quinta-feira, 8 de outubro de 2015

UM TCU DA VERGONHA...

Zelotes suspeita de repasse de R$ 1,8 mi a Augusto Nardes

publicado 07/10/2015
Violar a Lei Orgânica da Magistratura não é a única razão para Nardes se preocupar
nardes
Ministro do TCU nega qualquer participação em esquema de corrupção no Carf (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Saiu na CartaCapital:


Zelotes suspeita de repasse de R$ 1,8 mi a Augusto Nardes


Sigilo bancário, telefonemas e e-mails de empresa investigada apontam ministro do TCU beneficiado em anulação fraudulenta de dívida fiscal da RBS

por André Barrocal

A acusação de violar a Lei Orgânica da Magistratura na condução do exame das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff não é a única razão para o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), preocupar-se por estes dias. O avanço da Operação Zelotes reforça as suspeitas de envolvimento dele com o esquema fraudulento de anulação de dívidas fiscais.

No material já recolhido durante as investigações, há indícios a apontar Nardes como destinatário de pagamentos de aproximadamente 1,8 milhões de reais, divididos em três parcelas de cerca de 600 mil reais cada. Os pagamentos são suspeitos por terem na origem uma das principais empresas investigadas, a SGR Consultoria.

As desconfianças sobre Nardes amparam-se em informações obtidas a partir da quebra de sigilo bancário da SGR, de anotações encontradas em escritórios da empresa e de interceptações de telefonemas e e-mails de investigados.

Em alguns telefonemas e e-mails, por exemplo, uma funcionária da SGR tida como responsável por distribuir dinheiro ilícito, chamada Gigliane, recebe orientação para efetutar pagamentos ao “tio” e ao “Ju”. Nardes já foi sócio de um sobrinho advogado, Carlos Juliano Ribeiro Nardes, na empresa Planalto Soluções e Negócios. Os investigadores vêem ligações entre a SGR e a Planalto.

O repasse da SGR seria uma espécie de comissão paga a Nardes por ele colaborar de algum modo com um caso específico na mira da Operação Zelotes: o sumiço de 150 milhões de reais em dívidas da RBS, retransmissora da TV Globo no Rio Grande do Sul, terra do ministro do TCU. Nardes teria usado sua influência em Brasília e no seu antigo partido, o PP, para ajudar o grupo de comunicação.

O cancelamento dos débitos da RBS ocorreu no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda em que as fraudes apuradas pela Zelotes se materializavam. Em troca da anulação da dívida, a empresa teria pago 15 milhões de reais a uma série de pessoas. Entre estas, um ex-conselheiro do Carf e sócio da SGR, José Ricardo da Silva, o Zé Ricardo.

Silva e a SGR tinha papel-chave no esquema no Carf. Intermediavam os contatos entre conselheiros do Carf e empresas endividadas dispostas a subornar. E distribuiam o dinheiro entre as partes.

Nenhum cliente fez tantos pagamentos à consultoria quanto a RBS. É o que diz um relatório da Polícia Federal (PF) elaborado a partir da análise de 909 transações financeiras da SGR realizadas entre 2005 e 2013, um total de 115 milhões de reais.

Dos 15 milhões de reais que o grupo teria pago para se safar no Carf, 11,9 milhões foram para a SGR. Foi desta última quantia que a consultoria teria direcionado uma fatia cerca de 1,8 milhão a Nardes.

O ministro do TCU é de uma mesma pequena cidade gaúcha, Santo Ângelo, que um investigado na Operação Zelotes que acabou por virar delator. Paulo Roberto Cortez também já foi conselheiro do Carf e já trabalhou com Zé Ricardo, da SGR. Quando policiais federais e procuradores de Justiça saíram a campo pela segunda vez, em 3 de setembro, Santo Ângelo era um dos alvos.

Há quem veja possível ligação de Nardes com o esquema no Carf também por razões partidárias. Até ser nomeado ministro do TCU, ele era deputado federal pelo PP. A mira da Operação Zelotes já atingiu um conselheiro do Carf, Francisco Maurício Rebelo de Albuquerque e Silva, que é pai de um ex-líder do PP na Câmara dos Deputados, Dudu da Fonte.

CartaCapital procurou Augusto Nardes para pedir esclarecimentos sobre eventuais relações dele com a SGR, José Ricardo da Silva, a Planalto, Paulo Roberto Cortez e indicações de conselheiros do Carf. O ministro respondeu por e-mail.

Sobre a Planalto, disse “que se afastou da Planalto Soluções e Negócios em maio de 2005 e não recebeu nada proveniente ou relacionado a empresa”. Acrescentou ainda “que não participou de nenhuma atividade desta já que dela não mais participava de nenhuma forma”.

Sobre a escolha de conselheiros do Carf, Nardes afirmou que “não tem nem nunca teve qualquer participação seja por indicação ou quaisquer outras questões a isso relacionadas”.

Sobre a SGR, José Ricardo da Silva, o ministro não se pronunciou.

Sobre sua relação com Paulo Cortez, disse que "conheceu o mesmo quando morava em Santo Ângelo, por volta dos anos 80, há mais de 30 anos. Depois desse período não teve mais qualquer relação com o mesmo".

O aparecimento do nome de Augusto Nardes na Operação Zelotes foi revelado em setembro por CartaCapital. O material sobre ele tem de ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Por ser ministro do TCU, Nardes só pode responder a eventuais processos criminais perante o STF. A juíza que cuida do caso na 10 Vara Federal de Brasília, Marianne Borre, volta de férias no dia 8.


NA SUIÇA..

Suíça confirma: Cunha sabia de bloqueio em contas
publicado 06/10/2015
Procuradoria-Geral da Suíça confirma que Cunha foi informado.
cunha
Saiu no Estadão:


Suíça confirma: 'Cunha foi informado sobre congelamento de seus ativos'


Deputado havia dito desconhecer teor da denúncia

por Jamil Chade e Beatriz Bulla

O Ministério Público da Suíça nega a versão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de que desconhece o teor das notícias veiculadas sobre suas contas no país europeu e garante que o parlamentar foi alertado sobre o congelamento de seu dinheiro.

