sexta-feira, 15 de junho de 2012

Agronegócio: Veneno na sua mesa.

AGRONEGÓCIO, AGROTÓXICO E “AGROCÂNCER”

O Brasil é o maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Consumimos sozinhos 20%  de todos os venenos do mundo. Com base em estudos de universidades brasileiras, o jornal Brasil de Fato, durante a Cúpula dos Povos, vai denunciar aquilo que muitos já desconfiavam e o Instituto Nacional do Câncer revela que no país devem ocorrer ao redor de um milhão de novos casos de câncer por ano. A maior parte deles originário de alimentos com agrotóxicos.
Inclusive o câncer de mama, que agora aparece entre as mulheres de todas as idades. A grande imprensa se cala porque os fabricantes desses venenos são multinacionais poderosas que já têm um histórico no ramo durante a 1ª e 2ª guerra mundial produziam armas químicas e agora são as responsáveis pelos agrotóxicos, são elas: Sygenta, Bayer, Basf, Dow, Monsanto, Dupont, Makhteshim (de Israel) Nufarm (Austrália) e Sumimoto e FMC (Japão).
O agronegócio é o principal parceiro dessas multinacionais e o responsável maior pelo uso dos agrotóxicos. O pior é que, além de contaminar os alimentos que, quando consumidos, adoecem os seres humanos, esses venenos ainda contaminam a mãe terra, os lençóis freáticos, os rios e as lagoas.
A Campanha Nacional contra o Uso de Agrotóxicos e pela Vida que reúne mais de 50 entidades nacionais da sociedade brasileira, as quais se soma o Sindipetro-RJ, que em sua missão permanente visa a conscientizar a população, os verdadeiros agricultores, as entidades e os parlamentares para que se ponha um fim ao uso de venenos em nosso país. E que, sobretudo, se penalizem as empresas transnacionais fabricantes. Essas empresas deveriam, inclusive, serem obrigadas a pagar ao SUS o custo do tratamento do câncer e de outras enfermidades comprovadamente originárias do uso de veneno em nossa alimentação.


Documentos alertam sobre risco de câncer pelo uso de agrotóxicos
Abrasco e Instituto Nacional do Câncer associam a incidência da doença à exposição aos agrotóxicos

Dois documentos divulgados no final de abril alertam para o risco de surgimento de câncer pelo excessivo uso dos agrotóxicos no Brasil. No dia 29, a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) lançou a primeira parte do dossiê “Um alerta sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde”, que busca, através de evidências científicas, chamar a atenção às doenças causadas pela exposição a esses produtos químicos. Conforme o dossiê da Abrasco, além dos efeitos imediatos, como intoxicação e morte, os efeitos crônicos podem ocorrer meses, anos ou décadas após a exposição aos agrotóxicos, manifestando-se em várias doenças como cânceres, má formação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou, no dia 30, um documento em que também relaciona a ocorrência de câncer ao uso dos agrotóxicos. De acordo com o estudo do Inca, o Brasil registra em torno de 500 mil novos casos de câncer por ano, muitos deles relacionados diretamente ao aumento do uso de agrotóxicos, seja na sua aplicação e exposição, mas sobretudo a acúmulo dentro dos alimentos.

O estudo do Inca destaca o surgimento de câncer nos trabalhadores que aplicam e usam agrotóxico nas lavouras. “Associações positivas entre cânceres hematológicos e exposições ocupacionais a substâncias químicas foram observadas em estudos de caso - controle no sul do Estado de Minas Gerais para trabalhadores expostos a agrotóxicos ou a preservantes de madeira e para trabalhadores expostos a solventes orgânicos, lubrificantes, combustíveis e tintas”, afirma o documento.

Segundo Luiz Augusto Facchini, presidente da ABRASCO, a população exposta aos agrotóxicos vai desde os trabalhadores do campo e de fábricas que produzem os venenos até a população do entorno das áreas agrícolas e consumidores de alimentos contaminados.

O Brasil foi classificado, nos últimos três anos, como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Observatório da Industria dos Agrotóxicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), divulgados durante o 2º Seminário sobre Mercado de Agrotóxicos e Regulação, realizado em Brasília (DF) em abril, enquanto, nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o mercado brasileiro cresceu 190%.

Conforme destaca o dossiê da Abrasco, o resultado da crescente dependência dos agrotóxicos e fertilizantes químicos é que um terço dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros está contaminado, segundo análise de amostras coletadas em todas as 26 Unidades Federadas do Brasil, realizadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2011.

A segunda parte do dossiê da Abrasco, que terá como tema "Agrotóxicos, Saúde e Sustentabilidade", será lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) - Cúpula dos Povos, durante a Rio +20 por Justiça Social e Ambiental, de 20 a 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). Já a terceira parte do documento será lançada apenas em novembro no X Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Porto Alegre (RS), e terá como tema “Agrotóxicos, Conhecimento e Cidadania”.

Veja relação do Inca que mostra cânceres que têm como causa os agrotóxicos:

Câncer na cavidade oral, faringe e laringe

Causas: agrotóxicos, amianto, fuligem de carvão, poeria de madeira, couro e cimento.
 
Câncer de mama

Causas: agrotóxicos, benzeno, campos e eletromagnéticos, hormônios e dioxinas.


Câncer no estomago e esófago

Causas: Poeiras da construção civil, de carvão e minerais. Vapores de combustíveis. Herbicidas e ácido sulfúrico.


Leucemias e mielodisplasias

Causas: acrinotrila, aminas aromáticas, agrotóxicos, benzeno, radiação, solventes, etc.

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