terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Covardia do Governo Sérgio Cabral Contra o Povo do Rio de Janeiro

 
 
Polícia Militar reprime manifestantes com spray de pimenta e violência
 


O discurso do governador Sérgio Cabral não atraiu muitos cariocas nesta segunda (26). O objetivo do ato oficial era reunir a população do estado para forçar a presidenta Dilma a vetar a nova regulamentação dos royalties aprovada no Congresso. Mas além de alguns artistas da Rede Globo e funcionários públicos, nem mesmo a gratuidade do metrô, trem e barcas serviu para atrair a multidão esperada. O protesto alternativo foi organizado por movimentos sociais e militantes organizados em sua maioria na campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, no Ocupa Rio e no Anônimos, além dos índios da Aldeia Maracanã que serão removidos para a construção de um estacionamento para a Copa do Mundo.
 


Diversos movimentos sociais e ativistas questionam o discurso do governo estadual.  Eles defendem que os estados e municípios produtores recebam uma parcela maior, mas que todo o povo brasileiro precisa ser contemplado. Além disso, cobram a ampliação do debate para toda a renda do petróleo e não apenas os 15% referentes aos royalties. Os outros 85% continuarão nas mãos das multinacionais do petróleo e do megabilionário Eike Batista ou serão destinados para resolver os graves problemas sociais que afligem nosso povo?
 


PM apoia ato do governo e reprime protesto alternativo
 


Esse questionamento parece não ter agradado Sérgio Cabral e a Polícia Militar. Quando o ato oficial se encontrou com os outros manifestantes que denunciavam as diversas covardias cometidas pelo governador na Av. Rio Branco, na altura da Carioca, houve empurra empurra e início de conflito. Mas foi na altura do Teatro Municipal que a situação esquentou de verdade. Ao se aproximarem da área do palco principal na Cinelândia, a PM reagiu com truculência e força para inibir o protesto alternativo. Até spray de pimenta foi utilizado. O discurso oficial de paz repetido incansavelmente pelo locutor oficial do ato, não encontrou ressonância nos agentes da polícia e revelou mais uma das hipocrisias e contradições do Governo Estadual.
 
 

O governador do Rio de Janeiro convocou o ato para exigir que a presidenta Dilma Roussef vete a nova legislação dos royalties. O projeto de lei 2565/2012 do senador Vital do Rego (PMDB-PB) estabelece a distribuição dos recursos dos royalties para todos os estados e municípios brasileiros. Atualmente, os estados e municípios produtores e afetados ficam com 61,25%. Com a nova lei, em 2013 o percentual deles cai pra 38% e até 2020 ficará em 26%. Se for sancionado pela presidenta, todos os outros estados e cidades passarão a receber já em 2013, 42% dos recursos dos royalties. E esse valor chegará a 54% em 2020. Toda essa briga se refere à destinação de 15% da renda do petróleo, enquanto isso grandes empresas privadas concentram a riqueza dos outros 85%.

 


- O petróleo foi descoberto através da Petrobrás com investimento de todos os brasileiros e de todos os estados e municípios. Por isso entendemos que o mais sensato é que todos os estados e municípios devam receber os royalties, sem prejuízo dos produtores que devem receber um percentual a mais – explica Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ, que continua: “Não sei se a mídia faz isso de propósito, mas os royalties refletem apenas 15 % do montante envolvido. Ninguém fala no restante! Será que as multinacionais não estão financiando a nossa cegueira coletiva?”

Fonte: Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ

Fotos: Samuel Tosta / Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ


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