“Eduardo Cunha foi informado sobre o congelamento de seus ativos", declarou a Procuradoria-Geral da Suíça em um comunicado oficial.

Na edição desta terça-feira, 6, reportagem do Estado revela que investigadores da Operação Lava Jato apuram se o presidente da Câmara mantinha outras contas no exterior além daquelas já identificadas e bloqueadas pelas autoridades suíças.

Na semana passada, a Suíça comunicou ao Brasil que iria transferir os autos de uma investigação criminal que corre no país europeu sobre Cunha para que a Procuradoria-Geral da República brasileira dê prosseguimento. Recentemente, a equipe de procuradores que auxilia o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos acordos de cooperação internacional ligados ao esquema de corrupção na Petrobrás recebeu reforço para intensificar o trabalho de investigação no exterior.

(...)
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TV Afiada
Enquete

Além do Cunha, a quem mais o PSDB dá o "benefício da dúvida"?

FHC, na Privataria
Cerra, nas Ambulâncias
Aecím, em Furnas
Agripino, na Arena Dunas
Alckmin, no metrolão
Cunha Lima, da chuva de dinheiro
Sérgio Guerra (in memorian), que recebeu propina

DOCUMENTOS CONFIRMAM

Aparecem os extratos de Cunha na Suíça

publicado 07/10/2015
PGR faz uma avaliação dos documentos bancários encaminhados pelo MP suíço
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No Globo:


Extratos mostram que Cunha usou offshore na Suíça

PGR faz uma avaliação dos documentos bancários encaminhados pelo MP suíço


BRASÍLIA - Extratos bancários da Suíça atestam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou empresas offshore para movimentar contas bancárias na Suíça, segundo fontes com acesso às investigações. Os documentos remetidos ao Brasil confirmam o depoimento do lobista João Augusto Rezende Henriques, um dos operadores do PMDB na Petrobras, sobre a existência de contas bancárias controladas por Cunha.

O Ministério Público da Suíça decidiu encaminhar à Procuradoria Geral da República (PGR) um procedimento aberto naquele país para investigar o presidente da Câmara por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações começaram em abril e tanto o MP da Suíça quanto a PGR entenderam que as chances de punição do deputado são maiores no Brasil. Ele não pode ser extraditado, por exemplo, como constou em comunicado oficial da PGR sobre a existência das contas bancárias e da investigação.


A PGR faz uma avaliação dos extratos bancários encaminhados pela Suíça. Até agora, já se sabe da veracidade do depoimento do lobista do PMDB e que as contas são de empresas offshore vinculadas à Cunha.

(...)


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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

CAVALEIRO DE TRISTE FIGURA...

Aecím está frito. Delação de Youssef vale!

publicado 27/08/2015
O STF aceita o que Youssef disse sobre propina de Furnas
charge bessinha gilmar mendes

No G1:


MAIORIA DO STF REJEITA PEDIDO PARA ANULAR DELAÇÃO DE YOUSSEF


Executivo alegou que doleiro quebrou acordo anterior de colaboração.
Maioria dos ministros sequer aceitou tipo de ação ajuizado por Erton Fonseca.

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quinta-feira (27) um pedido apresentado por Erton Medeiros Fonseca, diretor afastado da Galvão Engenharia e investigado no escândalo da Petrobras, para anular o acordo de colaboração do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato e as provas colhidas a partir de suas declarações.
Durante a sessão, os ministros consideraram que os relatos feitos numa delação são insuficientes para condenar uma pessoa e, por isso, o acordo não poderia ser contestado por ela. “O acordo de colaboração, como negócio jurídico personalíssimo, não vincula o delatado e não atinge diretamente sua esfera jurídica”, afirmou ministro Dias Toffoli, relator do caso, nesta quarta (26), quando o julgamento foi iniciado.
O pedido questionava a homologação da delação, feita em dezembro do ano passado, pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos relacionados à Lava Jato no STF. Na peça, a defesa de Fonseca alegava que o doleiro quebrou um acordo de delação premiada anterior, firmado no caso Banestado e, portanto, não era uma pessoa de confiança para colaborar novamente com as investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras.
“O Ministério Público induziu em erro o ministro Teori Zavascki ao omitir taxativamente que, sete dias antes de ser celebrado acordo com Alberto Youssef, o acordo anterior tinha sido quebrado por outro magistrado”, afirmou, ainda durante a sessão desta quarta, o advogado José Luís de Oliveira Lima.

CHEGANDO AOS RATOS GORDOS..

Casa Grande, tremei. Zelotes chega aos gordos
publicado 04/09/2015
Temor é de que “Operação Abafa” seja colocada em curso
charge bessinha stf justiça

Do deputado Paulo Pimenta:


ZELOTES CHEGA A NOMES COM FORO PRIVILEGIADO; TEMOR É DE QUE “OPERAÇÃO ABAFA” SEJA COLOCADA EM CURSO, DENUNCIA DEPUTADO PIMENTA


Parte da Operação Zelotes terá que ser enviada ao Supremo Tribunal Federal, isso porque as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal chegaram a nomes que detêm foro privilegiado. Pelo esquema de corrupção, grandes empresas, escritórios de advocacia e membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) são suspeitos de desviar cerca de R$ 20 bilhões dos cofres públicos, com a compra e venda de sentenças e pagamento de propina.

