terça-feira, 2 de junho de 2015

A MESMA TRAIÇÃO DE SEMPRE.

A frente de esquerda em ação no Macapá
PSTU/Conlutas enterra a greve dos professores que prefeito do PSOL atacou
Depois de tentarem, sem êxito, acabar com a greve da categoria no dia nacional de lutas, os pseudos defensores da greve geral, os "governistas" do PSTU levam ao fim a mais combativa greve docente da capital do Amapá

 Professores em manifestação durante a greve
Como assinalamos em edições anteriores do Diário Online Causa Operária, a direção da executiva municipal do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá), controlada pelo PSTU/Conlutas estava pressionando a categoria para que a greve se encerrasse sob os mais diversos motivos, rebaixando a pauta de reivindicações (ou seja, abandonando a defesa das necessidades da categoria). Finalmente, na tarde desta segunda (dia 1o.) seus sindicalistas conseguiram sair “vitoriosos”, pondo fim a uma das maiores e mais combativas greves de professores de Macapá.
Os pretextos para a defesa reacionária do fim da greve iam desde a suposta falta de repasses de recursos financeiros aos professores em greve pela burocracia do sindicato estadual da categoria (majoritariamente do PSOL) - como se isso fosse desculpa para o fim de uma greve sem o atendimento das reivindicações da categoria – até a alegação da mais que previsível “intransigência” por parte do prefeito Clécio Luís, do PSOL, isto é, o PSTU/Conlutas acreditou em todos os momentos da greve que encontraria um patrão “bonzinho” que cederia tudo o que a categoria reivindicasse sem a menor necessidade de luta.
No entanto, a capitulação do PSTU/Conlutas e de membros do comando de greve alinhados à política traidora desse partido foi mais longe, pois na penúltima assembleia da categoria organizada em pleno andamento do ato pelo dia nacional de lutas,  na sexta-feira (29) já defendiam abertamente o fim da mobilização mesmo sem que a categoria tivesse absolutamente nada, mostrando que estavam dispostos a acabarem com a greve sem nenhuma conquista.
De fato, não apenas defendiam abertamente o fim da greve como ainda chegaram a lançar a proposta de aceitar os míseros 4% oferecidos por Clécio, além da antecipação de pagamento de uma das várias progressões devidas por esse prefeito, tal como a ressalva de “manutenção do diálogo” com a prefeitura para “garantir” as reivindicações da categoria na base da conversa fiada e de muita burocracia.
não pararam por aí... O PSTU/Conlutas abandonou completamente a luta nas ruas, rifando para sempre o plano da mobilização da categoria por tempo indeterminado pelo plano reacionário e antidemocrático da “Justiça”, isto é, preferiu trocar a combativa greve dos professores pela justiça burguesa, disseminando a ilusão de que esta seria melhor “arma” para garantir as reivindicações dos trabalhadores num exemplo escancarado de pura capitulação e peleguismo.
Em síntese, o que havia sido defendido de maneira aberta na penúltima assembleia dos professores na sexta-feira, 29, foi ratificado ontem: o fim da greve após vários recuos e inúmeros rebaixamentos de pauta pelo PSTU/Conlutas, favorecendo descaradamente o prefeito que, logicamente, está sorrindo “a toa” com o fim de uma mobilização que ocupou diversas vezes a principal via do centro da capital, a Avenida FAB, ocupando também a própria prefeitura duas vezes, encurralando o prefeito Clécio no que este respondeu acionando a “Justiça” a qual ironicamente o PSTU/Conlutas recorre agora para “garantir” as reivindicações dos trabalhadores da Educação e “vencer” a intransigência do prefeito “socialista” num dos maiores episódios de capitulação e peleguismo desse partido no Amapá.
O desfecho da greve no Amapá que se soma à ausência de paralisação - até mesmo por 15 minutos - nos metroviários de São Paulo, entre tantos outros episódios envolvendo os “combativos” sindicalistas do PSTU/Conlutas, em um momento de evolução da luta dos trabalhadores contra os planos de “ajustes” dos governos patronais, evidencia o “radicalismo” deste senhores não vai além das aparências. Sua defesa da “greve geral”, estampada em faixas e panfletos nos últimos meses não resiste ao teste de um simples dia nacional de lutas. E seu “antigovernismo” não resiste à prova da menor “pressão” dos governos da direita, como dos tucanos, em São Paulo, ou da “esquerda”, como dos “socialistas” de Macapá.

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