terça-feira, 17 de setembro de 2013

UM CRIME DE LESA-PÁTRIA.

Requião apresenta projeto para impedir leilão do Campo de Libra

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) comunicou nesta quinta-feira (12) ao Plenário a apresentação de projeto de decreto legislativo para sustar o edital do leilão do Campo de Libra, localizado na camada de pré-sal na Bacia de Santos (SP). Como justificativa, Requião apontou as denúncias de que a Petrobras teria sido alvo de espionagem do governo norte-americano e em supostas irregularidades no leilão, marcado para o dia 21 de outubro.
Requião afirmou que, pessoalmente, preferia que não tivesse sido necessário apresentar o projeto, que é assinado também pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
- Eu gostaria que a presidente Dilma já tivesse resolvido esse problema com a rapidez com que o [presidente Barak] Obama resolve os problemas que afetam os interesses da economia dos Estados Unidos – afirmou.
Um dos argumentos dos senadores na justificativa do projeto é o de que a Petrobras pagou à União pelo campo. Pela cessão, deveria extrair 5 bilhões de barris, mas, depois das perfurações, encontrou reservas equivalentes a 24 bilhões de barris. Segundo Requião, pela lei, a União deveria negociar um contrato de partilha com a empresa pelos 19 bilhões excedentes, mas, em vez disso, resolveu leiloar o campo.
- É algo inédito no planeta. Nem país militarmente ocupado leiloa petróleo já descoberto – afirmou o senador, para quem seria possível a exploração, de forma menos açodada, pela Petrobras.
Para o senador, essa e outras irregularidades citadas na justificativa do projeto já seriam suficientes para a suspensão do leilão. Ele acrescentou que a situação se agravou ainda mais com as denúncias de espionagem. Requião disse considerar que a invasão dos arquivos e comunicações da empresa agride a “agride a soberania nacional e compromete irremediavelmente a realização do leilão”.
O parlamentar lembrou declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à época do anúncio da descoberta do pré-sal, de que os campos eram patrimônio da Nação e não deveriam ser entregues a meia dúzia de empresas. O senador também citou outra declaração do ex-presidente, sobre a existência de “300 picaretas” no Congresso Nacional para cobrar dos colegas a defesa dos interesses do Brasil.
- Somos aqueles 300 picaretas sobre os quais o Lula falava? Ou existe nacionalismo de verdade, interesse público e coragem para defender o país? – questionou.

Caros,

Isso é um exercício de especialistas para demonstrar e confirmar uma teoria.   O valor da ação foi o elemento encontrado para fundamentar a teoria de que está havendo destruição de valor da Petrobras.

Ninguém aqui está com "argumento para convencer incautos e desinformados, escondendo as más intenções subjacentes".  O que é isso ?  Sem extremismos e com educação, faça-me o favor.

Os fatos são:

1 - Persistente defasagem nos preços de combustíveis;

2 - Endividamento líquido crescente;

3 - Redução da capacidade de investimentos (Informação de que o próximo Plano de Negócios da Companhia trará uma redução de R$ 800 milhões);

4 - Necessidade de parcerias por interesse exclusivo de capital (O governo federal analisa a formação de um consórcio liderado pela Petrobras e pela chinesa Sinopec para o primeiro leilão de petróleo do pré-sal pelo regime de partilha.  A entrada da chinesa no consórcio pode envolver ainda um acordo para que ela financie o pagamento da parcela de bônus devido pela Petrobras, aliviando a estatal de suas dificuldades atuais de caixa por causa do dólar valorizado e da defasagem de preços dos combustíveis.  O periódico afirma ainda que o valor total do bônus a ser pago pelo consórcio que vencer foi fixado em R$ 15 bilhões. Então, no caso de a Petrobras ficar com os 30% previstos em lei, ela teria de pagar ainda neste ano R$ 4,5 bilhões ao Tesouro Nacional. Se pular para 40%, o valor subirá para R$ 6 bilhões.).

Enfim, não estamos falando em falência da Petrobras.  Estamos falando que estamos dando os anéis para não perder os dedos.  Pior não estamos dando os anéis estão nos roubando os anéis, pois os campos de petróleo que estão indo a leilão foram descobertos pela "intelligentsia" da Petrobras.