Relator dos trabalhos que acompanha os desdobramentos da Zelotes na Câmara Federal, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) alerta para uma possível “operação abafa” . Segundo o parlamentar, quando grandes empresas e pessoas com alto poder de influência aparecem em esquemas de corrupção, o poder econômico se movimenta e a mídia silencia. “Nenhuma tentativa de intimidação nos impedirá de continuar acompanhando a Zelotes e fazer com que toda a verdade venha à tona. O fato de existirem suspeitas de nomes com foro privilegiado só aumenta nossa determinação e a nossa responsabilidade para cobrar que os culpados sejam identificados e punidos”, garantiu o parlamentar.
Em comparação com a Lava-Jato, a Operação Zelotes tem recebido críticas por receber tratamento diferenciado por parte do Poder Judiciário. O processo corre em segredo de justiça, as prisões preventivas solicitadas pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal foram todas negadas, assim como não foram autorizadas as solicitações de monitoramento por escutas telefônicas.
Diante das dificuldades relatadas pelas autoridades federais que investigam a Operação Zelotes, em junho, o deputado Pimenta representou contra o juiz Ricardo Augusto Soares Leite no Conselho Nacional de Justiça, que acabou sendo afastado do caso. A atuação do magistrado também foi objeto de representação pelo MPF na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª região. No lugar dele, assumiu a juíza Marianne Borré, que autorizou pedidos de busca e apreensão em escritórios das empresas envolvidas, em uma nova fase das investigações.
Provocada também por uma representação do deputado Pimenta, a Controladoria-Geral da União realiza uma auditoria no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). No requerimento, o deputado Pimenta pediu análise sobre as “escolhas dos conselheiros”, a “distribuição dos processos”, os “procedimentos relacionados ao trâmite e regras de julgamento, incluídos os pedidos de preferência” e até os motivos para os “eventuais impedimentos de conselheiros” no julgamento dos processos.
Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Conversa Afiada. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com mais de 15 linhas, com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie. Leia o nosso termo de uso.
TV Afiada
Enquete

Quem vai visitar o Pauzinho do Dantas na cadeia?

Padim Pade Cerra
Mulher do Cunha
Aecím
Aloysio 300 mil
Ministro (sic) Gilmar
fiscal do FGTS
Daniel Dantas

MAIS VERGONHA...

Grana de empresa: Gilmar vence na Câmara

publicado 09/09/2015
Essa não é uma decisão final. Gilmar ainda pode perder
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E o Gilmar não devolve
No G1:



Câmara aprova texto que restabelece doação de empresas a partidos




Deputados ainda vão votar destaques que podem mudar a proposta.
Texto exclui restrição à contratação de pesquisa de intenção de voto.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) texto do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator do projeto de reforma política, que restabelece a doação de empresas a partidos e exclui restrições à contratação de pesquisas de intenção de voto por veículos de comunicação. Os parlamentares ainda precisam votar destaques que podem alterar o teor da proposta.
Um deles, de autoria do PT, visa proibir o financiamento empresarial. O projeto da reforma política foi aprovado em 14 de julho pelos deputados e prevê, entre outros pontos, teto para doações empresariais e limite de gastos em campanhas. O texto seguiu para o Senado e foi aprovado nesta terça (8), mas, como sofreu várias alterações, retornou para a Câmara.

Rodrigo Maia elaborou um novo texto, resgatando grande parte da redação aprovada pela Câmara e mantendo somente pequenas modificações feitas pelos senadores. Pelo texto do relator, será permitido o financiamento empresarial a partidos políticos, limitado a R$ 20 milhões por empresa. Também foram derrubadas restrições impostas pelos senadores a pesquisas eleitorais.

UMA HASHTAG CONTRA O PIG...

A hashtag que assombra a Globo

Escrito por: Paulo Nogueira
Fonte: Diário do Centro do Mundo
Na noite de quinta subiu uma hashtag no Twitter: #Globo19,8.
 
Para os internautas, foi uma diversão. Para a Globo, um pesadelo.
 
 
19,8 era o Ibope da nova novela da Globo, A Regra do Jogo. O número virou mania no Twitter porque a novela Os Dez Mandamentos, da Record, estava na frente.
 
O problema da Globo não é Os Dez Mandamentos. É ela mesma, e isso torna tudo mais difícil.
 
Num clássico triunfo da esperança, a Globo imaginou que o fracasso de audiência de Babilônia fosse um caso isolado. O público puritano de cara não suportou o beijo de língua de duas anciãs e ponto.
 
Não, não e ainda não.
 
Babilônia marcou o fim da Era das Novelas. Hoje, é difícil acreditar que houve um tempo em que final de novela da Globo dava 100% de audiência.
 
Mas, como tudo, as novelas chegaram, floresceram e murcharam.
 
O desempenho miserável delas reflete a deterioração da tevê como mídia.
 
A tevê parece um dinossauro na Era Digital.
 
Anos atrás, novela era pop no Brasil. Era tema de discussão nas rodas de bar e nos cafés das empresas.
 
Hoje, são nada.
 
Ninguém comenta, ninguém se importa e, pior, ninguém vê.
 
Nesta semana, por exemplo, o assunto é Narcos, a nova série da Netflix que conta a história de Pablo Escobar.
 
A discussão é sobre a qualidade do espanhol de Wagner Moura e coisas do gênero.
 
Quem quer saber de A Regra do Jogo?
 
As pesquisas mostram um envelhecimento brutal do público da tevê. Os jovens estão na internet.
 
O fim da Era das Novelas é, a rigor, o fim da Era da Televisão.
 
O público já debandou. Falta agora os anunciantes debandarem, o que é inevitável.
 
Isso só não aconteceu ainda porque a Globo tem uma espécie de propina para as agências, o BV (Bônus por Volume). Quanto mais uma agência coloca anúncio na Globo, mais ganha em BV.
 
Quase todas as agências dependem do BV da Globo para não quebrarem.
 
Mas o anunciante, que afinal paga a conta, uma hora vai perceber que está colocando uma fortuna numa mídia de almas mortas, para usar o título do grande romance de Gogol. (Nele, fazendas aparentemente enormes eram povoadas, na verdade, de almas mortas, pessoas que só existiam no papel.)
 
Em algum momento no futuro próximo, ocorrerá com a Globo o que ocorreu com a Abril. Consolidou-se entre os anunciantes a convicção de que anunciar em revista é uma obsolescência porque ninguém mais as lê. O mesmo se dará com a tevê.
 
