domingo, 30 de junho de 2024

VERDADES.

247 - O economista Paulo Nogueira Batista Jr. declarou em entrevista à TV 247 que se sente qualificado para assumir a presidência do Banco Central no lugar de Roberto Campos Neto, mas reconheceu que seu nome enfrentaria resistência no mercado financeiro. "Isso porque o Banco Central foi apropriado pelo setor privado, especificamente pelo mercado financeiro", afirmou, apontando a existência de uma "porta giratória" e um "sistema de vetos" no BC, o que dificulta a entrada de nomes que não sejam do agrado do mercado financeiro. O analista também mencionou que o nome do economista André Lara Resende, que também vem sendo especulado, enfrentaria resistência semelhante. "O André Lara Resende também enfrentaria resistência, porque demonstrou capacidade de refletir de forma independente", afirmou. Sobre outros possíveis nomes para a liderança do Banco Central, Nogueira defendeu Aloizio Mercadante ou Guido Mantega, mas destacou que ambos também encontrariam oposição: "Aloizio Mercadante e Guido Mantega seriam nomes muito bons, mas suscitariam a mesma reação no mercado financeiro". Em relação ao atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, o economista expressou respeito e amizade. "Sou amigo do Gabriel Galípolo. Ele tem muito talento e muita capacidade. Ele e seus aliados na diretoria provavelmente recuaram", disse. Nogueira destacou a importância da transição na liderança do Banco Central, especialmente com a saída de Roberto Campos Neto marcada para o final de dezembro. "Faltam poucos meses para o Roberto Campos Neto sair. Se vai ser o Galípolo, ele precisa evitar turbulências na reta final. A mudança no Banco Central é uma das mais importantes do presidente Lula neste ano", afirmou.

PARABÉNS PRESIDENTE

Atuação de Lula na tragédia ambiental do RS é aprovada pela maioria dos brasileiros, aponta Datafolha Atuação do presidente Lula na tragédia ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul e no socorro às vítimas das cheias foi aprovada por 65% dos brasileiros 30 de junho de 2024, 10:07 h whatsapp-white sharing button facebook-white sharing button sharethis-white sharing button Lula e enchente no Rio Grande do Sul Lula e enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Gilvan Rocha/Agência Brasil) Apoie o 247Google News ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp. 247 - A atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no enfrentamento da tragédia ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul e no socorro às vítimas das cheias foi aprovada por 65% dos brasileiros, aponta pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (30) pela Folha de S. Paulo. Segundo o levantamento, 36% consideram a atuação do presidente boa ou ótima, 29% avaliam como regular e os que avaliam como ruim ou péssima somam 32%. Entre a população gaúcha, 58% dizem aprovar a atuação de Lula frente ao problema. Neste recorte, 31% consideram a atuação do presidente como boa ou ótima, outros 27% avaliam como regular e 40% como ruim ou péssima. Ainda segundo a pesquisa, 35% dos brasileiros avaliam a atuação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), como boa ou ótima e 36% a consideram regular. Outros 23% avaliaram as ações do gestor estadual como ruim ou péssima. Entre os gaúchos, 36% consideram a atuação do governador como ótima ou boa, 31% como regular e 32% como ruim ou péssima. A pesquisa Datafolha, realizada entre 17 e 22 de junho, entrevistou 2.457 pessoas com 16 anos ou mais em 130 cidades brasileiras. No Rio Grande do Sul, foram 567 entrevistas distribuídas em 24 municípios, incluindo a capital e cidades do interior. A margem de erro da amostra nacional é de dois pontos percentuais, enquanto a da amostra gaúcha é de quatro pontos, ambas com nível de confiança de 95%. iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

UMA LIÇÃO A SAER APRENDIDA..

Os acontecimentos deste 26 de junho na Bolívia seguem cobertos de uma estranha névoa. Houve no país plurinacional mais uma sublevação militar. A desta vez foi protagonizada pelo general Juan José Zúñiga, comandante das Forças Armadas destituído dias antes pelo presidente Luis Arce por tentar interferir no processo eleitoral com declarações contra a recandidatura do ex-presidente Evo Morales. No intento de golpe de Estado, tosco e canhestro, Zúñiga, chegou a usar um blindado para arremeter contra os portões do palácio onde o presidente se reunia. A ordem de destituição proferida tête à tête pelo general ao presidente foi respondida com ordem de prisão no sentido oposto. Zúñiga saiu dali para o cárcere não sem antes denunciar bizarramente que na verdade tudo se tratava de uma encenação, um autogolpe acertado no domingo anterior com o presidente. O objetivo, desmentido por Arce, seria reforçar a popularidade deste, em meio a crise econômica e desentendimentos com Evo no interior do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS). A situação no país continua instável desde o sangrento golpe de Estado de 2019, comandado por Jeanine Añez, hoje cumprindo sentença de prisão. Seja qual for a verdade agora, impõe-se notar alguns fatores de semelhança que podem e devem reforçar a necessidade de atenção máxima por parte dos defensores da democracia no Brasil e em outros países da América Latina. Com exceções relevantes, há uma vinculação, senão submissão, dos militares desses países aos poderes dos Estados Unidos e do "Ocidente", sendo estes os alicerces da forma com que esses estamentos veem o mundo. Apoiados nesse ideário, os militares lá como cá constituem uma espécie de "estado dentro do estado" em permanente tensão com os projetos soberanos de emancipação nacional escolhidos pelos eleitores. Enquanto dizem ter desprezo pela política e pelos partidos, mas toleram quando não aderem a militância de extrema-direita, no interior e no entorno dos quartéis. É notável o espírito de privilégio de que se investem os militares superiores sem base histórica que o justifique. Um corporativismo convive com um alheamento e uma superioridade em relação ao restante da cidadania. Também autoatribuída é a ideia de constituírem os militares a última e única garantia de sobrevivência da nação. Diante da cíclica ameaça de golpes, como aquele tentado no Brasil em 8 de janeiro de 2023 no ápice da escalada liderada por Jair Bolsonaro, providências se mostram obrigatórias. A primeira constitui perceber a importância da manutenção da unidade em torno do presidente Lula, superando tensões, desavenças e divisões no interior do campo democrático e popular. É nas fissuras da frente ampla que os golpistas buscam oportunidades para se apresentarem como salvadores da pátria. Foi a unidade republicana que permitiu repelir a escalada golpista que resultou no 8 de janeiro. Para exorcizar novas tentativas de golpe – na Bolívia, no Brasil e na região – cumpre zelar pela completa apuração e a mais justa e legal punição a todos os envolvidos. No nosso caso, não importa quem tenha participado, seja Bolsonaro, oficiais generais de qualquer das Armas, políticos ou ativistas. Aos culpados deve ser reservada punição proporcional à gravidade de seus crimes.