteração da cifra seria marginal.
A utilização desse tipo de estrutura não é ilegal. Ao contrário de algumas companhias que se apoiam nesse artifício para ocultar quem é seu real controlador, Eike não esconde que é ele quem está por trás dessas holdings. Por duas semanas a reportagem do Estado esperou por respostas da EBX sobre o assunto, mas a empresa preferiu não se manifestar a respeito.
Sem diagnóstico - Advogados ouvidos pelo Estado dizem que é difícil fazer um diagnóstico preciso do motivo que levou Eike a optar por essa estrutura e ressaltam que cada empresa tem um objetivo diferente ao decidir abrir uma holding em outro país. Procurado, o grupo EBX não respondeu aos questionamentos.
A principal motivação apontada em casos semelhantes é a redução de gastos com tributos. "O objetivo mais latente da criação das empresas offshore é buscar um cenário mais positivo em termos de benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda e à Contribuição Social Sobre o Lucro", explica o especialista em direito tributário Paulo Sigaud, da Aidar SBZ Advogados.
É na OGX - empresa de óleo e gás e a mais valiosa entre as seis listadas na BM&FBovespa - que Eike detém o valor mais representativo em ações por meio de suas holdings estrangeiras. A fração de 61,22% do magnata, cujo discurso é fortemente marcado por elementos nacionalistas, equivale a R$ 11 bilhões.
Já na OSX, companhia do setor de construção naval, o executivo tem quase R$ 2 bilhões em ações, relativos a uma fatia de 59,3% via suas offshores. As cifras mais baixas estão nas suas empresas de mineração MMX (minério de ferro) e CCX (carvão). Os números foram aferidos pela Economática com base nas cotações das ações das companhias do dia, 8 de outubro.
Especialistas explicam que alguns brasileiros usam offshores para vender e comprar ações de companhias de capital aberto no Brasil, aproveitando um benefício criado para investidores estrangeiros. Esse regime, implementado para fomentar o mercado brasileiro de capitais, lhes permite realizar esse tipo de operação com isenção de impostos.
"Esse benefício foi criado para capital estrangeiro vindo para cá, mas muitos brasileiros aproveitam essa legislação, que está em vigor ainda", explica o advogado Bruno Ferreira, do escritório Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiro. Não há elementos suficientes para dizer que esse seja o caso de Eike, no entanto. Há normas para regular a prática e instrumentos para identificar quem é o beneficiário final e verificar se é alguém que está em paraíso fiscal. Nesse caso, os benefícios podem ser suspensos.
Além dos porcentuais mantidos por meio de empresas baseadas no exterior, o bilionário também detém ações como pessoa física, porém em menor escala. Eike possui diretamente 56,8% do capital da novata CCX (produtora de carvão), que estreou em maio na bolsa. Na MPX, de geração de energia, ele tem 50,1% e na MMX, 30%.
Emaranhado-  As participações de Eike via holdings offshore nas empresas de capital aberto do grupo EBX, entretanto, podem superar a cifra de R$ 13,87 bilhões. Esse montante é relativo às ações detidas nas companhias listadas em bolsa que, por sua vez, possuem controladas que também têm como acionistas empresas de Eike no exterior.
Um exemplo são os 30% que a Centennial Mining tem na MMX Corumbá, subsidiária da MMX, por meio da EBX Brasil S.A. Essa empresa - que recentemente teve o filho de Eike, Thor Batista, nomeado como um dos diretores, sem designação específica - não é a holding EBX. Em resposta, na época, sobre o perfil dessa empresa, a assessoria do grupo EBX informou apenas tratar-se de um dos "veículos de investimento", sem entrar em detalhes sobre a definição cifrada.
Nos comunicados divulgados à época da venda de frações da Centennial Brazilian e outras holdings ao fundo árabe, Eike revelou que os novos sócios teriam participação indireta também nas empresas de capital fechado do grupo, que não estão incluídos no levantamento feito pela Economática. Isso quer dizer que empresas de Eike no exterior também tinham parte do capital da REX (mercado imobiliário), AUX (mineração de ouro) e IMX (entretenimento e exportes), cujo valor não se sabe. As informações são do jornal.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Democratização da Comunicação

Parlamentares e representantes de movimentos sociais debateram, na Câmara Federal (DF) o marco regulatório nas comunicações e lançaram a campanha "Para Expressar a Liberdade"
 


Em comemoração ao Dia Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, a Frentecom e o FNDC promoveram ontem (18), na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma audiência pública que debateu a liberdade de expressão e a urgência de um novo marco regulatório nas comunicações. Além de lançar a campanha nacional “Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo”, as entidades cobraram o compromisso do governo em colocar o tema sob consulta pública.

Após três anos da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em que 600 propostas foram aprovadas na ocasião e que se tornaram objeto de estudo para formulação de leis, as resoluções ainda não saíram do papel. “Este evento é o primeiro grande evento após a Confecom. Precisamos estreitar cada vez mais nossos esforços, juntamente com as entidades aqui presentes, para que os trabalhos avancem no sentido da democratização da comunicação”, afirmou a deputada Luiza Erundina, que presidiu a audiência.

Segundo a secretária de comunicação da CUT Nacional e coordenadora do FNDC, Rosane Bertotti, para combater a formação de monopólios e oligopólios da mídia, essa questão precisa ser levada à população em geral. “Temos que ir às portas de fábricas, ao campo, às escolas fazer esse debate. A sociedade precisa entender que a comunicação é o seu pão diário”, declarou.

O deputado Jean Wyllys também criticou a postura do governo pela ausência de políticas públicas que enfrentem definitivamente o poder das grandes empresas de comunicação. “A comunicação concentrada nas mãos de poucas famílias vai contra o progresso e a democracia no país”, e completou, “não podemos tratar a mídia como uma parte ‘descolada’ da sociedade”.

