quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CAMPANHA DO PETRÓLEO EM 2014

Campanha do petróleo:  lutas e desafios

Em 2014 a companhia esteve sob fogo cruzado. Seus inimigos históricos jogaram todas as cartadas para destruir a empresa, em favor de interesses externos. Em 2015, o bombardeio vai continuar. Os abutres já pregam abertamente contra o conteúdo nacional, ameaçam derrubar a Petrobrás como operadora única do pré-sal, paralisam as obras das refinarias que traçam o caminho da soberania e da independência energética, levam a empresa a suspender investimentos. O desemprego em massa já se anuncia.
Só a mão firme do Estado, aliada a uma forte mobilização popular poderá fazer frente à previsão de fortes ventos e tempestades. A campanha do petróleo inicia 2015 com uma grande plenária, lançando uma cartilha que revela as verdadeiras intenções por trás dos ataques à empresa. A distribuição da cartilha deve ser massificada.  Os trabalhadores  e as futuras gerações serão grandemente prejudicados se os abutres (petrolíferas e empresas estrangeiras) que estão loucos para se apropriar do nosso petróleo e gás vencerem essa batalha, em detrimento dos empregos, da economia nacional e da soberania do país.
LUTA CONTRA O FRACKING E DEFESA DA PETROBRÁS
No ano que se encerra, a campanha centrou suas atenções, sobretudo, na luta contra o fracking.  Um dos momentos de destaque foi o seminário realizado em julho, no auditório do Sindipetro-RJ, ao lado de organizações nacionais e internacionais que já combatem esse método de extração de gás por fracionamento hidráulico, uma terrível ameaça ao meio ambiente. O seminário contou com a participação de pesquisadores e técnicos da Associação de  Servidores do Ibama (Asibama); Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía da Guanabara (FAPP-BG) Observatório Petróleo Sur, da Argentina;  Fiocruz; Campanha por Um Brasil Livre de Fracking; além da Aepet e do Sindipetro-RJ.
A boa notícia é que essa luta obteve uma importante vitória. O Ministério Público do Paraná conseguiu suspender na Justiça os efeitos decorrentes da 12ª Rodada de Licitações realizada pela ANP, que ofereceu a exploração de gás de folhelho (o “gás de xisto”), na modalidade fracking, na Bacia do Rio Paraná. O principal argumento foi a preservação do Aqüífero Guarani.
Também em julho (29), a Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso manteve a tradição, participando da procissão de barcos organizada pelos pescadores da Baía da Guanabara com faixas, distribuição de camisetas e panfletos alusivos à defesa da Petrobrás 100% estatal e pública. Os petroleiros se integraram à procissão pelo quinto ano consecutivo.
No Grito dos Excluídos – 7 de setembro -  a campanha do petróleo participou das manifestações, junto aos movimentos sociais, reivindicando que os recursos da extração de petróleo devem ser revertidos em benefícios sociais (educação, saúde, moradia, reforma agrária).
As denúncias de corrupção envolvendo políticos e diretores da empresa foram tema de várias plenárias. Em atos públicos, petroleiros e apoiadores da campanha pediram a punição de corruptos e corruptores, mas também destacaram o papel fundamental que a Petrobrás sempre desempenhou e continua a desempenhar no desenvolvimento nacional. “Não se pode” – como costuma dizer o diretor do sindicato Emanuel Cancella, “jogar o bebê fora, junto com a água suja da bacia”. A Petrobrás é maior que os velhos esquemas de corrupção que só agora têm merecido destaque da imprensa.  
No dia 28 de novembro, centenas de pessoas se concentraram em frente ao Edise, num ato promovido pela campanha “O Petróleo Tem Que Ser Nosso”, em defesa da Petrobrás 100% estatal e pública e livre de corruptores e de corruptos. 
Nos últimos anos, desde o final de 2006, a Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso editou, livros, cartazes, panfletos, cartilhas, filmes, animações, revistas, jornais, folhetos de cordel,  CDs, peças de teatro. Promoveu passeatas, atos-show, palestras, debates, seminários, simpósios, concursos de texto e imagem entre estudantes do pré-escolar à universidade, além de acampamentos em locais estratégicos e ocupações simbólicas de espaços públicos como ministérios, prédios da Petrobrás, a sede da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).  No final de 2013, protestos contra o leilão do Campo de Libra mobilizaram a força tarefa nacional contra o povo e levaram a Presidência da República a se justificar em rede nacional de TV.   Em 2014, tivemos a vitória contra o fracking. A justiça também bateu o martelo, definitivamente, rejeitando todos os recursos que ainda tentavam validar a 8ª rodada de leilão, quando a Petrobrás teve a sua participação prejudicada.
O petróleo e o papel do Brasil no cenário mundial
Os petroleiros, através do Sindipetro-RJ, sabem que têm pela frente, em 2015, mais um período de lutas, que se anuncia duríssimo. No artigo “O petróleo e o papel do Brasil no cenário mundial”, o diretor do Sindipetro-RJ Francisco Soriano lembra que, nos próximos anos, o sistema energético pode entrar em colapso em várias partes do mundo. O Brasil é um dos poucos países onde as fontes naturais de energia são diversificadas e abundantes. Além do petróleo e hidroelétricas, temos água, biomassa, recursos minerais estratégicos como o titânio, urânio, tântalo,nióbio, dentre outros. Sem falar no potencial de energia eólica e solar.
Daí a necessidade de muita cautela e de não nos deixarmos levar por emocionalismos, na situação crítica que opaís atravessa. Todo o petróleo tem que ser nosso, A luta é o único caminho. O confronto será inevitável.
Fonte – texto da jornalista Fátima Lacerda, da Agência Petroleira de Notícias.


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