segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS.

Nacional

FST 2014: Sindipetro-RJ debate criminalização dos movimentos sociais

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Quarta, 22 Janeiro 2014
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Não é de hoje que o movimento social no Brasil é tratado como caso de polícia. Os ataques recentes da polícia aos manifestantes são considerados resquícios da ditadura militar.
"Ditadura Ontem e Hoje - Ato Político contra a Criminalização dos Movimentos Sociais" foi o primeiro tema de debate que o Sindipetro-RJ e a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso realizaram no Fórum Social Temático de 2014, em Porto Alegre. O evento, que aconteceu nesta quarta (22), no Memorial do Rio Grande do Sul, contou com a participação do diretor da FNP Emanuel Cancella, o diretor da CUT-RJ Edison Munhoz e o representante da FIST André de Paula.
Mídia
Quem acompanha as manifestações que vêm ocorrendo desde junho do ano passado em várias regiões do país, percebe que há uma articulação política, jurídica e militar que promove uma ofensiva contra os movimentos sociais e que, segundo Edison Munhoz, recebe o respaldo da mídia.
"Na tentativa de atacar e reprimir os setores mais organizados da sociedade, aqueles que enfrentam o sistema e que lutam pelo direito à educação, saúde, transporte e moradia, utiliza-se os meios de comunicação para criminalizar e jogar o movimento social contra a sociedade", denunciou o diretor de comunicação da CUT-RJ.
Pré-sal
Emanuel Cancella relembrou a mobilização que aconteceu em outubro passado contra o leilão de licitação do campo de petróleo de Libra, o primeiro do pré-sal e o maior da história do país.
"A campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso conseguiu mobilizar milhares de pessoas contra o leilão de Libra - a maior já conseguida em leilões de petróleo. E apesar do enfrentamento e da tentativa de repressão da Força Nacional de Segurança, conseguimos levar a discussão para as ruas e para a imprensa. Até a presidenta Dilma teve que ir à rede nacional justificar o leilão. Apesar de não obter a anulação do leilão, cumprimos com o nosso dever de informar a sociedade esse crime de lesa-pátria", declarou o diretor-geral do Sindipetro-RJ e da FNP.
Copa
O representante da Frente Internacionalista dos Sem-Tetos André de Paula denunciou a violação dos direitos humanos na remoção de famílias para as obras preparatórias dos megaeventos.
"No Rio, cerca de 30 mil famílias foram despejadas direta ou indiretamente por conta da Copa, com baixas indenizações, ausência de diálogo, fazendo com que os trabalhadores sejam jogados ainda para mais longe. O legado que a Copa vai deixar será parecido com o da África, onde pessoas continuam sem moradia, e os estádios, vazios", afirmou André.

Camilla Alves,
Agência Petroleira de Notícias

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