Após a audiência, os manifestantes realizaram um "escracho" em frente à sede do Ministério da Comunicação para protestar contra a inação do governo diante da mídia hegemônica. Diversas placas com mensagens sobre o direito à comunicação foram deixadas no lugar.

A campanha “Para Expressar a Liberdade” é uma iniciativa de diversas organizações sociais com o objetivo de construir novos passos e exigir uma nova lei para a comunicação no país. Uma lei que tenha novos valores e que permita uma ligação com o povo brasileiro, com seus interesses, objetivos, sonhos e esperanças.
 

fonte: apn.org.br

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Curso: BRASIL DE FATO

A atividade, que conta com o apoio de movimentos sociais, ocorrerá entre os dias 10 de outubro e 14 de novembro no auditório do Sindipetro-RJ, no centro da capital fluminense


O Jornal Brasil de Fato, em conjunto com o Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), promove o curso “Atualidade e desafio das lutas na América Latina”.


 
 

Os encontros nos dias 10, 17 e 31 de outubro e no dia 14 de novembro, das 18h30 às 22h, no auditório do Sindipetro-(RJ), na avenida Passos, 34, no centro do Rio de Janeiro.
As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas até o dia 10 de outubro. O curso custa R$ 75, com material incluso, e terá certificação ao final, desde que o participante tenha participado de pelo menos três etapas. A matrícula no curso também pode ser feita em conjunto com a assinatura do Jornal Brasil de Fato, pelo valor promocional de R$ 150, com direito a um exemplar do livro “Privataria Tucana”.
Inscrição e pagamento online R$ 75 
Inscrição e pagamento online R$ 150 
A iniciativa recebe o apoio do Movimento dos Sem-Terra (MST), da Marcha Patriótica - Capítulo Brasil-Rio de Janeiro, do Levante Popular da Juventude, da Consulta Popular e da editora Expressão Popular.
 
 
Confira abaixo a programação do curso:

Cada etapa possui uma temática específica e contará com a colaboração de assessores especialmente convidados.


Fonte: Brasil de Fato

Resíduo Tóxico no Mar

Manifestantes denunciam Petrobrás por despejo de resíduo tóxico no mar
 
 
Rio de Janeiro - Manifestantes fizeram um ato público (02/10/2012) em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, para denunciar a estatal pelo lançamento no mar de resíduo tóxico gerado pela extração de petróleo e gás. A campanha, denominada Água Negra Não, contou com integrantes de movimentos sociais, pescadores artesanais e comunidades impactadas pela indústria do petróleo.   
O ambientalista, gestor e planejador ambiental Sérgio Ricardo disse que o resíduo, chamado de água de produção ou água negra, contém substâncias altamente poluentes, como anticorrosivos, etanol, metais pesados, elementos radiativos, entre outros. Segundo ele, das 110 plataformas no território nacional, apenas 21 possuem estação de tratamento de seus efluentes.
De acordo com Ricardo, 82% da produção de petróleo do país são no Rio de Janeiro, ameaçando o meio ambiente do estado. “Os licenciamentos ambientais não estão levando em conta os ecossistemas, os pescadores artesanais e muito menos os riscos ambientais dessa atividade. No Rio, há um apagão na política ambiental. Isso tem ameaçado a nossa rica biodiversidade”, avaliou.
O ambientalista acrescentou que, nos últimos anos, foram dadas mais de três mil licenças ambientais, que chama de licenças “fast food”, pois “saem do forno com uma rapidez meteórica”. Segundo Ricardo, o processo de licenciamento da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) se deu em apenas seis meses.
Sérgio Ricardo advertiu que o Brasil não está preparado para conter os riscos ambientais da exploração de petróleo. De acordo com ele, o país precisa de um plano nacional de contingência e controle de acidentes por óleo, que deve envolver órgãos federais, estaduais, empresas do setor de petróleo e também as comunidades e municípios que vivem da indústria do turismo no litoral brasileiro.
Em nota, a Petrobras disse que respeita e atende aos requisitos da legislação ambiental brasileira e internacional. Segundo a empresa, a água produzida junto com o petróleo nas plataformas é tratada e descartada de acordo com a legislação brasileira. Além disso, informa que, nas plataformas onde não há sistema de tratamento, a água é enviada para outras plataformas ou outras instalações para destinação adequada.
A estatal informou ainda que o descarte da água atende às resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 393 e 357, e à convenção Marpol 73/78, da Organização Marítima Internacional (IMO), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento trata de compromissos internacionais para evitar a poluição do mar por petróleo.
 
Edição: Davi Oliveira - Agência Brasil

Comunicação Popular...

Comunicação
 
Seminário de Comunicação Comunitária na Puc-Rio

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) realizarão o I Seminário Regional de Comunicação Comunitária



O evento, que será realizado entre os dias 16 e 19 de outubro, no campus da PUC, Gávea, tem como objetivo discutir a realidade da comunicação comunitária hoje. Serão abordados temas como direito à comunicação e a parcialidade dos meios de comunicação tradicionais.
Além dos profissionais da área, grandes pensadores da comunicação comunitária foram convidados para participar do evento. E além dos painéis e das oficinas, no último dia do seminário será feita uma carta com todos os participantes para registrar o que foi discutido.
A entrada é franca e as inscrições podem ser feitas através do email:seminariocomcomunitaria@gmail.com.

TELEFONE PARA CONTATO:
(21) 9708-4304 - Gizele Martins
(21) 8452-2866 Daiane Ramos


Para saber mais sobre a programação acesse o blog do evento.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias