domingo, 15 de fevereiro de 2015

O NOSSO BLOCO NA MÍDIA..

Ativistas feministas, da liberação da maconha e contra aumento de tarifas aliam suas causas à folia nas ruas

O DIA
Rio - Além dos estandartes, este Carnaval será ocasião de erguer bandeiras políticas. Pelo menos cinco blocos desfilarão misturando folia e lutas sociais nas ruas do Rio. É o caso do Plantando a Mente, pela legalização da maconha, e o Bloco das Mulheres Rodadas, festa feminista estreante nesse Carnaval.
O bloco Fala Puto, que Eu te Escuto desfilou sexta-feira, na Cinelândia
Foto:  Uanderson Fernandes / Agência O Dia
A jornalista Renata Rodrigues,38, criou o evento “Bloco das Mulheres Rodadas” no Facebook, depois de ver uma publicação machista na rede social. E o que começou como uma brincadeira ficou sério. “Em poucos dias milhares de pessoas estavam confirmadas”, contou. Ela então chamou amigos para fazerem a festa na Quarta-feira de Cinzas, às 10h, no Largo do Machado. Para a jornalista, a mistura de política e Carnaval sempre foi algo comum. “É uma época de questionar padrões”, justificou. Ela acredita ser positivo levar esses temas para um número maior de pessoas de forma leve. Mas ponderou: “isso não pode ser só uma piada de Carnaval”.
Com o enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”, o Comuna que Pariu também vai engrossar o coro feminista. O bloco desfila na segunda-feira, às 15h, na Rua Alcindo Guanabara, Centro.
O Pula Roleta surgiu em 2012 nos protestos contra o aumento das passagens e não parou quando fevereiro chegou. “Transformamos o Carnaval em luta e a luta em Carnaval”, contou Diego Souza, 31, um dos fundadores.
Samantha Su, 21, organizadora do Fala Puto, que Eu te Escuto, folia formada por comunicadores populares, acredita que essa é uma ótima estratégia para tirar a ideia de que política é algo chato. “A luta faz parte do cotidiano, inclusive da festa”, explicou.
Souza acredita que blocos de rua políticos são um reflexo dos protestos de 2013. “Temos uma sociedade mais crítica e mobilizada. O Carnaval está dando espaço para isso”, declarou. Ele também falou do caráter popular das mobilizações políticas e que isso inclui música, dança e cultura. “Não acreditamos numa revolução que não saiba dançar”, c

Nenhum comentário:

Postar um comentário