quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O PIG SEMPRE ENGANANDO O POVO.

Mídia tenta transformar blecaute em apagão e torce por racionamento

Escrito por: Redação
Fonte: Vermelho

O corte de luz ocorrido nesta segunda-feira (19) em dez estados brasileiros, provocado por uma sobrecarga no sistema, em razão do consumo excessivo decorrente do recorde de calor nas capitais brasileiras, reacendeu uma esperança na oposição e em seus braços nos meios de comunicação: a de que a presidenta Dilma Rousseff, ex-ministra de Minas e Energia, decrete um racionamento, assim como fez o ex-presidente FHC, em 2000.

Nesta terça-feira (20), a comentarista Miriam Leitão, do Bom Dia Brasil, da rede Globo, foi categórica: "O que houve foi racionamento". No Estado de S. Paulo e no Valor (dos grupos Folha e Globo), a estrela do dia foi o consultor Mario Veiga, que aponta o risco "cada vez maior" de racionamento em 2015. No Globo, a manchete do dia também prevê novos apagões ao longo do ano, o que tem sido descartado pelo governo.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não faltará energia, mas ela ficará mais cara, em razão do acionamento das térmicas, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estão vazios.
Para a oposição, um eventual racionamento seria uma vitória simbólica em relação ao governo Dilma, uma vez que um de seus grandes trunfos, nas campanhas presidenciais de 2010 e 2014, foi o de ter evitado apagões como o de 2000, com o planejamento da expansão do setor elétrico, com obras como as usinas do Madeira, de Belo Monte e de Angra 3, além dos programas de energias renováveis.
Por enquanto, o que aconteceu no Brasil em 2015 foi apenas um blecaute, mas a torcida de setores da mídia por racionamento é evidente.
Perspectivas do governo
Dados da Eletrobras divulgados no fim do ano passado, apontam um crescimento de 3,9% ao ano da carga do sistema elétrico. Com isso, o Brasil sairá de 554,6 GW, em 2013, para 817,7 GW, em 2023, um aumento de 47,43%.
Em termos de potência instalada, o crescimento atingirá 56,33%, indo de 124,8 GW (2013) para 195,1 GW (2023). O crescimento da potência instalada garantirá uma maior segurança no abastecimento, ao mesmo tempo em que permitirá o crescimento do país e a incorporação de um maior número de pessoas à rede de distribuição.
O esgotamento da fonte hídrica provocará um processo de transformação da matriz elétrica nacional nos próximos dez anos. Segundo estimativa da Eletrobras, a hidroeletricidade permanecerá como a fonte dominante, mas a sua participação cairá dos atuais 69% para 61% em 2023.
Em compensação, a fonte eólica saltará dos atuais 2% de participação para 12%, e a fonte solar, que hoje sequer consta da matriz, atingirá 2%, igualando-se ao carvão, ao óleo combustível e à energia nuclear.
Os investimentos totais, em usinas já contratadas, segundo o Plano Decenal de Energia 2013-2023, é de R$ 80,5 bilhões.
Da Redação do Vermelho
Com informações do Brasil 247
 

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