ELEIÇÕES COLOCAM NA
AGENDA POLÍTICA DO PAÍS A REFORMA POLÍTICA E A DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA
A recente campanha eleitoral demonstrou
mais uma vez que o Brasil precisa avançar no desafio da democratização da
mídia. Estudos comparativos feitos sobre as capas das principais revistas
semanais, ou sobre o conteúdo das manchetes, editoriais e matérias dos
principais meios comerciais de comunicação do país, ao longo da campanha,
demonstram que a mídia privada tem lado neste país, e atua como um verdadeiro
partido político de oposição a governos mais progressistas e populares. A
censura e perseguição imposta pelo candidato conservador Aécio Neves a
jornalistas e blogueiros de Minas Gerais, os compromissos assumidos pela
Presidenta Dilma Rosseff no sentido de regulamentar a neutralidade de rede
(internet livre), de garantir um fortalecimento do programa de banda larga para
todos, assim como suas declarações favoráveis a uma 'regulação econômica' da
mídia, a guerra de opiniões e de informações travada no território das redes
sociais, além do nefasto episódio da tentativa da Veja de manipulação da
informação e de influenciar o resultado final da votação do 2o turno, ao
antecipar uma edição fantasiosa e caluniadora de sua revista, às vésperas da
votação, e o grito represado de centenas de militantes que ecou no ato do
pronunciamento oficial da candidata vencedora ("...O povo não é bobo,
abaixo a Rede Globo..."), ironicamente transmitido ao vivo e a cores para
todo o país pelas redes de TV e rádio, colocaram o tema da Democratização
da Mídia no centro da agenda política do país, ao lado de uma
necessária Reforma Política.
A responsabilidade de ativistas e
entidades que lutam há muitos anos pela democratização da comunicação em nosso
país, se já era grande antes das eleições, torna-se agora muito maior. Não é
possível combater o poder dos grandes oligopólios dos grupos midiáticos em
nosso país, e não teremos avanços significativos na conquista de uma regulação
da mídia que a faça mais plural e democrática, sem muita mobilização da nossa
cidadania. Por isso, convidamos a todos e todas, cidadãos e cidadãs de nosso
Estado, a juntar fileiras com o nosso movimento, como está acontecendo em
nossos comitês pelo país a fora, ajudando a divulgar e implementar nossas
campanhas e nossas lutas, em particular a campanha pelo Projeto de Lei de
Iniciativa Popular (PLIP) da Midia Democrática. Blogueiros progressistas,
ativistas digitais e das mídias livres e alternativas, comunicadores populares,
radiodifusores comunitários, estudantes e professores/pesquisadores de
comunicação, militantes da comunicação pública, produtores culturais e do
audio-visual independente, ativistas da área de telecomunicações,
representantes de partidos progressistas, de centrais sindicais e sindicatos,
de ong's, coletivos, entidades e movimentos sociais, profissionais da
comunicação que tem consciência e responsabilidade de seu papel social, vamos
todos juntos nos unir em torno de um movimento forte e coeso pela
democratização da mídia, fortalecendo a FALERIO - Frente Ampla pela Liberdade
de Expressão do Rio de Janeiro, que é o nosso comitê local do FNDC - Fórum
Nacional pela Democratização ca Comunicação.
Nossa próxima reunião será no dia 04 de
novembro (terça), a partir das 19 hs, no auditório do Sindicato dos Jornalistas
do Rio (Rua Evaristo da Veiga, n.16 / 17o andar, Cinelândia). Venha participar,
e ajude a convocar e mobilizar seus amigos e conhecidos.
A pauta sugerida para esta reunião é a
seguinte:
1. Projeto de
Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática - como ampliar a coleta de
assinaturas.
2. Fórum
Brasil de Comunicação Pública, 13 e 14 de novembro, Brasília - objetivos,
programação, como participar.
3. Canal da
Cidadania - situação atual desta luta no RJ, iniciativas em curso, próximos
passos.
4. Outros
informes.
Terça, 04 de
novembro, a partir das 19 hs
Sindicato dos
Jornalistas do Rio
Rua Evaristo da
Veiga, n.16 / 17o andar, Cinelândia
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