quarta-feira, 2 de julho de 2014

MAIS UM RECORD DO PRÉ SAL.

Mais um recorde na produção do pré-sal

Data: 01/07/2014 
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Apenas oito anos após a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, ocorrida em 2006, a Petrobrás anunciou novo recorde na produção diária, que no último dia 24 de junho atingiu 520 mil barris. Desse volume, extraído de apenas 25 poços produtores, 78% (406 mil barris por dia - bpd) correspondem à parcela da própria Companhia, e os 22% restantes à contribuição das empresas parceiras.
A Petrobrás destaca que a magnitude do resultado obtido pode ser melhor percebida através da comparação com o próprio histórico da produção. Afinal, desde a fundação da empresa estatal, em 1953, foram necessários 31 anos para alcançar a marca de 500 mil barris diários, o que ocorreu no final do ano de 1984, com a contribuição de 4.108 poços produtores. Já no pós-sal da Bacia de Campos, onde a primeira descoberta ocorreu em 1974, foram necessários 21 anos para produzir 500 mil barris diários de petróleo. Este nível de produção, alcançado em 1995, contou com a contribuição de 411 poços produtores.  
“O excelente desempenho do pré-sal brasileiro é, também, realçado pela comparação com outras importantes províncias produtoras no mundo. Na porção americana do Golfo do México, por exemplo, foram necessários 20 anos, a partir da primeira descoberta, para se produzir 500 mil barris diários. No Mar do Norte, o patamar foi atingido em dez anos”, acrescenta a matéria, publicada no blog Fatos&Dados.
Com relação à contribuição das empresas parceiras, o engenheiro Ildo Luís Sauer, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP e ex-diretor de Petróleo e Gás da Petrobrás, defende que a Petrobrás seja contratada diretamente pelo governo para ser a única operadora do pré-sal. “Não há razão alguma para promover contratos de concessão ou de partilha, que por si definem o ritmo de produção, segundo a lógica microeconômica dos sócios dos contratos, e não no interesse geopolítico do país, que precisa coordenar a produção com a OPEP, com a Rússia e demais produtores”.
Tal coordenação, na opinião de Sauer, garantiria a manutenção do preço do barril na faixa de US$ 100, uma garantia de viabilidade econômica para o uso desse recurso natural para o desenvolvimento das nações produtoras. “Já os cartéis privados e os interesses geopolíticos de países ligados a eles pretendem quebrar a espinha dorsal da Opep e da Rússia aumentando a produção e fazendo cair o preço”, pondera, alertando que o Brasil não pode ceder a este jogo.
A prioridade do país, para o ex-diretor da Petrobrás, deveria ser a conclusão do processo exploratório da nova província petrolífera. “Precisamos saber qual o volume do recurso – se são 50, 100, 200 ou até 300 bilhões de barris. Basta contratar a Petrobras, como permite a lei, para realizar cerca de 100 poços exploratórios, sobre a área do pré-sal, a um custo de cerca de US$ 6 bilhões”, defende.
“A partir deste conhecimento, será possível definir o ritmo de produção apenas para abastecer as necessidades internas e gerar excedente econômico para financiar um plano nacional de desenvolvimento econômico e social, com ênfase na educação e saúde públicas, na reforma urbana e agrária, na ciência, tecnologia, proteção ambiental, transição energética para fontes renováveis e infraestrutura produtiva.”

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