terça-feira, 29 de novembro de 2011

Acidente com catamarã Gávea I

Bombeiros informaram que 55 passageiros foram atendidos nesta segunda-feira (28) após o acidente com o catamarã Gávea I, na Praça XV.
A embarcação bateu no píer da Praça XV por volta das 12h quando chegava de Niterói, na Região Metropolitana. Já o gerente da empresa que esteve no local, Mário Liberalli de Góes, havia calculado que cerca de 25 teriam ficado feridos.
O comandante do grupo de socorro e emergência dos bombeiros, coronel Gabriel Obeid, afirmou que a maioria dos casos foi sem gravidade, e que esses pacientes foram encaminhados para a Unidade de Pronto-Atendimento de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Já os casos de mais complexidade foram distribuídos entre os hospitais Souza Aguiar, no Centro, Miguel Couto, no Leblon, e Salgado Filho, no Méier.
A passageira Maria Aparecida Oliveira, muito nervosa, contou que já perto de atracar, a barca tomou mais velocidade e uma funcionária começou a gritar "ferro, ferro", segundo ela, dando a entender que a barca ia bater. Ela disse que o impacto foi muito forte e que um passageiro conseguiu destravar uma porta que dava acesso às máquinas e conseguiu travar o motor
"Ficou todo mundo em pânico procurando coletes salva-vidas e muitos já estavam de pé para descer da barca. O impacto foi tão forte que a barca chegou a ir para trás com muita rapidez e voltou a bater de novo no pier. Muita gente caiu e se machucou", disse ela, estimando em 50 o número de feridos.
Outra passageira, Graciane Fischer, confirmou que o impactou foi muito forte e que muitos caíram no chão. Para ela, os funcionários, em vez de acalmar e orientar os passageiros, os deixaram mais nervosos gritando que iam bater e mandando pegarem os coletes.
"A gente não sabia o que fazer, se deitava no chão, se pegava colete. E depois da batida, demorou uma hora até deixarem gente sair", contou. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.
Segundo o gerente das Barcas Mário Goes, a Capitania dos Portos e a Marinha vão investigar as causas do acidente. Ele contou que o catamarã teve problemas na atracação na chagada ao Rio, vindo de Niterói, e bateu num pier já desativado da estação. "A comandante tirou a embarcação de perto da estação, fez a parada total, jogando a âncora e iniciou as providências de socorro aos feridos", explicou Liberalli.
Ele disse ainda que os bombeiros foram chamados e chegaram rapidamente. Foi quando o Gávea 1 atracou e os bombeiros entraram pra fazer a triagem dos feridos.
A concessionária explicou que, após avaliação de equipe técnica da empresa, foi apurado que realmente algumas cadeiras se quebraram e/ou soltaram, por conta do impacto, conforme relataram alguns passageiros.
Advogada reclama
A advogada Márcia Neves Santiago, uma das passageiras do catamarã Gávea 1 contou que logo após a colisão, os passageiros aguardaram dentro da embarcação por cercade 40 minutos até serem transferidos para uma outra barca que atracou ao lado. Nesse tempo, foram ajudados por dois médicos e uma dentista que estavam entre os passageiros.

"É incrível o despreparo das Barcas. Não havia socorro a bordo. As pessoas se ajudavam. A batida foi tão forte que quem estava de pé simplesmente voou por cima da minha cabeça", contou.
Segundo disse, quando a barca atracou ao lado do Gávea 1, os passageiros foram orientados e vestir o colete salva-vidas para mudar de barca.

(fonte: Globo.com)

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