Para refletir o artigo abaixo:

Fernando Siqueira: Leilão do pré-sal, para quem?

Uma coisa desse tipo só acontece em país militarmente ocupado; não pode acontecer em um país democrático

O DIA
Rio - Já descobrimos mais de 60 bilhões de barris de petróleo, entre Tupi, Franco, Libra e outros antes do pré-sal, que nos dão autossuficiência para mais de 50 anos. Portanto, não tem sentido entregarmos petróleo a estrangeiros, em vez de deixar a Petrobras produzir o que já encontrou e desenvolver os demais campos. O que nós precisamos, hoje, é construir refinarias para exportar derivados, e não petróleo bruto — porque, logo de saída, a União perde 30% em impostos (Cide, PIS-Cofins, ICMS). 
Os países desenvolvidos se tornaram reféns desse produto e, a partir dos anos 80, o consumo passou a superar as descobertas. Hoje nós temos esta alarmante proporção: para cada barril que se descobre, quatro são consumidos. Para mostrar essa irresponsabilidade: nós temos hoje uma matriz energética mundial que tem 87% em combustíveis fósseis (não renováveis), como petróleo, gás e carvão.
Uma das leis do grupo de trabalho do presidente Lula, que foi a capitalização da Petrobras, estabeleceu que a estatal teria cessão onerosa de algo em torno de seis blocos com total de 5 bilhões de barris. Perfurou o primeiro bloco, em Franco, e achou 9 bilhões — com isso, já ultrapassara os 5 bilhões. Depois, furou Libra: deu 15 bilhões de barris. Os dois são integrados. A ANP não aceita isso, mas a geologia diz que esses campos são uma estrutura única, o que dificultaria o leilão para outras empresas (a questão da produção unitizada).
O que teria de acontecer pela nova lei? Uma negociação, um contrato de partilha. A Petrobras contrataria com a União o excedente, cerca de 19 bilhões de barris. Então, o que a ANP fez? Retirou o campo da Petrobras e vai leiloar um petróleo descoberto com risco zero, o maior campo do mundo hoje. Uma coisa desse tipo só acontece em país militarmente ocupado; não pode acontecer em um país democrático.
Vice-presidente da Aepet e do Clube de Engenharia


Em 12 de setembro de 2013

Concordo que, em um curto espaço de tempo, grandes variações no valor de uma determinada ação, indicam claramente especulação. Mas em períodos mais longos creio ser impossível manter-se uma especulação constante. No caso mencionado, os resultados apresentados não me parecem ser fruto de especulação. Temos o caso recente da OGX cujo valor das ações  atingiu valores estratosféricos em curto espaço de tempo, devido claramente à especulação, mas que o tempo e o próprio mercado se incubiram de trazer os incautos investidores à dura realidade. Quando aos números apresentados relativos aos investimentos da Petrobras, não há o que se discutir e espero sinceramente que eles tragam o resultado esperado.
Grande abraço e sigamos com nível elevado destas discussões, que servem, no mínimo, para todos formarem uma imagem clara da situação  como um todo, sem partidarismos.




Que coisa interessante, eu comprei ações da Petrobras há 2 meses e estou ganhando 20%. Veja no gráfico que quem comprou em dezembro de 2008 e vendeu em novembro de 2009 ficou milionário. Essas comparações não são nem claras nem excelentes, ao contrário, são utilizadas como argumento para convencer incautos e desinformados, escondendo as más intenções subjacentes. Preços de ações em bolsas de valores são pura especulação e não representam a real situação de qualquer empresa em um determinado espaço de tempo. Em um mesmo dia, os preços de uma ação podem variar 10% ou até mais, sem que a situação da companhia sofra qualquer transformação. O que uma empresa vale na bolsa nada tem a ver com o seu patrimônio real. Usar isso como argumento é zombar da inteligência dos outros. No período de 2008 a 20013, apesar da crise financeira internacional, a Petrobras não interrompeu o seu plano de negócios, investiu quase US$200 bilhões, instalou 7 novas plataformas, passou a produzir 330 mil BPD no pré-sal, elevou a produção e melhorou a qualidade dos derivados e adiantou a construção de duas grandes refinarias, 48 navios de transporte, 28 navios sonda e 15 plataformas de produção, preparando-se para, em mais 5 anos, dobrar a produção de petróleo e gás. Diante desses fatos, o preço das ações só interessa aos especuladores. A despeito de qualquer crítica construtiva que possamos ter (e temos), esses são os fatos verdadeiros sobre nossa empresa, da qual todos nós deveríamos nos orgulhar. Mancini.
Conforme solicitaram, segue interessante comparativo desde 2008 até 2013, entre ações da Petrobras e o fundo setorial de empresas globais de petróleo Energy Select Sector, conhecido pela sigla XLE, que tem na carteira grandes empresas do setor, como Exxon, Chevron, Schlumberger, entre outras. 