A Globo é a Abril amanhã.
 
Penso comigo que, se há alguém na Globo feliz com a baixa pontuação da nova novela, é Gilberto Braga, o autor de Babilônia.
 
Ele se martirizou com o Ibope de sua novela, e presumo que as reuniões com os burocratas da Globo para mudar o enredo tenham sido matadoras.
 
Mas Aguinaldo Silva era o menos culpado.
 
Babilônia lutou para ter 30 pontos, um horror quando se mede os índices passados da Globo.
 
A Regra do Jogo talvez lute para ter 20 pontos, como sugere a hashtag #Globo19,8.
 
Nada é tão forte quanto uma ideia cujo tempo chegou, sabe-se.
 
E nada é tão fraco quanto um produto cujo tempo passou, como as novelas.

FRENTE BRASIL POPULAR..

Manifestantes lançam Frente Brasil Popular em Belo Horizonte

Escrito por: Redação
Fonte: G1

Representantes de movimentos sociais também divulgaram um manifesto que propõe mudanças na política e na economia do Brasil

Em Belo Horizonte, representantes de movimentos sociais se reuniram neste sábado (5) pra lançar a Frente Brasil Popular e divulgar um manifesto.
 
Os manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Cerca de 2,1 mil pessoas participaram, segundo os organizadores. A polícia não divulgou números. O grupo é formado por entidades representativas dos movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes e partidos políticos.
 
Em frente ao prédio do Banco Central na capital mineira, os manifestantes fizeram um protesto contra a política econômica e o que consideram corte de direitos dos trabalhadores e dos orçamentos de políticas sociais. Uma parte do muro foi pichada.
 
No fim da tarde, os manifestantes apresentaram um documento que propõe mudanças na política e na economia do Brasil.
 
No manifesto, os movimentos sociais defendem caminhos para enfrentar a crise e apresentam suas prioridades, como por exemplo a defesa do emprego, salário, aposentadoria, saúde e educação.
 
Na área econômica, o manifesto se posiciona contra o ajuste fiscal e a favor de uma reforma tributária. Na área política, contra o que chamam de golpismo que ameaça a vontade das urnas e as liberdades democráticas. Contra a corrupção e a redução da maioridade penal. E a favor de uma reforma política que fortaleça a participação popular.
 
“A juventude se soma a essa Frente Brasil Popular como uma iniciativa pra reaglutinar os movimentos sociais em torno de uma agenda política pra fazer avançar o país”, afirma presidente UNE, Carina Vitral.

UM JORNALISMO RECHEADO DE MENTIRAS...

Folha mostra Cantareira 'mais cheio'. E está mais vazio

Escrito por: Fernando Brito
Fonte: Tijolaço
O gráfico interativo que “registra” o volume de água disponível no Cantareira publicado hoje pela Folha é, numa palavra, uma patranha.
 
Só o leitor muito atento vai perceber que ele não registra a realidade.
 
Por que? Porque ele começa em outubro do ano passado e “termina” no dia 10 de agosto, um mês atrás.
 
Dia em que o sistema tinha 398 bilhões de litros de água até o fundo – literamente – das represas e 170 bilhões de litros retiráveis para o consumo, considerando primeiro e segundo volumes mortos.
 
Ontem, estes números eram de 370 bilhões de litros no total e 144 bilhões de litros retiráveis.
 
Uma perda que chega, portanto, a um bilhão de litros por dia.
 
Há menos água no Cantareira hoje que há um ano atrás.
 
No Sete de Setembro de 2014, havia 428 bilhões de litros, quase 60 bilhões a mais que hoje.
 
Isso significa que, mesmo que a água seja suficiente para atravessar o final do período seco, entra-se no período chuvoso com as represas muito abaixo do que estavam há um ano.
 
Esta é a comparação honesta e informativa, não um truque gráfico que dá a impressão inversa.
 
Os dados que uso são todos oficiais e  estão todos disponíveis na internet, inclusive para a Folha, se ela quiser informar seus leitores com exatidão.
 
Reproduzo dois dos gráficos da Agência Nacional de Águas, para que o leitor do Tijolaço os compare e veja se lhe darão a mesma impressão que a Folha transmite aos seus. É só clicar para ver maior conferir, na imagem e nos links para os relatórios oficiais em cada data.
 

UM JORNALISMO DESACREDITADO...

Empresas perdem sentido e os jornalistas, seus empregos

Escrito por: Carlos Tautz
Fonte: Observatório da Imprensa
Antes de tudo, minha solidariedade às centenas de profissionais demitidos pelas empresas convencionais de comunicação. E, se isso ajudar de alguma forma, saibam que suas demissões pouco têm a ver com as razões apresentadas pelo patronato. Nada de queda de faturamento, concorrência com a internet, diminuição do número de anunciantes e leitores etc etc A verdade é outra e discutir alguns de seus aspectos mais amplos ajuda a entender o cenário em que nos encontramos.
 
A mais importante razão para o fechamento em massa de postos de trabalho é o posicionamento político radical da indústria de comunicação. A maior parte do que se noticia ou se deixa de noticiar nestes meios, em especial em matéria de política e de economia, está sujeita a este posicionamento, e não a tradicionais critérios jornalísticos.
 
Em grande medida, a informação publicada é um ato de fé e de interesse corporativo, que se enquadra em um sistema de ideias. Quem lê ou ouve uma notícia tem de se esforçar para separar o fato objetivo de sua interpretação ideológica.
 
Sempre foi assim na América Latina. Na ausência de instituições político-partidárias capazes de tecer uma narrativa lógica de sua forma conservadora e reacionária de ver o mundo, entram em ação os conglomerados de mídia para ocupar esse espaço.
 
Antes, reuniam-se na Sociedade Interamericana de Imprensa para jogar a sua parte na Guerra Fria. Agora, organizam-se no Grupo de Diários Américas para combater os mandatários que sucederam os governos eleitos na onda neoliberal dos anos 1990. Seus alvos preferidos são os governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai (este deposto por uma articulação em que as empresas de comunicação tiveram papel destacado), Peru, Venezuela e Uruguai.
 
