domingo, 26 de outubro de 2014

DOIS PROJETOS DIFERENTES.

Duas juventudes e dois projetos diferentes

Nitidamente, as eleições deste domingo, dia 26, colocam em disputa dois projetos de poder: Dilma representa a inclusão social, Aécio significa a exclusão. Mas é interessante comparar também os tempos de juventude dos dois candidatos.   
Aécio nasceu em berço de ouro, de uma família da aristocracia rural e que estendeu seu patrimônio pela área urbana. Já aos 17 anos de idade, por indicação da família, assumiu o cargo de secretário parlamentar na Câmara dos Deputados. Seu pai, Aécio Cunha, era deputado federal pela Arena – o partido de apoio da ditadura militar – e o seu avô era Tancredo Neves. Aos 25 anos, Aécio foi nomeado diretor da Caixa Econômica Federal, durante o governo José Sarney (1985-1990). A nomeação foi assinada pelo então ministro da Fazenda Francisco Neves Dornelles, seu primo. 
No poder, Aécio soube retribuir as gentilezas feitas por seus familiares. No governo mineiro, o tucano conseguiu aprovar a criação de cargos comissionados para empregar nove parentes. Um deles, Fernando Quinto Rocha Tolentino, ficou nacionalmente conhecido como o "guardião das chaves” por ser o responsável pelo acesso ao aeroporto que Aécio construiu com recursos públicos na cidade de Cláudio, ao custo de R$ 14 milhões. Aécio também empregou o primo Tancredo Augusto Tolentino Neves, mais conhecido como Quêdo. Ele foi preso, em 2012, por integrar um esquema de venda de decisões judiciais do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para traficantes.
A irmã Andrea Neves, quando chefiou a Comunicação Social do governo mineiro, foi apontada como a principal responsável pela censura aos meios de comunicação do estado. Também teria pedido a demissão de jornalistas que publicavam notícias negativas para a gestão do irmão no governo, de acordo com denúncias do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
Já Dilma Rousseff, desde os 17 anos de idade, combatia a ditadura militar, entrou para a resistência armada, foi presa, torturada e ficou três anos nos porões da ditadura. Nasceu em Minas Gerais, mas, como ela mesma diz, "saí daqui apenas porque fui perseguida pela polícia na época da ditadura”. Libertada, foi reconstruir sua vida em Porto Alegre, onde se casou, teve uma filha e, já no período da redemocratização do país, ingressou no PDT, fazendo parte do governo de Alceu Colares. Mais tarde, entrou no Partido dos Trabalhadores e hoje é a principal responsável pelas políticas públicas de inclusão social de milhões de brasileiros que estavam à beira da miséria.


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