terça-feira, 22 de maio de 2012

Greve dos Professores das Universidades Federais

RIO - Em assembleia realizada nesta terça-feira (22/Maio/2012), no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS), os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram aderir à greve nacional convocada pela Associação Nacional de Docentes da Educação Superior (Andes). Estavam presentes 155 docentes, além de alunos e servidores. Apenas um votou contra a paralisação. Com a adesão da UFRJ, já são 43 as universidades federais em greve em todo o país. É a primeira vez em mais de 10 anos que os professores da instituição decidem entrar em greve. A última paralisação foi em 2001 e durou quatro meses. Professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), da Universidade federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) também cruzaram os braços.
O presidente da Associação dos docentes da UFRJ (Adufrj), Mauro Iazi, acreditava na aprovação da greve mesmo antes da assembleia.
- Vivemos a contradição da expansão do ensino superior, sem recursos para acontecer. É preciso a regulamentação do plano de cargos, carreiras e salários, a reestruturação da carreira, a valorização do professor - disse.

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Os professores também reivindicam melhorias nas condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas universidades para atender ao aumento da oferta de vagas promovida através do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades (Reuni). De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, o atual plano de carreiras não permite um crescimento satisfatório do professor ao longo da carreira:

— Hoje para chegar no teto da carreira, o professor levaria quase 30 anos.

Para o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço na negociação. Aloisio Porto acredita que a adesão da categoria ao movimento aumente nos próximos dias.

Além das 43 universidades, os professores do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais, do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais) e do Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais também entraram em greve.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o plano de carreira de professores e funcionários deve ser aplicado somente em 2013. Segundo o MEC, as negociações salariais com a categoria começaram em agosto do ano passado, quando se acertou um reajuste de 4% - já garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março.

Confira as instituições que aderiram à greve:

1. CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais
2. FURG (Universidade Federal do Rio Grande)
3. IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais)
4. IFPI (Instituto Federal do Piauí)
5. Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais
6. UFAC (Universidade Federal do Acre)
7. UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
8. UFCG (Universidade Federal de Campina Grande)
9. UFERSA (Universidade Federal do Semi-Árido) – Mossoró/RN
10. UFES (Universidade Federal do Espírito Santo)
11. UFG (Universidade Federal de Goiás) - Campus Catalão
12. UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora)
13. UFLA (Universidade Federal de Lavras)
14. UFAM (Universidade Federal do Amazonas)
15. UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
16. UFF (Universidade Federal Fluminense)
17. UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso)
18. UFMT-RO (Universidade Federal do Mato Grosso/Rondonópolis)
19. UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
20. UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará)
21. UFPA (Universidade Federal do Pará/Central)
22. UFPA (Universidade Federal do Pará/Marabá)
23. UFPB (Universidade Federal da Paraíba/Cajazeiras)
24. UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
25. UFPB-PATOS (Universidade Federal da Paraíba/Patos)
26. UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
27. UFPI (Universidade Federal do Piauí)
28. UFPR (Universidade Federal do Paraná)
29. UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)
30. UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
31. UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
32. Unir (Universidade Federal de Rondônia)
33. UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
34. UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
35. UFS (Universidade Federal de Sergipe)
36. UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey)
37. UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
38. UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
39. UFV (Universidade Federal de Viçosa)
40. UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
41. UnB (Universidade de Brasília)
42. Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
43. Unifap (Universidade Federal do Amapá)
44. Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
45. Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
46. Unipampa (Universidade Federal do Pampa)
47.UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)


fonte: O Globo

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