Não é de se estranhar, assim, o que revelam pesquisas de confiança do leitorado. Elas apontam que boa parte do que é publicado vêm rapidamente deixando de fazer sentido para seus leitores, enfastiados de uma cobertura que se caracteriza por uma visão pré-concebida da realidade, recheada de preferências particulares e, muitas vezes, pouco vinculada à realidade factual.
 
Outras fontes de informação passam, então, a produzir sentido – como os inúmeros informativos gratuitos distribuídos pela internet, celulares etc. Ainda que eventualmente parciais, muitos deles assumem que posição defendem. Ao contrário da mídia convencional, não se arrogam o status de oráculo da verdade, de bastiões da informação crível e de guardião das instituições democráticas.
 
Blogs, sites e que tais têm seu valor justamente por serem apenas o que são, como atestam seu crescente impacto informativo. Por que então optar pela velha mídia convencional ideologizada?
 
É emblemático – inclusive por razões históricas – que o mais recente passaralho de grandes proporções ocorra n´O Globo. Ele é uma espécie de núcleo duro ideológico da holding Globo, a maior de sua área no Brasil, que por sua vez inspira politicamente os demais grupos do setor. Mais cedo ou mais tarde, as principais posições políticas do grupo Globo acabam mimetizadas pelas demais empresas.
 
É a segunda vez em 2015 (a primeira ocorreu em janeiro) que O Globo varre de seus quadros, numa onda só, dezenas de profissionais de imprensa – outras empresas do grupo fizeram o mesmo, mas dissimuladamente. Somando os dois tisunamis, foram quase 80 profissionais da redação mandados embora.
 
Os concorrentes miméticos d´O Globo seguem caminho semelhante, às vezes por razões distintas. No Rio de Janeiro, foi o caso do recentemente falecido Brasil Econômico, de O Dia e do provedor de acesso à internet IG, pertencentes à Portugal Telecom (PT). A PT investiu em mídia no Brasil buscando influência política para operar a telefônica Oi, em que detém cerca de 30% do capital votante. Sabe-se lá o porquê, a posse dos veículos de comunicação perdeu sentido para a PT, que não hesitou em fechar o BE e deixar o tradicionalíssimo O Dia em estado de alerta.
 
Em um ano, perto de dois mil postos de trabalho de jornalistas foram fechados no Brasil.
 
Pelo seu peso específico, o grupo Globo – pertencente à família mais rica do Brasil, segundo a Forbes – é o ator emblemático nesse movimento de perda de sentido das empresas de comunicação e dois momentos são particularmente especiais para exemplificar a repulsa à cobertura de O Globo e a consequente e imediata queda de sua audiência.
 
O primeiro é a capa do jornal em 17 de outubro de 2013, um dia após a PM ter desocupado a escadaria da Câmara dos Vereadores do Rio, onde centenas de manifestantes se reuniam pacificamente havia semanas. O Globo criminalizou preventivamente e violentamente os manifestantes. Desconsiderou que, culpados ou não, eles ainda precisariam ser julgados pela Justiça.
 
As consequências foram imediatas. Primeiro, repórteres que vão às ruas cobrir a realidade que a direção do jornal despreza queixaram-se do tratamento editorial das prisões. As caixas de email da redação foram entupidas de mensagens reclamando do tratamento dispensado aos manifestantes (todos foram soltos por falta de provas). E, nos dias seguintes, multiplicou-se por quase 20 o número médio de pedidos de cancelamento de assinaturas.
 
O jornal não reorientou sua cobertura e simplesmente optou por bloquear os sistemas de recebimento de e-mails e de pedidos de cancelamento.
 
O segundo momento se deu no início de agosto de 2015.
 
Um dos herdeiros do grupo Globo, João Roberto Marinho, tomou a iniciativa de procurar a Dilma e a bancada do PT no Senado para informar-lhes que o grupo desembarcara da tese do impeachment – contrariando a verdadeira cruzada pelo impedimento da governante em que seus veículos, a tevê à frente, estavam empenhados desde a posse até aquele momento.
 
Com efeito, viu-se um abrandamento na ferocidade das críticas a Dilma e ela recebeu generosos minutos no Jornal Nacional para que, pela primeira vez, pudesse se defender dos ataques que recebia.
 
As áreas de inteligência do governo federal circularam a informação de que essa mudança de posição se deve ao fato de a Globo ter sido escolhida pelos maiores grupos econômicos instalados no Brasil como porta-voz de uma posição de manutenção da ordem democrática. Eles possuem interesses valiosíssimos no País e o impedimento de Dilma poderia afetá-los, em um momento de turbulências internacionais.
 
Se esta versão se verifica ou não, é outra estória. O fato, objetivo, é que aconteceram as reuniões em Brasília e Dilma ganhou uma valiosa trégua capitaneada pelo mais importante grupo de mídia do País.
 
Assim, do dia para a noite, aquela que era achincalhada pelo noticiário do grupo Globo transformou-se naquilo que nunca deveria deixar de ter sido: apenas mais uma governante, cuja administração precisa ser escrutinada permanentemente por jornalistas, e não o Judas midiático a quem se imputam de chofre todos os crimes.
 
Com variações de escala, método e impacto político, situações desse tipo já ocorreram em muitas outras redações País afora. As maiores invariavelmente combinam cobertura conservadora com a publicação de colunistas reacionários e agressivos. Aliás… Quantos colunistas progressistas publicam na imprensa diária?
 
A sociedade é plural e tem direito a uma comunicação idem. Se não a encontra nas fontes convencionais, procura essa pluralidade em outras fontes.
 
A segunda grande razão central para o cíclico (e crescente) descarte em massa de postos de trabalho para jornalistas é a opção de os veículos de comunicação agigantarem seus departamentos de entretenimento e transformarem seus veículos noticiosos em meros cadernos divulgadores da sua própria indústria do lazer.
 