Imagine que você pegou uma grana sua em agosto de 2008, no pior momento da crise americana, no vale das almas, e comprou ações da Petrobrás (PBR) lá fora: hoje você teria o mesmo montante em dólares que investiu. Não teria ganho nem os dividendos pagos pela empresa no período.

Já quem investiu numa carteira diversificada de ações de empresas americanas do setor de energia (XLE) na mesma data lá em agosto de 2008, dobrou seu capital até hoje.
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Isto se chama destruição de valor. A empresa, se tivesse performado como suas pares nos EUA, valeria hoje o dobro, ou seja, US$ 180 bi vs. os US$ 90 bi que vale na bolsa . A EXXON vale US$ 385 bi. Lembro que eu, você , todos nós somos acionistas e controladores da Petrobrás.
Embora o estudo não mencione os motivos da perda de valor, sabe-se que as ações da estatal sofreram por uma combinação de necessidade de investimento muito acima da geração de caixa, pela diluição dos acionistas como resultado da capitalização e também pela persistente defasagem nos preços de combustíveis.
E se não bastasse o efeito do câmbio para aumentar essa diferença, o que parece ser o início de uma escalada no preço do petróleo diante da ameaça de uma invasão americana na Síria aumenta as perdas da estatal com a importação de derivados.
É preciso ter muita coragem para aumentar o preço da gasolina nas vésperas de uma eleição. Porém é preciso mais coragem para debilitar as finanças da empresa como temos feito com a Petrobras nestes últimos anos. A Petrobras deve terminar 2013 com um endividamento líquido superior a 3 x seu lucro antes de juros, impostos e depreciação. E no andar da coisa, a alavancagem pode chegar a mais de 3,5 x em 2014, o que a colocaria muito próxima a um downgrade pelas agências de classificação de risco, o que seria muito ruim. A Marathon e outras empresas que investem no shale oil and gas nos EUA têm alavancagem de  1 x na mesma métrica.
Para piorar, a produção de gás e petróleo continua indo mal.  Outra coisa, como entrar num leilão de campos de petróleo nessa situação financeira ?  Disputar com estrangeiros os campos de petróleo que a Petrobras descobriu e que tem risco zero na sua exploraçãoO 12º leilão é específico para o campo de Libra. A estimativa inicial é que fossem encontrados 5 bilhões de barris. A Petrobrás pagou pelos campos com títulos do governo e, com esses títulos, o governo recomprou ações da Petrobrás, passando a participação governamental, no capital social, de 38% para 48%. Essa foi uma ótima engenharia financeira.
Mas, quando a Petrobrás perfurou o primeiro campo, o de Franco, achou cerca de 9 bilhões de barris; já ultrapassou os 5 bilhões. Quando perfurou Libra, com 15 bilhões, já deu 24. O que teria de acontecer pela nova lei? Uma negociação, um contrato de partilha. A Petrobrás contrataria com a União o excedente, cerca de 19 bilhões de barris.
Então, o que a ANP fez? Retirou o campo da Petrobrás, retomou o campo, e vai leiloar um petróleo descoberto com risco zero, o maior campo do mundo hoje.

A análise não é minha.  São compilações de publicações da internet, com procedência.
O que desejamos é que se pare de destruir valor da Petrobras, que lhe permita crescer de forma sustentada, para garantir para nós aposentáveis/aposentados e nossas famílias a segurança a que temos direito, que pagamos por isso e, que nossas riquezas fiquem para os filhos dessa nação.

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