A NOVA ALTERNATIVA DA DIREITA.

Marina é a alternativa eleitoral para os golpistas

Clube Militar declara apoio na candidata do PSB como única candidata capaz de tirar o PT do governo

 Clube Militar apoia Marina Silva.

Uma das principais expressões do golpismo no Brasil hoje, o Clube Militar deposita suas esperanças nestas eleições em Marina Silva (Rede/ PSB). Ainda que com receio, a agremiação de militares aposentados afirma que após a morte de Eduardo Campos, a Marina aprece como uma alternativa possível de ser eleita, para tirar o PT do governo.
Desde a eleição de Lula, o Clube Militar se posiciona contra o governo e nos últimos anos tem aumentado do discurso abertamente golpista. Este ano, por exemplo, seguiram a tradição que têm de comemorar a chamada “revolução de 1964”, que completou 50 anos em abril. Mesmo com a proibição da atividade por Dilma e pelo Ministério da Defesa, os militares da reserva, por não serem subordinados às Forças Armadas, fizeram esta provocação.
Diante do agravamento da crise capitalista mundial e da falência completa da direita tradicional brasileira nas eleições, alguns setores da direita e da extrema-direita, já afirmam que a única alternativa seria um golpe. Tal empreendimento, no entanto, é extremamente complicado e delicado, visto que pode haver uma reação, levando a uma guerra civil ou um contragolpe, levando o país ainda mais à esquerda.
O ressurgimento de Marina Silva, alavancada pelo acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos e por grande parte da imprensa burguesa que a apresenta como candidata viável, representa uma alternativa, não ao golpe, mas ao governo do PT e à relativa estabilidade que consegue manter.
O texto publicado no sítio do Clube Militar como opinião do mesmo e assinado pelo general sulista, Clovis Purper Bandeira aponta, no entanto, que Marina pode ser boa para as eleições, mas não para governar. Além da falta de apoio de partidos e a impossibilidade de formar uma maioria no congresso, o general se mostra reticente com medidas propostas pela ex-ministra do Meio Ambiente que, para ele, cheiram a “bolivarianismo” e “sovietes petistas”.
“Sua figura messiânica, suas declarações vagas, suas promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre nacional, acenam com uma “nova política” misteriosa, mistura de propostas esquerdistas e ambientalistas, entre as quais maior participação direta, governar com pessoas e não com partidos, participação direta popular no governo, por meio de plebiscitos e consultas populares (cheiro de bolivarianismo), criação de conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas), orçamento participativo etc.” (clubemilitar.com.br)
O apoio a Marina Silva se dá devido ao acordo de seu programa com o imperialismo, favorecendo bancos e especuladores internacionais de forma muito mais profunda do que o governo Dilma já faz. A possibilidade do governo de Marina não conseguir se sustentar, certamente, também é bem visto pelo clube de golpistas, o que abriria uma possibilidade para atuarem.
Ficam cada vez mais evidentes os laços de Marina Silva com o imperialismo e a ala mais à direita da burguesia brasileira. Com um ar esquerdista e apoio desde militares ao Itaú e o megaespeculador Jorge Soros, esta é a única alternativa para retirar o governo nacionalista do PT nestas eleições.