Entretenimento e relações públicas se disfarçam de jornalismo, usando-lhe as técnicas e a credibilidade individual de vários profissionais de imprensa. Vários deles e delas abandonam a redação e passam a estrelar de reality shows a programas de amenidades. Deixam se ser ótimos repórteres e se transformaram em apresentadores enfadonhos e arrogantes.
 
Jornalistas que insistem em desvelar as relações de poder passam a ser peças indesejáveis e altamente descartáveis. A extinção de postos de trabalho integram-se à lógica desse setor de informação-entretenimento (infotainment, como  um teórico estadunindense já chamou).
 
O próprio jornalismo passa a ser indesejado e inviável, se for entendido como uma forma de investigação e de vigilância sobre as relações entre o Estado e as corporações. Dessa maneira, por exemplo, fica impossível o grupo Globo cobrir as fraudes na CBF. Há décadas, ambos são sócios nas transmissões de futebol.
 
Entretanto, por mais sombrios que sejam, esses não são os únicos futuros possíveis para a nossa profissão. Quem a entende como uma forma de intervir na realidade tem vários e promissores exemplos alternativos, mesmo entre as empresas de comunicação que operam rigorosamente dentro dos limites do mercado de notícias.
 
Há experiências de organizações de jornalistas independentes – como a  Agência Pública no Brasil e o International Consortiun for Investigative Journalism nos EUA. Mas, o exemplo ótimo de empresa jornalística lucrativa e crítica – que vem rapidamente se recuperando de prejuízos em anos passados e batendo recordes internacionais de audiência – é o inglês The Guardian.
 
Não à toa, foi ao Guardian que Edward Snowden denunciou o sistema mundial de espionagem montada pela NSA estadunidense. O Guardian é uma prova concreta de que o jornalismo é viável sob qualquer ponto de vista.
 
A hora da demissão dói tanto que parece que nunca irá acabar. Quanto mais laços profissionais e de amizade pessoal se criam nos locais de trabalho, mais dramático e longo é esse momento triste. Para que ele sirva de lição, precisa ser compreendido como de fato é: não um ponto final. Mas, um ponto de partida para recriar o sentido do jornalismo e de jornalistas.

GRITO DOS EXCLUÍDOS

Grito dos Excluídos pede democratização da comunicação

Escrito por: Redação
Fonte: Rede TVT
O Grito dos Excluídos já acontece há 21 anos. Mas, com certeza, muita gente nunca ouviu falar sobre o ato, porque ele ocupa espaço muito pequeno na grande mídia. Não por acaso o lema deste ano do grito foi: "Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”
 
Douglas Belchior comentou o assunto.
 
Assista ao vídeo aqui.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

MOSTRANDO O PSDB...

Vídeo: PSDB rouba projeto
sobre dinheiro em campanha​

Requião denuncia manobra para permitir que a Odebrecht irrigue o Aecím


Por que o PSDB não vota, não põe o nome na reta?

Tem um ministro (sic) no Supremo que sentou em cima de uma decisão no Supremo que acaba com o dinheiro de empresas em campanhas eleitorais.

Como diz o amigo navegante Sidney Doria é o ministro (sic) que que dar o “Golpe Canguru” !!!

Dinheiro de empresas em campanha são como os R$ 2,5 milhoes da Odebrecht ao Aecím.

Mas, o PSDB e o DEM – essa coligação da treva que coiceia na Avenida Paulista - conseguiram fazer sumir com um projeto da Senadora Vanessa, com adendo do Requião, que tinha o mesmo objetivo.


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O passo a passo do Golpe do Gilmar no TSE !





sábado, 29 de agosto de 2015

SEMPRE O PIG...

Nassif, PHA
e o 1º Poder (da Globo)

Como o Governo militar tirou os americanos da sociedade com a Globo.


Conversa Afiada reproduz trechos de uma entrevista que Luis Nassif fez com Paulo Henrique Amorim sobre o “O Quarto Poder – uma outra história”.

O papel da TV Excelsior.

O padrão Boni de qualidade.

Repórter sem voz não entrava no jn – e tinha que ter mais de 40 anos…

Caco Barcelos é um cânone.

Bial e Fátima, não.

Collor não ia comer pela mão do Roberto Marinho.

Como caiu um diretor de jornalismo da Globo, Alberico de Souza Cruz – pai e filho da edição do jornal nacional com o debate Collor vs Lula: ele se achou forte demais !


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OS CINCO MAIS DANINHOS: MINO E LIRIO COM PHA


O QUARTO PODER: ROBERTO MARINHO GOVERNOU O BRASIL



LULA DE NOVO...

Lula: enquanto eu tiver
fôlego, tucanos não voltam

“Eles vão ter que aprender voar primeiro para depois voltar à Presidência”, afirmou o Presidente em BH

Lula: tucanos vão ter que esperar 2018


Em Belo Horizonte para participar de evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o Presidente Lula discursou para movimentos sociais e criticou parte da oposição que, em sua opinião, não aceitou a derrota da eleição presidencial de 2014, que reelegeu Dilma Rousseff. Em sua fala, o petista ainda reafirmou que não deixará o PSDB voltar ao poder.

“Eu perdi três eleições e eu ia, como dizia o Brizola, lamber as feridas. Eu respeitava os resultados. É um direito de vocês não concordarem com o nosso Governo, vocês cobrarem e vocês protestarem. Mas têm que esperar 2018. Têm que aprender esperar e fazer as coisas certas. Eu jamais vou dizer que sou candidato, mas não digo que não sou. Eu só quero que saibam o seguinte: enquanto eu tiver fôlego para percorrer o país, os tucanos vão ter que aprender a voar primeiro para depois voltar à Presidência. Deixem a Dilma governar e trabalhar”, disse o Presidente nesta sexta-feira (28) no  12º Congresso Estadual da central sindical, que completa 32 anos.

