segunda-feira, 13 de maio de 2019

AINDA MAIS DO MESMO...MILÍCIAS !!!


MPRJ e Polícia Civil fazem operação contra milícia em Maricá e São Gonçalo

Operação acontece em Maricá e São Gonçalo, na Região Metropolitana
Operação acontece em Maricá e São Gonçalo, na Região Metropolitana Foto: Reprodução / TV Globo

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Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) busca desarticular uma quadrilha de milícia que atua nos municípios de São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana. São 52 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão preventiva contra milicianos. De acordo com a polícia, até o momento são 15 presos. O bando age coagindo os moradores dessas localidades a adquirir serviços e produtos ilegais ou ilícitos em troca de vantagens financeiras, cometendo também homicídios.
De acordo com a delegada Bárbara Lomba, titular da Deelegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), as investigações tiveram início em janeiro desse ano a partir de informações de inquéritos de homicídios em Neves. A apuração levou os investigadores à identificação de Felipe Raoni da Silva, conhecido como Mineirinho, como autor dos crimes e integrante do grupo de milicianos. A investigação apurou que a arrecadação da organização girava em torno de R$ 100 mil por mês, ou então R$ 1,2 milhão ao ano, já que os valores cobrados podiam chegar até R$12 mil por estabelecimento comercial.
O objetivo dessa operação é desarticular três milícias com comandos distintos, mas com integrantes com atuação em mais de uma delas. O primeiro é liderado por Anderson Cabral Pereira, vulgo Sassa, com atuação nos bairros de Porto Velho, Porto Novo, Pontal e adjacências, em São Gonçalo. A segunda milícia é chefiada por Luis Claudio Freires da Silva, vulgo Zado, com atuação nos bairros Engenho Pequeno, Zumbi e adjacências, também em São Gonçalo. O último grupo de milicianos é comandado por Wainer Teixeira Júnior, com domínio nos bairros de Itaipuaçu e Inoã, em Maricá.
Com base em interceptações telefônicas autorizadas pela justiça, o núcleo de inteligência da especializada constatou que Mineirinho prestava serviço para dois desses grupos. As investigações indicam que os grupos ingressavam no território a partir do assassinato de traficantes ou assaltantes e assumiam o domínio do local alegando que iriam trazer paz e tranquilidade. Após assumirem o controle, o que chamavam de “ganho de chão”, os milicianos faziam o “aumento da folha" iniciando a cobrança da taxa. Em alguns casos, eles expulsavam familiares de rivais tomando os imóveis para a organização criminosa.
Entre os principais integrantes da milícia comandada por Sassa aparece Rodrigo de Oliveira Silva, vulgo Negão, braço direito do líder. No caso da milícia dominada por Zado, aparece ao lado dele Gerson Batista Junior, vulgo Gecinho. Neste grupo, consta como braço operacional Adriano Silveira da Rosa, vulgo Vaco, André Silveira da Rosa, vulgo Chaveirinho, entre outros criminosos. Já a milícia liderada por Wainer tinha entre seus integrantes Francisco Ribeiro Soares Junior, Vulgo Chicão; Luiz Carlos Pereira de Melo, vulgo Russo; Lucas dos Santos Costa, vulgo Luquinha; e João Paulo Firmino – este último apontado como autor da execução dos cinco jovens num condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Itaipuaçu, em 25 de março deste ano.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

MAIS DO MESMO...

Por Henrique Coelho, Marco Antônio Martins e Edivaldo Dondossola, G1 Rio e TV Globo
 

Polícia realiza operação para prender milicianos que atuam na Baixada e Zona Oeste
Bom Dia Rio
00:00/02:11
Polícia realiza operação para prender milicianos que atuam na Baixada e Zona Oeste
A Polícia Civil do RJ tenta prender 20 suspeitos de ligação com a maior milícia em atividade no estado. Nesta quinta-feira (14), a Operação Volante também cumpre 18 mandados de busca e procura sequestrar quase R$ 5 milhões em bens da quadrilha, como imóveis em condomínios na Zona Oeste do Rio.
Um dos alvos é Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, herdeiro da Liga da Justiça, milícia que atua na Zona Oeste do Rio e em pontos da Baixada Fluminense. Ambos são considerados foragidos.
Ao todo, 11 mandados foram cumpridos. O suspeito Márcio Gomes da Silva, conhecido como Pará, foi preso na manhã desta quinta e outros 10 presos já estão no sistema prisional cumprindo pena por outros crimes e agora também vão responder por mais esses. Os procurados respondem coletivamente por organização criminosa, além de outros crimes específicos para cada um - como extorsão, porte ilegal de arma, tráfico de drogas e agiotagem.

