quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Paralização do COMPERJ - Novembro/2011

As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) podem demorar ainda mais para serem concluídas. Os operários que trabalham nas obras decidiram, ontem pela manhã, durante assembleia no próprio local, entrar em greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores reivindicam melhores salários, além de exclusão da cobrança de 25% da coparticipação do plano de saúde e garantia de passagem de ida e volta para funcionários que moram fora da cidade.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), Manoel Vaz, cerca de 8,5 mil contratados – entre montadores, soldadores, maçariqueiros, pedreiros, encarregados, eletricistas, técnicos e ajudantes – já estão de braços cruzados. No total, são 14 mil trabalhadores no complexo.
“Os funcionários estão reivindicando melhores salários, pois os mesmos não estão compatíveis com os profissionais da área. Os empregadores ponderaram os aumentos salariais, mas apenas a partir de fevereiro. A gente quer algum aumento agora”, enfatizou Vaz.
O líder sindical explicou ainda que a mão de obra está escassa e que o governo e a Petrobras precisam intervir para trazer melhores condições de trabalho ao Comperj.
“Não há desenvolvimento sem infraestrutura, é o nosso momento de ser categoria de ponta. A defesa do país passa por nossas mãos”, avaliou Vaz.
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal da Região Leste Fluminense (Conleste), Carlos Pereira, também prefeito de Tanguá, os prejuízos causados pela greve serão de grande proporção.
“As obras já estão atrasadas, e uma greve agora irá cada vez mais prejudicar essa região, porque isso diminui a arrecadação dos municípios. Mas, por outro lado, precisamos levar em consideração as reivindicações e analisar as diretrizes do movimento”, argumentou.
Em escala nacional, o Comperj prevê criação de mais de 200 mil empregos diretos e indiretos durante sua fase de construção e após o início das atividades. A previsão de conclusão das obras é para 2014.
Manifestação

Cerca de 5 mil funcionários realizaram uma manifestação pacífica, na última segunda-feira. Os operários exigiam a equiparação de seus vencimentos aos de outras classes de trabalhadores empregadas no mesmo local.
A Petrobras esclareceu que o manifesto reuniu funcionários de empresas terceirizadas – unidas no consórcio TEAG, QGGI , SPE e Alusa -, mas não provocou impacto no andamento das obras do empreendimento.

Segundo o Sinticom, uma nova assembleia já está marcada para amanhã, às 7h, no local das obras, para avaliação do movimento grevista.

(fonte: A Tribuna)

Um comentário:

  1. Essa é a responsibilidade social da petrobrás,a mesma da farsa da agenda 21 do Comperj. Munhoz

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