quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Os perigosos impactos da atividade petroleira


O Fórum Social Temático reuniu representantes
do Greenpeace Brasil, do Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
(Ibase), do Sindicato dos Petroleiros
do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), e da Associação
dos Engenheiros da Petrobras
(Aepet), para discutir os impactos das atividades
petroleiras. O debate, realizado no
auditório da Escola de Engenharia da
UFRGS, foi pautado nos custos da exploração
do pré-sal e na ausência de uma política
que incentive o uso de energias renováveis
e limpas.
Em defesa de uma mudança radical na
forma como a energia é produzida, distribuída
e consumida, a representante do
Greenpeace Leandra Gonçalves, alertou
para a nossa dependência da exploração
dos recursos naturais não-renováveis.
“Aproximadamente 70% dos investimentos
para gerar energia são destinados
para atividades de consumo de combustíveis
fósseis poluentes”, diz a representante
do Greenpeace.
E com a descoberta do pré-sal, segundo
Leandra Gonçalves, há uma preocupação
de eternizar essa dependência. As estimativas
mostram que as emissões de
dióxido de carbono (CO2) provenientes da
exploração da camada do pré-sal podem
ser iguais ou maiores do que o desmatamento
da Amazônia inteira, “ameaçando
a biodiversidade e o nosso futuro aqui na
Terra”, declara. Leandra completa observando
que, “desde a descoberta do petróleo
na camada do pré-sal brasileiro, a sociedade
ainda não teve a oportunidade de
refletir e debater essa atividade de exploração
e os impactos para a biodiversidade
marinha, para as comunidades costeiras
e para a sociedade em geral. A sociedade
está sendo privada de uma discussão de
políticas públicas que questiona que
modelo de desenvolvimento queremos”.
Por sua vez, Cândido Grysbowski (diretor
geral do Ibase), avalia que, apesar da
crise civilizatória não se limitar ao petróleo,
o modelo está cada vez mais dependente
desta fonte de energia, “ele é o motor do
atual modelo político e econômico vigente
no planeta. As cidades são construídas para
consumir cada vez mais petróleo e não se
discute se precisa ter mais ou menos controle
sobre a atividade de exploração”. O
diretor do Ibase garante não ser contra a
atividade petroleira, mas defende a necessidade
de repensar a geopolítica mundial do
petróleo. “Estamos no limite. Há um grande
risco de afetar a integridade do planeta”,
alerta Cândido.
Ao reconhecer os impactos da indústria
do petróleo, o diretor do Sindipetro-RJ,
Edison
Munhoz
, denunciou a situação dos municípios
produtores de petróleo, a falta de
infraestrutura, a precarização do trabalho
a que estão submetidos os petroleiros, e
os danos ambientais e sociais causados pela
ambição da exploração do petróleo. Mas
defende que “é possível gerar emprego
verde e sustentável nas atividades petroleiras
e pensar numa atividade de exploração
mais responsável, comprometida
com a defesa do meio ambiente”.
Já o presidente da Aepet Fernando Siqueira,
defendeu a estrutura desenvolvimentista
em cima do petróleo, como uma alternativa
para gerar recursos para investir em
energias limpas. “Para substituir a atual fonte
de energia para energias alternativas, exige
um tempo de 20, 30 anos. Podemos articular
essa transição energética através dos
recursos do pré-sal. Sem dúvidas, o Brasil é
o país com maior capacidade de substituir a
energia”, finaliza Siqueira.
O debate foi encerrado com a participação
do grupo de teatro do Sindipetro-
RJ, com uma bem humorada esquete sobre
a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso.

2 comentários:

  1. Enquanto isso em Maricá os funcionários fantasmas da prefeitura,junto as Ongs de algibeira,associações alucinóginas e outros trambiqueiros continuam nas tetas da Petrobrás e da sua agenda 21 farjuta.

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  2. Aqui em maricá a agenda 21 da Petrobrás,diz-se Comperj,ou pior local, mente ao povo e se utiliza defantoches para sobreviver.

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