Zinho não foi encontrado em casa

Na casa de Zinho, foram apreendidas joias, dinheiro, um carro, um laptop e um aparelho celular.
Zinho já foi citado em outras investigações sobre a lavagem de dinheiro do grupo: ele é sócio da Macla Extração e Comércio de Saibro. O Ministério Público e a Polícia Civil acreditam que a empresa é utilizada para lavar o dinheiro do grupo. A sede administrativa da empresa, no Recreio, também é alvo de um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira.
Joias apreendidas na casa do miliciano Zinho durante operação na manhã desta quinta-feira (14) — Foto: DivulgaçãoJoias apreendidas na casa do miliciano Zinho durante operação na manhã desta quinta-feira (14) — Foto: Divulgação
Joias apreendidas na casa do miliciano Zinho durante operação na manhã desta quinta-feira (14) — Foto: Divulgação
Dinheiro apreendido na casa do Zinho, irmão do também miliciano Ecko — Foto: DivulgaçãoDinheiro apreendido na casa do Zinho, irmão do também miliciano Ecko — Foto: Divulgação
Dinheiro apreendido na casa do Zinho, irmão do também miliciano Ecko — Foto: Divulgação

Asfixia econômica

A polícia pretende atacar os métodos utilizados pela milícia para lavar o dinheiro adquirido com a cobrança de taxas de segurança, de compras de botijões de gás e outras taxas para luz, telefone e internet clandestina em diversas comunidades e bairros do Rio.
Segundo a polícia, o dinheiro adquirido através da cobrança dessas taxas é lavado em atividades legais, como empresas de incorporação e exploração de areia e saibro, uma das atividades mais rentáveis da milícia na Baixada Fluminense.
Quatro endereços já tiveram o sequestro decretado com autorização da Justiça. Nenhum desses imóveis, segundo a Polícia Civil, está em nome dos suspeitos. Todos os suspeitos, de acordo com as investigações, possuem imóveis incompatíveis com seus rendimentos:
  • Mansão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, no Recreio dos Bandeirantes, avaliada em R$ 1,7 milhão;
  • Sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, que pertence a Danilo Dias Lima, chefe da milícia que atua no município e também em parte de Nova Iguaçu, avaliado em R$ 1,3 milhão;
  • Casa de um policial em Campo Grande, na Zona Oeste, no bairro Rio da Prata, avaliada em R$ 1 milhão;
  • Imóvel no Centro de Itaguaí, também de Danilo Dias Lima, avaliado em R$ 850 mil.
A operação conta com apoio da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas (Draco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar do Rio.
Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, é empresário e irmão de Ecko, líder da milícia — Foto: Reprodução/Arquivo PessoalLuiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, é empresário e irmão de Ecko, líder da milícia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, é empresário e irmão de Ecko, líder da milícia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Lavagem de dinheiro

Em novembro, o Disque Denúncia aumentou para R$ 10 mil a recompensa para informações que levem à prisão de Ecko, um dos homens mais procurados do Rio de Janeiro desde 2018. Ele assumiu o comando do grupo depois da morte do irmão, Carlos, conhecido como "Carlinhos Três Pontes", durante operação da Polícia Civil em 2017.
O irmão de Ecko é sócio da Macla Extração e Comércio de Saibro. O Ministério Público e a Polícia Civil acreditam que a empresa é utilizada para lavar o dinheiro do grupo.
Luiz Antonio foi preso pela Draco em 2015 acompanhado por dois seguranças – um deles policial militar. O empresário acabou liberado no Plantão Judiciário.
A relação entre o irmão de Ecko e a lavagem de dinheiro da milícia foi revelada na série Franquia do Crime, do G1, que mostrou ainda que 2 milhões de pessoas viviam em áreas dominadas por milícias no Rio de Janeiro e na Região Metropolitana, incluindo a Baixada Fluminense e o município de São Gonçalo.
Em 29 de agosto de 2018, a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão contra Zinho em um sítio no Espírito Santo. O irmão de Ecko conseguiu fugir pela mata, mas a polícia apreendeu o celular dele, deixado no momento da fuga.
Atividade de extração ilegal de areia em Seropédica, segundo a Polícia, é uma das formas de lavagem de dinheiro da milícia comandada por Ecko — Foto: Polícia Civil/ DivulgaçãoAtividade de extração ilegal de areia em Seropédica, segundo a Polícia, é uma das formas de lavagem de dinheiro da milícia comandada por Ecko — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Atividade de extração ilegal de areia em Seropédica, segundo a Polícia, é uma das formas de lavagem de dinheiro da milícia comandada por Ecko — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
No dia 1 de fevereiro, o sigilo foi quebrado e foi divulgada a decisão da juíza Regina Celia Novais, da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz, determinando a prisão de Ecko e mais 42 pessoas acusadas de pertencer à milícia de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste, também com atuação em municípios da Baixada Fluminense. Herdeiro da Liga da Justiça, Ecko segue foragido.
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  • Mariposa Guadalup
    HÁ 3 MESES
    Quem tiver um trocadinho meta o pé do RIO , a milícia manda em tudo e em todos , batalhão , delegacia , prefeitura no estado nos hospitais , nos políticos , virou uma imensa facção criminosa a serviço da destruição do estado , vergonha , sempre o pobre trabalhador pagando a conta da miséria e sofrimento , aqui só tiro porrada e paredão ....