terça-feira, 2 de junho de 2015

SEM LUTAS....

Assembleia decide retomar a greve e passar por cima de Psol e PSTU na Unifesp Guarulhos
Depois da esquerda pequeno-burguesa centrista ter acabado com a greve na assembleia do dia 20/05, estudantes deliberam pela retomada da mobilização.

 Estudantes votam pela retomada da greve em Assembleia do dia 26/05
No dia 26 de maio, quarta-feira, aconteceu a Assembleia Geral dos Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) do campus de Guarulhos que contou com cerca de 300 estudantes.
Essa assembleia foi uma vitória para o movimento que se colocou em luta há mais de 50 dias para reivindicar a garantia dos serviços essenciais dentro do campus, como o transporte fretado e gratuito, a reserva técnica da EMTU Ponte Orca, que transportava os estudantes entre as estações de metrô da cidade de São Paulo e alguns pontos de Guarulhos para o campus provisório da Unifesp no centro da cidade.
Na semana anterior os militantes de Psol e PSTU em uma manobra na assembleia votaram pelo fim da greve sem nenhuma conquista, apenas o comprometimento da reitora Soraya Smaili (que é ligada ao Psol) em atender a pauta de reivindicações.
Os estudantes, revoltados com essa traição da esquerda pequeno-burguesa centrista, picharam todocampus com palavras de ordem que faziam alusão a farsa política dessas organizações (como pichado em uma parede: “É PSTU? É Pelego) e seu alinhamento político à reitoria da Unifesp (como: “Psol + PSTU = Reitoria”).
Desde o início da greve Psol e PSTU classificaram o Ponte Orca como um privilégio dos estudantes e partiram em defesa da Lei do Passe (quase) Livre tucano, ainda em implementação e que já apresentou vários problemas denunciados por diversos estudantes. Essa é a mesma proposta, e argumento, da reitoria e de inúmeros professores.
Essa política de capitulação se repetiu na assembleia de quarta-feira, no entanto, de forma comedida, uma vez que tanto Psol quanto PSTU não assumiram a mesa da assembleia, como fizeram nas anteriores, mas sim os estudantes sem partido que estão fazendo parte do acampamento dentro docampus.
Em toda assembleia fizeram apenas duas intervenções, uma para tentar explicar porque acabaram com a mobilização sob alegação de que “os estudantes não tinham condições financeiras para virem participar da greve no campus” e, portanto, não existia “conjuntura favorável” para manter a greve e uma outra para não defender sua continuidade.
Obviamente para os “gênios da política” a solução para que os estudantes tenham condições de vir aocampus é justamente liquidando com a greve que luta pela retomada do transporte sem morosidade e gratuito. Para eles com o fim da greve os estudantes que passam por problemas financeiros terão suas situações regularizadas pela reitoria e poderão comparecer as aulas na Unifesp. Nada mais fora da realidade.
Diante da clara rejeição dos presentes apenas o Psol defendeu o não retorno à greve. Embora o PSTU apoiasse a mesma proposta, e votou a favor dela, se retirou do debate e não a defendeu para não ser denunciado.
Mostrando que não tem qualquer apoio entre os estudantes que impulsionam a greve, a decisão de retomar a greve foi aprovada pela quase totalidade dos presentes e a proposta de acabar com a mobilização foi votada por Psol, PSTU e estudantes independentes “que queriam ter aula”.
A única “luta” que esses setores querem levar adiante e se empenham para realizar é a de atrelar o movimento estudantil à reitoria e pulverizar a mobilização independente em torno das reivindicações, rebaixando a pauta de permanência estudantil para satisfazer a reitoria.
Com o retorno à greve é preciso criar uma ampla unidade dos setores combativos que não querem ver a derrota do movimento, que não defendem os interesses da reitoria, mas as reivindicações dos estudantes, impulsionando a greve e a mobilização a partir de comandos de greve abertos a todos os estudantes e a ampliação do acampamento dentro do campus.

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