quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Justiça, vergonha nacional

Os bons prendem e os maus libertam...
 
A juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, condenou na tarde desta terça-feira (23) o médico Roger Abdelmassih a 278 anos de prisão. Ele é acusado de crimes sexuais contra pacientes de sua clínica de reprodução. O advogado do médico, José Luis Oliveira Lima, disse que vai recorrer da decisão.
Segundo o advogado, na quarta-feira (24) a defesa vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo. "Respeito a decisão da Justiça, mas confesso que fiquei surpreso. A juíza desprezou os mais de 170 depoimentos de clientes e de maridos sobre o trabalho do doutor Roger. Ela também desprezou a questão de falta de materialidade nas provas", disse Lima.
O advogado também afirmou que seu cliente sempre negou todas as acusações e que a juíza desprezou os esclarecimentos apresentados por Roger Abdelmassih.
Famoso especialista em reprodução assistida, Abdelmassih foi preso em em 17 de agosto de 2009. Em dezembro, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, concedeu liberdade ao médico. Ele foi denunciado por crimes de estupro praticados contra mais de 50 mulheres que dizem ter sido suas pacientes.
As investigações contra Abdelmassih começaram em 2008, quando ex-pacientes procuraram um grupo especial do Ministério Público para denunciar o médico por crimes sexuais. A maior parte das mulheres tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários Estados do País.


Gilmar Mendes concede habeas corpus para médico estuprador

São insondáveis os caminhos percorridos pelo STF. Contrariando evidências, Gilmar Mendes concedeu habeas corpus para médico condenado a 278 anos de cadeia

Fugiu do Brasil para o Líbano o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de cadeia, por violentar 37 mulheres e abusar sexualmente de outras tantas. De origem libanesa, Abdelmassih, de 67 anos, deve ficar por lá, desfrutando da sua fortuna e de uma liberdade imerecida. O Brasil não tem tratado de extradição com o Líbano. A notícia da fuga foi publicada na Folha de São Paulo.
Depois da condenação, o médico ficou preso na Polícia Federal, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia. Abdelmassih gozava de fama e reconhecimento no meio profissional, tendo sido um dos precursores da inseminação in vitro no Brasil.
Durante anos correram processos contra ele na justiça, até ficar comprovado que ele violentou dezenas de mulheres, entre 1998 e 2008. Temendo sua fuga do país, a juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse mantido na prisão.
 Mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na época o ministro Gilmar Mendes, mandou soltar o estuprador que permaneceu na cadeia apenas quatro meses, entre agosto e dezembro de 2009.
Em 2011, a Polícia Federal alertou que ele estava tentando tirar passaporte. A prisão foi novamente requesitada, mas o criminoso continuou em liberdade condicional. Pouco depois, Abdelmassih foi dado como foragido, até ser anunciada a sua presença no Líbano. O ministro Gilmar Mendes deve explicações à sociedade. Sobretudo às mulheres e famílias ultrajadas pelo criminoso. 
Fonte: Agência Petroleira de Notícias

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