No evento, Lula enalteceu os programas sociais que o partido criou e ironizou as manifestações contra o PT e a Presidenta Dilma Rousseff.

“ [Antes], nós protestávamos porque queríamos mais educação. Eles protestam hoje porque conseguimos fazer com que o filho de um pedreiro virasse engenheiro e a filha da empregada virasse médica. Nós protestávamos porque eles não sabiam governar. Só governavam para um terço desse país. E nós governamos para 100% da população. A única diferença entre nós e eles é que nós protestávamos para conquistar e eles protestam contra as conquistas”, reforçou Lula na capital mineira.

E continuou: “Eu fiz oposição por muito tempo e nunca tive coragem de falar um palavrão contra ninguém. Não é a escola que dá educação para as pessoas. Tem gente que estudou demais e fala palavrão para a Presidenta. São eles, filhinhos de papai, que não se conformam com a ascensão social que aconteceu neste país”, opinou.

Leia outros trechos do discurso:

Apoio à Dilma:

É importante que a gente não perca de vista que estamos vivemos uma crise no mundo. A gente não pode jogar a culpa só nos outros, mas temos que ter claro: podemos discordar do nosso Governo, porém, ele é nosso Governo. Mexeu com ela, mexeu conosco e com o povo brasileiro.

A Dilma tem clareza de quem votou nela. 

Ô, Dilma, a CUT não concorda com tudo o que você fez, mas a CUT sabe o que você fez pelo país.

A gente tem o direito de discordar e cobrar, mas eles[ a oposição]  são muito pior do que nós. 

Em apenas 12 anos, a Dilma e eu fizemos 18 universidades e 455 escolas técnicas.

Provamos que o povo mais humilde precisava de oportunidade. 

Lava-Jato:


A gente que quer prenda qualquer um que roubou, mas não pode punir o trabalhador.

Petrobras é motivo de orgulho e todo mundo sabe que eles tentaram vender a empresa.

Esse ato em defesa da Petrobras é extraordinário.

Democracia:

Democracia é uma sociedade em movimento. Não queremos um pacto de silêncio. O que não aceitamos é que essas pessoas não tenham aprendido nada comigo.


Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada



Leia também:

LULA PROCESSA A GLOBO


SE FOR PRECISO, LULA ENTRA NA DISPUTA

BANDA LARGA: NOVOS 56 MILHÕES DE ACESSO.

Brasil ativou 56 milhões de acessos banda larga em um ano

Escrito por: Redação
Fonte: Tele.síntese

Modalidade móvel é responsável pela maioria dos acessos, com 38% de crescimento em relação a julho de 2014

O Brasil fechou o mês de julho com 221,3 milhões de acessos em banda larga, o que representou um crescimento de 34% frente a julho de 2014. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), em doze meses, 56 milhões de novos acessos foram ativados, ao ritmo de duas novas conexões por segundo.
 
A banda larga móvel, pelas redes de 3G e 4G, liderou a expansão dos acessos à internet, chegando em julho a 196,4 milhões de conexões, com 38% de crescimento em relação a julho de 2014. A banda larga pela tecnologia de quarta geração (4G) fechou julho com 14,7 milhões de acessos.
 
Na banda larga fixa, os acessos somaram 24,9 milhões em julho. Desse total, 1,6 milhão de conexões foram ativadas no período de doze meses, com crescimento de 6,7%. A rede fixa chega a 100% das cidades. A expansão também se deu na cobertura das redes de banda larga móvel, ativada em 474 novos municípios, no período de doze meses. Ao todo, as redes de terceira geração estão instaladas em 4.230 municípios, onde moram 94% dos brasileiros. O 4G já chega a 189 cidades, que concentram 46% da população brasileira. (Com assessoria de imprensa)

VIDA LONGA PARA A CUT...

Há 32 anos nascia a Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Escrito por: Isaias Dalle e Igor Carvalho
Fonte: CUT

Fundada em meio à efervescência da luta por democracia, a entidade foi protagonista na queda da ditadura militar

Neste 28 de agosto de 2015, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) completa 32 anos. Fundada em meio à efervescência da luta por democracia, a entidade foi protagonista na queda da ditadura militar, com milhares de trabalhadores organizados indo às ruas contra o governo.
 
Foi durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em São Bernardo do Campo, em São Paulo, que a CUT foi criada. Intensas discussões marcaram a formação da primeira Executiva, que culminou com a nomeação do metalúrgico Jair Meneguelli como primeiro presidente da Central.
 
A CUT se consagrou como a grande representante da classe trabalhadora brasileira, tornando-se a maior central do Brasil e da América Latina e a quinta do mundo. Com quase quatro mil entidades filiadas, a CUT representa mais de 24 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o País.
 
Durante seus 32 anos, a CUT teve seis presidentes, à frente de inúmeras conquistas à classe trabalhadora brasileira. Confira agora, por período, os principais avanços capitaneados pela Central:
 
Jair Meneguelli (1983-1994)
 
Uma recessão econômica, aliada ao desemprego profundo, eram os maiores desafios da classe trabalhadora nos idos de 1983. Delfim Netto e o presidente à época, o militar João Batista Figueiredo, insistiam no curvar de cabeças ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que ditava as regras no Brasil.
 
No dia 6 de julho de 1983, os petroleiros organizaram um dia de paralisação contra os rumos da economia, a submissão ao FMI e por garantias de direitos à classe trabalhadora. Em resposta, o regime militar interviu em diversos sindicatos, destituindo suas diretorias e entregando a administração das entidades para representantes dos patrões.
 
Até mesmo sindicatos que prestaram solidariedade aos petroleiros, como os metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, foram alvos de ataques dos militares e intervenções.
 
A Comissão Nacional Pró-CUT foi protagonista na construção da greve geral do dia 21 de julho de 1983, que parou o País. Ao todo, mais de dois milhões de trabalhadores e trabalhadoras cruzaram os braços.
 
