quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Futuro de Maricá


RIO - Uma válvula deixada aberta no Terminal Almirante Barroso (Tebar), da Petrobras, foi responsável pelo vazamento de óleo, na sexta-feira, 5 de abril, que contaminou pelo menos dez praias do litoral em São Sebastião e quatro em Caraguatatuba. Essa é a conclusão de uma comissão criada pela Transpetro, empresa de logística da Petrobras, para investigar as causas do vazamento.
Segundo a comissão, o vazamento, que teria sido de 3,5 metros cúbicos de combustível marítimo, ocorreu durante a fase pré-operacional de uma tubulação que estava em manutenção programada desde 22 de março.
"Antes de equipamentos voltarem a operar, após a manutenção, há um procedimento padrão, que prevê uma série de verificações para garantir a segurança", informou a estatal, na última sexta-feira. "O procedimento não foi cumprido e uma válvula ficou aberta".
Por causa da gravidade do acidente, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, multou a Petrobras em R$ 10 milhões. O Ministério Público Federal de São José dos Campos e o Ministério Público de São Paulo abriram inquérito ao longo da semana para investigar as causas do acidente.
Na terça-feira passada, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que o mais importante agora “é saber o que fazer para que não se repita” e que iria recorrer da multa aplicada pela secretaria. “Não considero qualquer número diferente de zero pequeno. Temos o programa de vazamento zero, e é para valer”, completou a presidente da Petrobras.
Logo após o vazamento ter sido constatado, a Cetesb havia informado que o acidente ocorrera em uma linha do terminal da Petrobras durante o abastecimento de um navio no píer, quando uma válvula de seis polegadas apresentara defeito. O secretário municipal de Meio Ambiente de São Sebastião (SP), Eduardo Hipólito havia dito que “alguém deixou a válvula aberta”.
Em seu comunicado sobre as conclusões da comissão que investigou o vazamento, a Transpetro informou que a tubulação "não estava sendo usada em operação para abastecimento de navios". E que abriu um procedimento interno para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.

Fonte: O Globo

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