A greve geral sedimentou o caminho e trouxe força política para a criação da CUT, pouco mais de um mês depois. Desde o princípio, a Central demonstrava seu compromisso com a classe trabalhadora, organizada a partir da base e consolidando um sindicalismo classista.
 
Vicentinho (1994-2000)
 
Eleito presidente da CUT em 1993, o então metalúrgico Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, foi responsável por comandar a Central durante a ascensão do sociólogo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao poder. Com o tucano, veio também o avanço do neoliberalismo, que intensificou o desemprego, com políticas favoráveis aos empresários e cumprindo a cartilha do FMI.
 
Em 1997, Fernando Henrique Cardoso se isolava na política nacional, entregando o País às multinacionais, por meio de privatizações, que seguem mal explicadas até os dias de hoje, e cumprindo as metas estabelecidas pelo FMI. Foi quando a CUT encabeçou o “Fórum Nacional de Lutas”, que uniu diversos movimentos sindical e sociais.
 
Na pauta, a defesa pela retomada dos empregos, a redução da jornada de trabalho, aumento de salários, reforma agrária, o fim das privatizações, auditoria nas empresas já privatizadas e a suspensão do pagamento da dívida externa.
 
João Felício (2000-2003) e (2005-2006)
 
Ainda na esteira do neoliberalismo promovido por Fernando Henrique Cardoso, o mandato do professor João Felício conseguiu uma das mais importantes vitórias contra o governo do tucano, que queria flexibilizar a CLT.
 
Com atuação importante do presidente da Câmara dos Deputados à época, Aécio Neves (PSDB-MG), FHC tentou aprovar o projeto – de sua autoria – que alterava o artigo 618 da CLT, em 2001, permitindo modificações em direitos básicos dos trabalhadores, como as férias e o 13º salário.
 
É fácil entender, hoje, de onde vem a conduta autoritária e antidemocrática do atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Aécio Neves não apenas trabalhou contra os trabalhadores como fechou as galerias, impedindo que os trabalhadores acompanhassem as discussões do projeto. Somente após a intervenção do STF, a Câmara foi aberta ao povo.
 
A CUT, aliada aos movimentos sociais, impediu a aprovação do projeto.
 
Luiz Marinho (2003 - 2005)
 
O ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC assumiu a Presidência da CUT em um momento singular na história da Central. Pela primeira vez, um governo apoiado pela CUT havia sido eleito, meses antes. O desafio era aproveitar o momento para implementar o máximo possível de propostas construídas ao longo de 20 anos e, ao mesmo tempo, manter a independência e cobrar quando preciso.
 
Nesse sentido, a principal marca do mandato de Luiz Marinho foi imaginar e concretizar as Marchas Nacionais do Salário Mínimo que, a partir de 2004, levam milhares de trabalhadores e trabalhadoras a Brasília para cobrar um mecanismo de aumento real do piso nacional.
 
Essa pressão, sempre ao final do ano, às vésperas da votação do Orçamento da União, serviu para que Lula passasse a aprovar aumentos acima da inflação, por meio de medidas provisórias. Começava ali a se consolidar a fórmula atual da política de valorização do salário mínimo: inflação + resultado do PIB = índice de reajuste.
 
Só depois, em 2007, a fórmula seria transformada em lei, em votação no Congresso Nacional. Luiz Marinho deixou a CUT em julho de 2005, após convite de Lula para assumir o Ministério do Trabalho, em meio à crise política instalada naquele ano.
 
Artur Henrique (2006 - 2012)
 
Resistência e diálogo podem ser duas palavras definidoras dos dois mandatos do trabalhador do setor elétrico Artur Henrique. Um dos momentos mais marcantes de sua gestão, e que teria reflexos positivos para o Brasil como um todo, foi a decisão da CUT de não participar de um acordo pretendido e anunciado pela Fiesp e pela Força Sindical para reduzir salários e suspender contratos em todos os setores de atividade, antes mesmo que os temidos efeitos da crise internacional de 2008 chegassem por aqui.
 
A recusa da CUT implodiu o acordo, defendido pelo empresariado e por setores da grande mídia. A partir daí, a CUT passa a costurar acordos com propostas para manter os empregos e os salários.
 
Não é exagero dizer que a posição da Central deu suporte para que o governo Lula enfrentasse com sucesso a crise financeira e impedisse que o desemprego contaminasse a vida brasileira.
 
Com Artur à frente, a CUT conquistou a ratificação da Convenção 151 da OIT- que garante negociação no setor público -; a aprovação da política de valorização do salário mínimo; a entrada em vigor de uma reivindicação histórica da Central, o fator acidentário previdenciário (FAP); uma legislação específica para garantir direitos trabalhistas às trabalhadoras domésticas, e a regulamentação do trabalho aos domingos no comércio, entre outros pontos.
 
Por intermédio do diálogo e da proposição, a CUT, junto com sua FUP (Federação Única dos Petroleiros) também deu importante contribuição para o atual marco regulatório de exploração do pré-sal.
 
Vagner Freitas (2012)
 
Sem dúvida alguma que a gestão do bancário Vagner Freitas se destaca pela atual disputa política, nas ruas, em defesa da democracia e da manutenção e ampliação dos direitos sociais.
 
A CUT tem sido protagonista na convocação e realização de atos nacionais para se contrapor à maior onda reacionária vista no Brasil desde a redemocratização.
 
Faz parte dessa onda a pauta reacionária do atual Congresso Nacional. A Central combateu o projeto de terceirização sem limites de diversas formas, conseguindo que o Senado, onde a proposta será analisada, se colocasse majoritariamente contra a ideia.
 
A resistência se intensifica à medida que a pauta do retrocesso sai da toca e apresenta projetos como redução da idade penal e a recém-apresentada Agenda Brasil, restritiva à classe trabalhadora.
 
Entre as conquistas para o trabalhador, a CUT registra neste período a isenção de imposto de renda para a participação nos lucros e resultados (PLR) recebida pelos trabalhadores, a manutenção da correção da tabela do imposto de renda e a continuidade da política nacional de valorização do salário mínimo.